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Curiosidades 

O DIA DOS NAMORADOS NO BRASIL

Há diferentes versões para o dia dos namorados em outras partes do mundo como motivação para se presentear pessoas que são amadas.

No dia 12 de junho, véspera do dia de Santo António -  o santo casamenteiro, aqui no Brasil, é celebrado o !Dia dos Namorados". Fato que acontece não pela proximidade da comemoração do padroeiro dos que buscam casamentos, mas por uma Campanha publicitária que teve inicio no ano de 1949. Quando o publicitário João Dória, ligado à Agência Standard Propaganda, criou a pedido da loja Clipper, uma campanha para melhorar as vendas de Junho, mês marcado por baixas vendas. A campanha sob o slogan: “Não é só de beijos que vive o amor”, recebeu o apoio da Confederação do Comércio de São Paulo, e rendeu a Agência Standard o prêmio de agência publicitária do ano. Desde a época, no Brasil tradicionalmente se comemora este dia com a troca de presentes entre os apaixonados.

MONTEVIDÉU - URUGUAI

A FONTE DOS CADEADOS


Fonte dos Cadeados-Montevidéu-Uruguai (Imagem:Antonia Feitoza)

A Avenida 18 de Julho em Montevidéu, no Uruguai é uma atração local. Um passeio para ser feito sem pressa alguma, observando a arquitetura, fazendo leituras da ocupação desta cidade através de seus prédios belos e conservados. Visitando lojas, livrarias e cafés. Mas na esquina em frente ao Restaurante Fracal, está uma fonte que é uma poesia aos apaixonados. É a "Fonte dos Cadeados", feita de pedra vulcânica trazida do México. A lenda diz que se colocar um cadeado com as iniciais dos nomes de duas pessoas que se amam, voltarão juntas pra visitar a fonte e o seu amor durará para sempre. Conforme os dizeres na placa em espanhol e inglês, os casais escrevem nos cadeados as iniciais dos seus nomes, prendem na cerca e jogam a chave na fonte para garantir união eterna e o retorno à este país que encanta quem os visita.

PORTUGAL

O LENÇO DOS ENAMORADOS

O amor é inspiração para muitos enamorados. Em Portugal os famosos “Lenços dos enamorados” são uma curiosidade que vem bem para o momento romântico: o Dia dos Namorados no Brasil.

A origem dos “lenços de namorados” ou “lenços de pedidos” surgiu por volta do século XVII e XVIII, e eram usados como parte integrante dos trajes femininos.

Os lenços confeccionados em linho ou algodão recebiam delicados bordados passaram a ser usados como um atrativo de conquista amorosa. A moça ofertava o lenço ao seu amado, e se este resolvesse usa-lo públicamente, então estava consolidada a ligação amorosa de ambos. Alguns destes lenços ainda recebiam pequenas trovas que exprimiam os sentimentos de quem os usava para quem os receberiam. Esta tradição permanece e os lenços ainda marcam muitos romances do momento.

SÃO PEDRO - SÃO PAULO

13 DE JUNHO: DIA DE SANTO ANTONIO - O SANTO CASAMENTEIRO

São Pedro guarda pedaço de pele do santo dos namorados

Reconhecida pela Igreja Católica como Santuário de Santo Antônio de Pádua, a cidade de São Pedro abriga um pedaço da pele do “Santo Casamenteiro”, canonizado em 1232 pelo papa Gregório IX. A relíquia está exposta no altar da igreja de mesmo nome e atrai devotos, em sua maioria moças solteiras, em busca de alguma graça, principalmente nesta época do ano.

A peça foi doada por dom Eduardo, Bispo da Diocese de Piracicaba, que a recebeu na Basílica de Pádua, no norte da Itália. Ela foi depositada na Igreja de Santo Antônio no dia 12 de junho de 1994, em cerimônia acompanhada por fiéis de toda a região.

A igreja de Santo Antônio, em São Pedro, mantém duas importantes tradições ligadas a Santo Antônio: a distribuição de bolo e de pão bento. Na tradicional quermesse, realizada há mais de cem anos, sempre no mês de junho, as moças solteiras podem comer o bolo de Santo Antônio, com a promessa de que assim encontrarão um bom partido. Anualmente, centenas de jovens comem o bolo e muitas voltam para agradecer a graça alcançada, já de aliança na mão esquerda.

Santo Antônio é muito popular em todos os países latinos, especialmente por sua fama de ajudar moças solteiras a encontrarem maridos, mas ele também é muito evocado por aqueles que buscam encontrar objetos perdidos e por quem precisa suprir necessidades simples, como a falta de alimentos. Para saber mais, acesse:
https://www.saopedro.sp.gov.br/Municipio/Page.aspx?tipo=aspectosgerais


LENDAS

CHINA

Os signos chineses

O Zodíaco chinês usa um ciclo de doze signos, representados por animais, que se repete a cada 12 anos. Os doze animais são, por esta ordem: rato, boi, tigre, coelho, dragão, serpente, cavalo, carneiro ou cabra, macaco, galo, cão, e porco.


Uma das lendas que explica a origem do Zodíaco Chinês, e que explica a ausência do gato, entre os 12 animais, diz, resumidamente, que:
"Foi confiada ao rato a tarefa de convidar os animais para que se apresentassem ao Imperador de Jade para um banquete, onde seriam escolhidos os signos do zodíaco. O gato era um bom amigo do rato, mas o rato enganou-o, fazendo com que acreditasse que o banquete seria no dia seguinte. O gato dormiu enquanto o banquete era realizado, imaginando que só ocorreria no dia seguinte. Quando descobriu a verdade, prometeu ser o inimigo natural do rato pelas eras a partir dali."


BRASIL 

A LENDA DO GUARANÁ

Um casal de índios pertencente a tribo Maués, vivia junto por muitos anos sem ter filhos mas desejava muito ser pais. Um dia eles pediram a Tupã para dar a eles uma criança para completar aquela felicidade. Tupã, o rei dos deuses, sabendo que o casal era cheio de bondade, lhes atendeu o desejo trazendo a eles um lindo menino.O tempo passou rapidamente e o menino cresceu bonito, generoso e bom. No entanto, Jurupari, o deus da escuridão, sentia uma extrema inveja do menino e da paz e felicidade que ele transmitia, e decidiu ceifar aquela vida em flor. Um dia, o menino foi coletar frutos na floresta e Jurupari se aproveitou da ocasião para lançar sua vingança. Ele se transformou em uma serpente venenosa e mordeu o menino, matando-o instantaneamente. A triste notícia se espalhou rapidamente. Neste momento, trovões ecoaram e fortes relâmpagos caíram pela aldeia. A mãe, que chorava em desespero, entendeu que os trovões eram uma mensagem de Tupã, dizendo que ela deveria plantar os olhos da criança e que deles uma nova planta cresceria dando saborosos frutos.Os índios obedeceram aos pedidos da mãe e plantaram os olhos do menino. Neste lugar cresceu o guaraná, cujas sementes são negras, cada uma com um arilo em seu redor, imitando os olhos humanos.

AS CATARATAS DO IGUAÇU


As Cataratas que surgiram do Amor

Distribuída em várias aldeias, às margens do sereno Rio Iguaçu, a tribo dos Caiangangs formava uma poderosa Nação Indígena. Tinham como deuses Tupã, O Deus do Bem e M'Boy, seu filho rebelde, o Deus do Mal. Era este o causador das doenças, tempestades, das pagas nas plantações, além dos ataques de animais ferozes e das demais tribos inimigas. A fim de se protegerem do Deus do Mal, em todas as primaveras, os Caiangangs a ele ofereciam uma bela jovem como esposa, ficando esta impedida para sempre de amar alguém. Apesar do sacrifício, esta escolha era para ela um privilégio, motivo de honra e orgulho. Naípi, filha de um grande cacique, conhecida em todos os cantos por sua beleza, foi desta vez a eleita. Feliz, aguardava com ansiedade o dia de tornar-se esposa do temido Deus. Iniciaram-se assim os preparativos da grande festa. Convidados chegavam de todas as aldeias para conhecê-la. Entre eles estava Tarobá, valentes guerreiros, famosos e respeitados por suas vitórias. Ocorreu que, talvez pela vontade do bom Deus Tupã, Tarobá e Naípi vieram a se apaixonar, passando a manter encontros secretos às margens do rio. Sem ser notado, M'Boy acompanhava os acontecimentos, aumentando a sua fúria a cada dia. Na véspera da consagração, os jovens encontraram-se novamente às margens do rio. Tarobá preparou uma canoa para fugirem no dia seguinte, enquanto todos adormeciam, fatigados com as danças e festejos e sob efeito das bebidas fermentadas. Iniciaram a fuga e, já à boa distância do local M'Boy concretizou sua vingança. Lançou seu poderoso corpo no espaço em forma de uma enorme serpente, mergulhando violentamente nas tranqüilas águas e abrindo uma cratera no fundo do rio Iguaçu. Formaram-se assim as cataratas, que tragaram a frágil canoa. Tarobá foi transformado em uma palmeira no alto das quedas e Naípi em uma pedra nas profundezas de suas águas. Do alto, o jovem apaixonado contempla sua amada, sem poder tocá-la. Restando-lhe apenas murmurar seu amor quando a brisa lhe sacode a fronde. Em todas as primaveras lança suas flores para Naípi, através das águas, como prova de seu amor. A jovem está sempre banhada por um véu de águas claras e frescas, que lhe amenizam o calor de seus sentimentos. Ainda hoje, M'Boy permanece escondido numa gruta escura, vigiando atentamente os jovens apaixonados. Ouve-se dizer que, quando o arco-íris une a palmeira à pedra, pode-se vislumbrar uma luz que dá forma aos dois amantes, podendo-se ouvir murmúrios de amor e lamento.



ÁRABIA

A LENDA DO CAFÉ

Entre os árabes conta-se que, há muitos anos atrás, Alá, pela voz do profeta Maomé, lhes proibiu o uso de vinho. Eles obedeceram, mas andavam tristes e melancólicos, sem terem uma bebida reconfortante.
Certo dia de Verão, um pastor ia pelo campo com o seu rebanho e, tanto ele como os seus animais, caminhavam com indolência por estar um calor sufocante.
De repente, a paisagem transformou-se e apareceu um vale cheio de arbustos muito verdes.
O rebanho, para matar a fome e a sede, devorou, avidamente, aquela verdura. Qual não foi o espanto do pastor, quando, pouco tempo depois, viu os animais a darem cambalhotas e a correrem de um lado para o outro, cheios de vida.
Assombrado, o pastor apanhou um punhado de grãos dos arbustos e foi cantar a um velho mago o que acontecera.
Ele ferveu os grãos em água e obteve um líquido aromático - CAFÉ - que os dois homens beberam, sentindo logo uma alegre sensação de vivacidade.
Acharam então que aquilo tinha sido uma dádiva do seu deus para os compensar da proibição de beberem vinho.

JAPÃO

Era uma vez um grande samurai que vivia perto de Tóquio. Mesmo idoso, se dedicava a ensinar a arte Zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.  Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali.  Queria derrotar o samurai e aumentar sua fama. O velho aceitou o desafio e o jovem começou a insulta-lo.  Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou insultos, ofendeu seus ancestrais.  Durante horas fez tudo para provoca-lo, mas o velho permaneceu impassível.  No final do dia, sentindo-se ja exausto e humilhado, o guerreiro retirou-se.  E os alunos, surpresos, perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta indignidade.
- Se alguém chega ate você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? 
- A quem tentou entrega-lo, respondeu um dos discípulos.
- O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem o carregava consigo.  A sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma. Só se você permitir.


PORTUGAL



O galo de Barcelos- Artesanato exposto na Casa de Portugal-São Paulo (Imagem:Antonia Feitoza)

O GATO DE BARCELOS


Um peregrino galego que saía de Barcelos em peregrinação para Santiago de Compostela foi acusado de ter roubado umas pratas a um proprietário e condenado a enforcamento. Num apelo final, pediu um encontro com o juiz, que se preparava para comer um galo assado. O galego jurou que, como prova da sua inocência, o galo se levantaria do prato e cantaria. O juiz empurrou o prato para o lado e ignorou o apelo.

Todavia, quando o preso estava a ser enforcado, o galo levantou-se e cantou. O juiz compreendeu o seu erro, correu para a forca e descobriu que o galego se salvara graças a um nó mal feito. De acordo com a lenda, o galego voltou anos mais tarde para esculpir o Cruzeiro do Senhor do Galo, agora no Museu Arqueológico de Barcelos.