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Histórico

 

07 DE SETEMBRO 

COMEMORAÇÕES PELA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL


"O grito do Ipiranga" Famosa obra do artista Pedro Americo, exposto no Salão Nobre do Museu Paulista 
conhecido como o Museu da Independência.



Acontecimento ocorrido a 7 de Setembro de 1822 que simboliza a independência do Brasil.
 

Na sequência de diversos conflitos de poderes entre a  Cortes e  administração da colônia., deixando durante sua ausência no poder sua esposa D.Leopoldina, no dia 14 de agosto de 1822, D. Pedro viajou para São Paulo para resolver problemas políticos. Nesta ocasião, chegaram ao Rio de Janeiro ordens das Cortes: D. Pedro deveria voltar para Portugal naquele instante, José Bonifácio deveria ser julgado, e um novo ministério seria criado. D.Leopoldina e José Bonifácio enviaram um mensageiro com essas notícias a serem informadas ao Príncipe que seguia a caminho de santos. O mensageiro  encontrou D. Pedro I às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo. Era a tarde do dia 7 de setembro de 1822. Neste mesmo local, o príncipe regente do Brasil, declarou o território brasileiro definitivamente fora do domínio de Portugal,, bradando "Independência ou morte!". 

O momento foi imortalizado na obra do artista Pedro Américo, exposto no Salão Nobre do Museu Paulista, que também foi idealizado como um monumento a independência do Brasil, localizado no Parque da Independência.

O Parque da Independência compreende:  monumentos e área verde. É uma boa opção de lazer e uma excelente referência  para quem deseja saber mais da história do Brasil.



122 ANOS DE ABOLIÇÃO  DA ESCRAVATURA NO BRASIL


Gravura - Acervo Pinacoteca de São Paulo (Imagem:Antonia Feitoza)

No dia 13 de maio se celebra mais um aniversário da Abolição da Escravatura, assinada em 13 de maio de 1888, pela Princesa Isabel. No período da colonização portuguesa no Brasil não existia mão-de-obra para a realização de trabalhos manuais. Para isto, foi utilizado o índio nas lavouras. Porém, a recusa dos próprios indígenas em serem transformados em empregados domésticos e contando ainda com os religiosos que se colocaram em defesa dos índios,  logo este tipo de escravidão  foi descartada. Seguindo os demais europeus, os portugueses passaram a fazer busca de negros na África para submetê-los ao trabalho escravo.  Deu-se, assim, a entrada dos escravos no Brasil. 


Gravura - Acervo Pinacoteca de São Paulo (Imagens:Antonia Feitoza)

Os negros eram capturados em terras africanas e trazidos ao Brasil transportados dentro dos porões de navios negreiros. Muitos deles morriam durante a viagem devido às péssimas condições do transporte e a forma em que eram transportados. Em sua chegada ao Brasil, logo após o desembarque, eram colocados a venda e passavam a ser propriedade de fazendeiros e senhores de engenho, recebendo destes tratamentos cruéis. Eram justamente estes tratamentos, que motivavam a grande reação entre os escravos, que lutavam contra a dominação de seus senhores com recusa ao trabalho, incitação a rebeliões e fugas. Conseqüentemente, em fugas se uniam na formação de quilombos.

 

 

 


Gravura - Acervo Pinacoteca de São Paulo (Imagem::Antonia Feitoza)


Além disto, este comércio comum apoiado em fatores econômicos onde o negro era muito importante graças a sua força em trabalhos rurais, despertava antipatia em alguns,  principalmente pelo tratamento desumano que os negros recebiam. Estes não simpatizantes eram os “abolicionistas”: religiosos, políticos, literatos e comuns da comunidade. Os negros serviam no campo e na vida urbana. Quando fugiam no campo eram caçados e apreendidos pelo capitão do mato (espécie de caçador de escravos fugidos), que tratavam de os devolverem as rotinas escravas. As mulheres negras domésticas sofriam abusos de seus senhores. Muitos destes abusos geravam filhos que se mantinham escravos também.

 


Gravura - Acervo Pinacoteca de São Paulo (Imagens:Antonia Feitoza)

O processo de abolição a escravatura caminhou lentamente. Na colônia, a lei escravista brasileira recebeu pressões internacionais, principalmente pela Inglaterra que se determinou a extinção da escravatura. Com sucesso, em 1850, no Brasil foi decretada a Lei Eusébio de Queirós. Ficando definitivamente extinto o tráfico negreiro. Em 28 de setembro de 1871, é declarada a Lei Visconde do Rio Branco ou Lei Ventre-Livre. Lei que tornava livre os filhos de escravos que nascessem a partir de sua promulgação. Ela estabelecia ainda que os proprietários de escravos ficariam encarregados de criá-los até os oito anos de idade, quando poderiam entregá-los ao governo e receber uma indenização.


Gravura - Acervo Pinacoteca de São Paulo (Imagem:Antonia Feitoza)

Já em 1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65 anos. Estabelecendo que depois de completar 65 anos os escravos estariam em liberdade. A lei foi criticada pelos abolicionistas sob o argumento de que eram poucos os escravos que chegariam a tal idade. Além disso, a lei beneficiava os proprietários de escravos porque os liberava de arcar com o sustento dos cativos que chegassem a idade avançada.

 

Um detalhe: em 1888 ocorreram profundas transformações econômicas no Brasil com o declínio da cultura da cana-de-açúcar e a expansão cafeeira, onde o café passa a ser o principal produto de exportação. A escassez de mão-de-obra escrava é solucionada com a imigração européia, assim, em 1871 chegam ao Brasil os primeiros imigrantes para trabalhar na lavoura. A remuneração partia de uma parceria com a divisão de lucros entre colonos e contratante. 


Gravura - Acervo Pinacoteca de São Paulo (Imagem:Antonia Feitoza)

O desbravar de mata, a construção de seus lares, trabalho árduo no cultivo da terra e o trato que receberam dos patrões foi desgastante. Nesta relação os patrões não conseguiam ainda distinguir a diferença entre escravos e empregados. Assim , tudo isto  foram somados, dificultando a busca do sonho de uma melhor vida para estes imigrantes.
Com a solução da mão-de-obra na lavoura e sem a necessidade direta dos escravos, os discursos pró-escravocrata perdem sua força. Finalmente em 13 de maio de 1888 pela Princesa Isabel é assinada a Lei Áurea que decretava a liberdade total aos negros no Brasil, abolindo definitivamente a escravidão no Brasil. 



A abolição de escravatura, tela de Victor Meirelles - Acervo:Pinacoteca de São Paulo (Imagem:Antonia Feitoza)

 

 

A abolição de escravatura já era caso resolvido, outros interesses passaram a ênfase social: o regime imperial e o governo monárquico. Em 15 de novembro de 1889, foi proclamada a Republica no Brasil, finalizando a monarquia do Império do Brasil e a soberania do Imperador D. Pedro II. Mas isto é outra história.

DIA DAS MÃES

MÃE:  INSPIRAÇÃO, AMOR E ARTE


Tela: Mãesinha Autoria: Madruga Filho (1872-1951) Acervo Pinacoteca de São Paulo (Imagem:Antonia Feitoza) 

Mãe! No teu sorriso de pureza...
Eu vi a luz da natureza passear na tua face e o sol brilhar no teu olhar doce mãe. Mãe! 

(Joana Baraúna, Artista Plástica) 


HISTÓRIA DO “DIA DAS MÃES”

 

Foi na Grécia antiga que se registraram os primeiros indícios de comemoração desta data. Os gregos prestavam homenagens a deusa Reia, mãe comum de todos os seres. Neste dia, os gregos faziam ofertas, oferecendo presentes, além de prestarem homenagens à deusa.

Os romanos, que também eram politeístas e seguiam uma religião muita parecida com a grega, faziam este tipo de celebração. Em Roma, durava cerca de 3 dias ( entre 15 a 18 de março). Também eram realizadas festas em homenagem a Cibele, mãe dos deuses.

Porém, a comemoração tomou um caráter cristão somente nos primórdios do cristianismo. Era uma celebração realizada em homenagem a Virgem Maria, a mãe de Jesus.

Mas uma comemoração mais semelhante a dos dias atuais podemos encontrar na Inglaterra do século XVII. Quando se começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day"(Domingo das Mães), fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo. Durante as missas, os filhos entregavam presentes para suas mães. Aqueles filhos que trabalhavam longe de casa, ganhavam o dia para poderem visitar suas mães. Portanto, era um dia destinado a visitar as mães e dar presentes, muito parecido com que fazemos atualmente. 

 

Bolo para as mães, autoria: A festa do Bolo (Portugal) e Wilton Home (Estados Unidos)

Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de "O Hino de Batalha da República". Porém, foi outra americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães. Anna era filha de pastores. Sua mãe havia sido um exemplo de mulher, pois havia prestado serviços comunitários durante a Guerra Civil Americana. Quando Ana perdeu sua mãe entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Anna quis que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais. Para isto em 1905 iniciou uma campanha.

Seus pedidos e sua campanha deram certo e a data foi oficializada, em 1914, pelo Congresso Norte -Americano. Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte- americanos aderiram à comemoração. Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, com uma lei que declarou o Dia das Mães como festa nacional. Assim, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães, conforme sugestão da própria Anna, deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. Após esta iniciativa, muitos outros países seguiram o exemplo e incluíram a data no calendário. 


Esculturas: Gotfredo Thaler -Treze Tìlias-SC (Imagens:Antonia Feitoza)

 

Após estes eventos, a data espalhou-se pelo mundo todo, porém ganhando um caráter comercial. O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse uma dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. A essência da data estava sendo esquecida e o foco passou a ser a compra de presentes, ditado pelas lojas como objetivos meramente comerciais. Este fato desagradou Anna Jarvis, que estava muito desapontada em ver que o caráter de solidariedade e amor da data estavam se perdendo e  tentou modificar tudo isso. Em 1923, liderou uma campanha contra a comercialização desta data e ainda entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, que embora com muita repercussão, a campanha pouco conseguiu mudar e o processo não obteve sucesso.


Telas: Autoria: Isabel Rocha Leite - A Pão de Ló-58 Loja de presente artesanal - Porto- Portugal


Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa à diante. Dizia que as pessoas não agradecem freqüentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Contam que ela recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todos, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.

 

No Brasil, o Dia das Mães é comemorado sempre no segundo domingo de maio de acordo com decreto assinado em 1932 pelo presidente Getúlio Vargas. É uma data especial, pois as mães recebem presentes e lembranças de seus filhos. e já se tornou uma tradição esta data comemorativa a todos os brasileiros. 
 

Bolos:
Wilton Home: Violet cascade cake / Brimming With Roses Cake 
ww.wilton.com

A Festa do Bolo (Criação: Sílvia Ferreira) Oeiras – Portugal  Contato: 965 072 934 
E-mail:silviaferreiracakedesigner@gmail.com
afestadobolo@gmail.com
https://www.afestadobolo.blogspot.com

 
 
 
 
 
 
 
 
 

Telas:
A Pão de Ló-58 (Autoria: Isabel Rocha Leite) Loja de presente artesanal - Rua Dr.Ângelo das neves, 58 Porto- Portugal 4250-039 tm.966831118https://www.pao-de-lo.blogspot.com

Esculturas: 
Gotfredo Thaler, esculturas sacras de grande porte
R
ua Leoberto Leal, 260 • Treze Tílias - SC Fone: 0055 (49) 3537-0123 


A ARTISTA PLÁSTICA LENA HALI - ESCLARECIMENTOS


Tela da Artista Plástica: Lena Hali , exposição na feira de Artesanato na cidade de Santana de Parbaíba-S.P 2008 (Imagem: Antonia Feitoza) 

Nesta quarta-feira 14 de julho, recebemos um contato da Artista Plástica: Lena Hali, para esclarecer a autoria das telas usadas na matéria: 19 DE ABRIL - DIA DO ÍNDIO “História e origem da data comemorativa do Dia do Índio” , veiculada no link:https://www.jornalmomentos.net/construtor/page4.aspx. , que foram publicadas com autoria desconhecida. 


Telas da Artista Plástica: Lena Hali , exposição na feira de Artesanato na cidade de Santana de Parbaíba-S.P 2008 (Imagem: Antonia Feitoza) 


As imagens foram captadas pela fotografa: Antonia Feitoza na feira de artesanato que ocorreu na praça da cidade de Santana de Paranaíba por ocasião das festividades religiosas de Corpus Christi no ano de 2008. 
Aproveitamos para agradecer o contato da Sra. Lena Hali e sua Assessoria de Imprensa neste esclarecimento, permitindo que nosso leitor possa conhecer esta artista e suas obras  cujas telas estavam em anonimato na ilustração da nossa matéria.

Para ver estas telas e conhecer outros trabalhos desta artista, acesse: https://www.lenahali.com.br

 

Visita ao Ateliê: Travessa Jorge Lesniscença – Quintauna –Osasco –São Paulo 06182-170

 

 

 

Tel:+55 11 3608.1005 |Cel:+55 11 9237.6554

 

E-mail:lenahalicontato@gmail.com 


19 DE ABRIL - DIA DO ÍNDIO

História e origem da data comemorativa do Dia do Índio

 

Os índios já habitavam as terras brasileiras bem antes da chegada dos nossos colonizados portugueses. Conta à história que antes destes chegarem no território brasileiro viviam aqui aproximadamente 5 milhões de nativos. Atualmente, esta população indígena se resume a 400 mil indivíduos em todo território nacional brasileiro. 


Tela a óleo - Autoria :Artista Plástica: Lena Hali , exposição na feira de Artesanato na cidade de Santana de Parbaíba-S.P 2008
(Imagem: Antonia Feitoza)

Não muito diferentes aos costumes atuais, os indígenas anteriores ao período colonial, viviam da caça, da pesca e da agricultura de milho e principalmente mandioca, faziam objetos utilizando as matérias-primas da natureza como a palha utilizada em cestos, esteiras, redes ornamentos. De madeira, construíam canoas, arcos e flechas e suas habitações. Faziam objetos de cerâmica utilizados em cozimento de alimentos e até como urna funerária. Como vestimentas e ornamentos usavam as penas de aves e couro de animais caçados. O uso de corante a base de urucum era usado para as pinturas corporais.

 

Residiam em tabas onde construíam suas ocas. Numa convivência social com regras políticas e religiosas. O intercâmbio entre outras tribos ocorria por cerimônias especiais como em caso de falecimento, casamentos ou em parcerias.

 

Mulheres eram responsáveis pelo plantio e colheita, pelos alimentos e crianças. Aos homens, a caça, pesca, guerra e derrubada das árvores por ocasião de construção de suas ocas. Chefiados pelo Cacique e orientados espiritualmente pelo Pajé. Os pequenos índios eram educados através de observação da rotina da tribo, e quando jovens passavam por cerimônias que o ingressavam a vida adulta.


Tela a óleo - Autoria :Artista Plástica: Lena Hali , exposição na feira de Artesanato na cidade de Santana de Parbaíba-S.P 2008 
(Imagem: Antonia Feitoza)

 

Além de haverem sido caçados e escravizados, foram impostos a novas crenças e perderam em muito suas terras. O contato com estes homens brancos trouxe inúmeros casos de doenças, ocorrendo mortes e extinção de até tribos inteiras. Na atualidade, exploração de recursos naturais e a são as maiores causas de conflitos entre os indígenas, fazendeiros e mineradores. E dos aproximadamente quatrocentos indígenas brasileiros que ainda sobrevivem, ficam confinados a reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo brasileiro. Como estão cercados pelos homens brancos, entram em processo de perda de identidade cultural. Apesar disto, há ainda indígenas brasileiros que vivem em completo isolamento e correndo o risco de desaparecerem ao menor contato com o homem branco, visto a sua deficiência imunológica.

 

O índio é parte da matriz que em mistura com o negro e o europeu originou o povo brasileiro. Por isto, neste dia 19 de abril, direcionemos um olhar especial e respeitoso a estes povos indígenas e que se estenda a todos os outros dias do ano também.

 

É comum comemorar a cada ano no dia 19 de abril o Dia do Índio. Mas tudo começou em 1940 quando foi realizado no México, o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Com a participação de autoridades governamentais e líderes indígenas do continente americano, onde reunidos puderam tomar decisões em parcerias. A principio, como os índios que por séculos estavam sendo perseguidos, agredidos e dizimados pelos “homens brancos”, deixaram de comparecer nos primeiros dias do congresso. Porém, motivados pela importância daquele momento histórico líderes indígenas resolveram participar. Era então o dia 19 de abril, que depois foi escolhido, no continente americano, como o Dia do Índio. . No Brasil, a data comemorativa foi criada em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas, através do decreto lei n. 5.540.


Tela a óleo - Autoria :Artista Plástica: Lena Hali , exposição na feira de Artesanato na cidade de Santana de Parbaíba-S.P 2008 
(Imagem: Antonia Feitoza)


Comemorações e importância da data 

Como uma reflexão sobre a importância da preservação dos povos indígenas, nesta data costumam ocorrer vários eventos dedicados à valorização da cultura indígena. São festas municipais, exposições, e trabalhos escolares direcionados ao tema, conscientizando sobre o respeito quanto as suas terras e suas manifestações culturais. 

PORQUE ESTA SEMANA É SANTA?


Imagem de Cristo  (Imagem:Antonia Feitoza)

Na Semana Santa, a Igreja católica celebra os mistérios da salvação, levados a cumprimento por Jesus Cristo nos últimos dias da sua vida, a começar pelo seu ingresso messiânico em Jerusalém.
 
O tempo da Quaresma, o período de 40 dias que tem início na Quarta-feira de Cinzas, continua até a Quinta-feira Santa. A partir da missa vespertina da quinta-feira (“in Cena Domini”/Ceia do Senhor) inicia-se o tríduo pascal, que abrange a Sexta-feira Santa “da paixão do Senhor” e o Sábado Santo. Tem o seu ápice na vigília pascal e no domingo da ressurreição.

A Semana Santa começa no Domingo de Ramos, que une num todo o triunfo real de Cristo e o anúncio de sua paixão. Desde a antiguidade, se comemora a entrada do Senhor em Jerusalém com uma procissão solene. Com ela os cristãos celebram esse evento, imitando as aclamações e os gestos das crianças hebréias que foram ao encontro do Senhor com o canto do Hosana (o grito de exaltação e adoração ao messianismo de Jesus).

Durante a Semana Santa, a Igreja Católica celebra todos os anos os grandes mistérios da redenção humana. O tríduo pascal tem início na Quinta-feira Santa com a missa do Lava-pés, expressão máxima da frase de Jesus – “Eu vem para servir, não para ser servido”. Nessa celebração, Cristo deixa o exemplo do amor ao próximo. Nessa missa também se recorda a instituição da Eucaristia e do sacerdócio. Ao final da celebração, acontece a “Transladação do Santíssimo”, onde o sacerdote recolhe as hóstias consagradas e as deposita no sacrário. Tudo isso acontece numa procissão luminosa, onde o povo em silêncio e recolhimento é chamado à adoração a Jesus que vai se entregar como sacrifício.


Conjunto de imagens: O Encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Imagem:Antonia Feitoza) 

Na Sexta-feira Santa, recorda-se o dia em que Cristo se entrega como vítima pela humanidade. A celebração desse dia se dá em três partes: liturgia da Palavra com o Evangelho da Paixão, adoração da Cruz, com o tradicional beijo da cruz, e distribuição da comunhão. Esse é o único dia em que não há missa. Nesse dia, os católicos observam o jejum juntamente com a abstinência de carne. Também nesse dia se guarda o silêncio numa atitude de oração e contemplação.


Estação da Via Sacra (Imagem:Antonia Feitoza)

Na noite do sábado, segundo uma antiquíssima tradição da Igreja católica, celebra-se a chamada “Vigília Pascal”. Esta noite santa, em que Jesus ressuscitou, deve ser considerada como “mãe de todas as santas vigílias”. Esta celebração inclui a chamada “bênção do fogo novo” com uma procissão luminosa onde os fiéis católicos renovam sua fé em Jesus, a luz do mundo; a proclamação solene da Páscoa com o canto do “Exultat”; as leituras do Antigo e Novo Testamentos; e a celebração de um batismo, que é expressão da vida nova que Jesus veio trazer. Os fiéis são convidados a cantar com alegria que “Jesus Ressuscitou”.

O Domingo de Páscoa para os católicos marca o início de um novo ciclo ou como é chamado “o Tempo pascal”, que se estende por cinqüenta dias, até a chamada Festa de Pentecostes (descida do Espírito Santo). Esses dias são vividos com a mesma intensidade e júbilo, como se fossem um só e mesmo dia, o “Dia da Ressurreição”.

Por: Pe. Donizete Heleno Ferreira é responsável pela Liturgia da Canção Nova e vice-reitor do Centro de Evangelização Canção Nova.

A ORIGEM DO DIA DA MENTIRA, O PRIMEIRO DE ABRIL

A verdade liberta

 

 

O folclórico dia da mentira tem sua origem na confusão de um calendário. O fato ocorreu por volta do século XV, quando o então rei da França Carlos IX decretou o início do ano corrente como o 1º de Janeiro, seguindo o calendário gregoriano.

 

 

Alguns camponeses e povoados mais distantes do rei não acreditaram no decreto e continuaram a celebrar o início do ano em 1º de Abril, Isso fez com que passassem a ser ridicularizados pelo restante da população com brincadeiras de notícias mentirosas. Estas “peças” passaram a fazer parte da celebração do 1º de Abril que, ao longo do tempo, tomou conta de toda a França e do mundo, ora com o nome de “dia da mentira”, ora como o “dia dos tolos”.

 

Hoje, o dia da mentira é tido como uma brincadeira. Com a globalização, a data ganhou destaque em importantes meios de comunicação e, com o advento da internet, agências de notícias famosas fizeram circular notícias bizarras como forma de celebração desse dia.

 

Brincadeiras e folclore à parte, a verdade é que mentira pode provocar consequências desastrosas para um País, para uma família, uma empresa, uma pessoa. Como dizia Gandhi: “assim como uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também a mentira, por menor que seja, estraga toda a nossa vida.”

 

No Brasil, por exemplo, sofremos há anos as consequências da falta de transparência de nossos governantes. A mentira está a serviço da corrupção, que é a maior vilã de nossa sociedade. Os princípios que regem a mentira, o juízo falso de valores e o engano proposital são os geradores de grande parte das mazelas sociais que os brasileiros já testemunharam. A impunidade, a violência, principalmente nas cidades de porte médio, antes locais seguros, só têm crescido na última década, ao mesmo tempo em que os investimentos na saúde pública são ainda desproporcionais à demanda, e a educação não é vista como prioridade para o desenvolvimento do país.

 

A nossa sociedade está sofrendo também as consequências do abandono e do esquecimento da verdade e dos valores cristãos. No dia da mentira é verdade que não temos mais tempo para nossos filhos, é verdade que não nos reunimos em família, não temos tempo para ir à Igreja, é verdade também que a dignidade e o direito mais básico, o de viver, já não faz tanto sentido. De fato, temos aqui muitos motivos para neste 1º de Abril lamentar as conseqüências da mentira em nossas vidas.

 

Mesmo que no dia 1º de Abril contemos alguma mentiras para não deixar passar em branco esta “brincadeira”, a verdade é que temos sede de sinceridade, queremos a confiança, queremos reciprocidade, queremos nos manifestar tal como somos, pois não agüentamos por muito tempo a dissimulação, a falsidade e a corrupção. Algo dentro de nós grita pelo verdadeiro e autêntico. No fundo, todo homem anseia viver em comunidade para partilhar a verdade e a justiça.

 

Jesus disse: E conhecerdes a verdade e a verdade vos libertará (Jo 8:32). Aprendamos que só a verdade nos torna pessoas livres, o bem mais precioso para o homem. É na liberdade que começa e termina todos os nossos caminhos, ela é a pérola do nosso querer.

 

No dia da mentira precisamos redescobrir a nossa vocação de testemunhar e comunicar a verdade. Não suportamos mais o que o Papa Bento XVI classificou como a “ditadura do relativismo”, queremos mesmo é a liberdade que vem pela verdade. Vivemos tempos de desconfiança e opressão pela mentira, ora lá ora cá nos perguntamos se não estamos sendo enganados, pois quem sabe nos acostumamos com o falso...

 

No dia da mentira só me resta dizer: Brasil lute pela verdade!

Por: Daniel Machado


Qual o significado da Quaresma?

Marcado por simbologias, período representa crescimento espiritual para os católicos.

Todos os anos, a quarta-feira de cinzas marca o início da Quaresma, período de 40 dias após o Carnaval que tem por objetivo preparar os católicos para celebrar a Páscoa, data considerada a mais importante do calendário cristão.

Quaresma, palavra originária do latim que significa a quadragésima parte, é um tempo reservado para a reflexão e o crescimento espiritual. Os fiéis são convidados pela Igreja a fazer uma comparação entre a realidade de suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos, os livros da Bíblia que retratam a vida de Cristo. "A Quaresma é necessária para entrar num clima de recolhimento, oração, penitência e caridade; vivências que devemos experimentar enquanto esperamos o Cristo ressuscitado no domingo de Páscoa", afirma o padre Paulo Ricardo, consultor da Congregação para o Clero em assuntos de catequese junto à Santa Sé, que apresenta o programa “Oitavo Dia”, na TV Canção Nova, todos os sábados às 19h.


Por ser um tempo de introspecção, a Quaresma ficou associada à tristeza, mas de acordo com o sacerdote o significado é mais profundo. "É um período de mais espiritualidade e, para que haja o recolhimento, é necessário o silêncio, já que a principal oração cristã é ouvir a Deus e não é possível ouvir se não houver silêncio", explica padre Paulo.

 

Por que 40 dias?
A duração da Quaresma está baseada no simbolismo do número quatro, que representa o universo material, e do zero, que significa o tempo de nossa vida na terra com todas as provações e dificuldades. O número 40 tem papel relevante na Bíblia em várias ocasiões. No livro do Gênesis, por exemplo, a história da Arca de Noé, conta que o dilúvio durou 40 dias. Ainda no Antigo Testamento, no livro do Êxodo, os judeus caminharam durante 40 anos no deserto após fugir da escravidão no Egito que durou 400 anos. No Novo Testamento, Jesus passa 40 dias jejuando no deserto, antes de dar início à sua vida pública. De acordo com o simbolismo cristão, esses períodos servem para preparar o lado espiritual e emocional das pessoas para fatos importantes.

Penitência, qual o sentido?
O jejum é uma prática recorrente como forma de expressar a estima e respeito do povo a Deus. A Igreja Católica propõe o jejum como uma recusa a algo desejável em prol de algo mais valioso: o relacionamento entre Deus e os homens. "A penitência alimenta a virtude da temperança e a Igreja a vê como uma forma de privação de algo que deve ser oferecido simbolicamente a Deus, ou como serviços em favor do nosso próximo, o que chamamos em práticas de caridade", defende o padre Paulo Ricardo. Oficialmente, pela Lei da Igreja, o jejum deve ser feito pelos cristãos batizados, na quarta-feira de Cinzas e na sexta-feira Santa, entre pessoas de 18 a 60 anos.

De acordo com o sacerdote, independentemente da religião, as pessoas realizam formas de penitência com as mais diversas finalidades. "Quando uma pessoa vai comprar um carro, por exemplo, ela precisa muitas vezes abrir mão de muitas outras coisas que poderia adquirir para chegar a esse objetivo. Mas a penitência religiosa é um gesto de desprendimento de amor. Não se busca nada em troca além de amar e demonstrar gratidão a Deus-Pai", diz. Para saber mais, acesse:https://www.cancaonova.com.br.

08 de Março – Dia Internacional da Mulher

 


Mulher musa para artistas em diferentes momentos. ( Imagems: Antonia Feitoza)

Na cidade americana de New York no dia 08 de março de 1857,  operárias em  greve , ocuparam a fábrica de tecidos onde trabalhavam reivindicando melhores condições de trabalho. Naquela época as fabricas exigiam 16 horas de trabalho, as funcionárias pediam a redução diária de trabalho para dez horas, equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

Com violência, as manifestantes foram reprimidas e trancadas dentro da fábrica, sendo depois incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas cruelmente.

Não como uma comemoração, mas como homenagem às estas mulheres, em 1910 na Dinamarca foi instituído que o dia 08 de março passaria a ser o Dia Internacional da Mulher, porém só em 1975 esta data foi reconhecida pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Hoje este dia é uma reflexão sobre o papel da mulher na sociedade. Uma tentativa de amenizar o preconceito e desvalorização feminina e que já tem se modificado muito ao longo da história.

A mulher é ativa, estuda, faz o seu papel de mãe e esposa, trabalha e ocupa cargos antes destinados apenas para o homem, adquiriu o direito de votar (direito que para as brasileiras só foi instituído  em 24 de fevereiro de 1932) e apesar de tudo não perdeu o carisma feminino.

ESTADOS UNIDOS:

O AMOR ESTA NO AR - Valentine’s Day


Nos Estados Unidos, os adultos costumam comprar cartões para acompanhar presentes mais elaborados 
como doces, flores ou perfumes. 


Dia 14 de fevereiro é comemorado o dia de São Valentim, o protetor dos apaixonados.

Afinal, por que São Valentim se tornou protetor dos apaixonados?


No século III d.C., o Imperador Romano Claudius II teria proibido os casamentos para angariar mais soldados para as suas frentes de batalha. Um sacerdote da época, de nome Valentim, teria violado este decreto imperial e realizava casamentos em sigilo absoluto. Este segredo teria sido descoberto e Valentim teria sido preso, torturado e condenado à morte. São Valentim foi um sacerdote cristão e um mártir que teria sido morto em 14 de fevereiro de 269 d.C.

No século XVII, ingleses e franceses passaram a celebrar o dia da morte de São Valentim como o dia da união dos namorados. Cem anos depois, a data foi adotada nos Estados Unidos. Canadenses, mexicanos e australianos também mantêm a tradição: no dia 14 de fevereiro os casais participam de missas e trocam presentes, pedindo proteção e felicidade ao santo. Mas, diferentemente da versão brasileira do dia de São Valentim (que chamamos de Dia dos Namorados), em outros países é comum as pessoas presentearem não somente seus namorados(as), mas aqueles a quem gostam, como mães, pais, irmãos, amigos: 

- na Itália, as pessoas fazem um grande banquete no dia 14 de fevereiro;
- na Inglaterra, as crianças cantam canções e recebem doces e balas de frutas de seus pais;
- na Dinamarca, as pessoas mandam flores prensadas umas às outras, chamadas "flocos de neve";
- no Japão, a data foi introduzida em 1936 e o costume neste dia é as mulheres presentearem os seus amados com caixas de chocolates. Embora a data represente uma oportunidade para as mulheres declararem o seu amor, nos últimos anos o giri choco (chocolate de cortesia ou obrigação) também se encontra presente na cesta de compras de grande parcela da população masculina; 
- nos Estados Unidos, nos dias que antecedem 14 de fevereiro, lojas de cartões, livrarias, lojas de departamentos e drogarias oferecem uma grande variedade de cartões comemorativos chamados Valentines. Os adultos costumam comprar cartões para acompanhar presentes mais elaborados como doces, flores ou perfumes. Nas escolas, as crianças apreciam comprar ou fazer cartões para seus amigos e professores.

No Brasil, apesar de ser comemorado às vésperas do dia de Santo Antônio, o famoso santo casamenteiro, tudo começou com uma campanha realizada em 1949 pelo publicitário João Dória - na época na Agência Standard Propaganda - sob encomenda da extinta loja Clipper. Para melhorar as vendas de junho, então o mês mais fraco para o comércio, e com o apoio da Confederação de Comércio de São Paulo, instituiu a data com o slogan: "Não é só de beijos que se prova o amor". A Standard ganhou o título de agência do ano e a moda pegou, para a alegria dos comerciantes. Desde então, 12 de junho se tornou uma data especial, unindo ainda mais os casais apaixonados, com direito a troca de presentes, cartões, bilhetes, flores, bombons.... uma infinidade de opções para se dizer "Eu Te Amo!".
Não importa onde, quando, como ou porquê. Sempre que o amor fraternal é celebrado, a humanidade sai ganhando!

Por: Karla Patrícia Andrade (Professora de Inglês do Ensino Médio do Colégio Módulo).


BRASIL
 

Nos séculos XVII e XVIII vieram muitos portugueses para o Brasil e trouxeram as brincadeiras do 
“Entrudo”. (Imagem:Antonia Feitoza)

 

 

O QUE DIZEM ESPECIALISTAS SOBRE  A ORIGEM DO CARNAVAL? 

É CARNAVAL!

O Brasil vive um clima de festas e euforias neste mês de fevereiro. Afinal é Carnaval! Época de alegrias, festejos e de esquecer os problemas do nosso dia a dia. Porém, quantos sabem das origens do carnaval no mundo? A história do carnaval é ponto de discussão e não se sabe exatamente quando surgiu.

Alguns historiadores contam que no ano 10 mil a.C., homens e mulheres se reuniam uma vez ao ano com os rostos mascarados e pintados, e dançavam por vários dias e noites para espantar os demônios da má colheita. Há seis mil anos aparece no Egito, como um culto a deusa Ísis, e no século VII a.C., na Grécia, como uma festa a Dionísio, deus grego das festas e do entusiasmo. Este mesmo deus é chamado de Baco em Roma, onde aparecem os bacanais, sempre celebrados com muita bebida, festas e sexo. Estas festas eram chamadas de “Saturnálias” em homenagem ao deus maior Saturno.

Amantes da folia, pesquisadores e historiadores dizem que a palavra carnaval vem desta época, devido ao “carrum navalis” que eram carros com motivos navais que faziam a abertura destas festas. Talvez os primeiros carros alegóricos da História. Nestas festas havia uma completa inversão e as pessoas representavam papéis e ridicularizavam a nobreza dominante sem o risco de perder suas cabeças. Na mitologia, Momo era o deus da zombaria e tinha sido expulso do Olimpo porque ridicularizava os demais deuses. Nestas festas um escravo era eleito para simbolizar Momo. Ele era o rei do deboche e tinha todo o poder durante as festividades, só que no final da festa ele era morto e sacrificado ao rei Saturno.

Mais tarde, com o início da Era Cristã, começaram a surgir os primeiros sinais da censura a estas festividades, que passaram a ser vistas como demoníacas e correram o risco de acabar. A Igreja tentou cancelar as “Saturnálias”, mas a reação popular foi tamanha que ela sentiu que poderia perder seus fiéis para os antigos deuses. Em vista disto, no ano de 590, o papa Gregório I reconhece e regulamenta a festa. Ela é associada ao início da Quaresma, que antecede a Páscoa. Esta data passa a ser conhecida como “carne levandas”, expressão que seria transformada em “carne levales” e, finalmente, “carnaval”. Alguns traduzem esta expressão como “abuso da carne” e teria um sentido de orgia; outros dão o sentido de “comer bastante carne”, pois após o carnaval começaria a Quaresma, onde por quarenta dias não se podia comer carne.

A Igreja passou a aceitar este curto período de festas e orgias como uma “despedida dos prazeres”, pois assim podia cobrar maior rigor religioso no período pós-folia.Daí para frente o carnaval foi se alastrando pelo mundo e encontramos em Portugal, no século XV, a festa chamada “Entrudo”, que significava a entrada da Quaresma.


A festa começou a mudar, com novos costumes trazidos pela corte portuguesa e o Brasil passou a 
copiar os elegantes carnavais da Europa, em particular de Veneza, famosos por seus bailes de 
máscaras e fantasias.(Imagem:Antonia Feitoza)


Nos séculos XVII e XVIII vieram muitos portugueses para o Brasil e trouxeram as brincadeiras do “Entrudo”. A brincadeira era andar pelas ruas e jogar água, bolinhas de cera cheias de perfume, farinha, barro, lixo e urina nas pessoas. No início do século XIX, a festa começou a mudar, com novos costumes trazidos pela corte portuguesa e o Brasil passou a copiar os elegantes carnavais da Europa, em particular de Veneza, famosos por seus bailes de máscaras e fantasias.

Nesta época tínhamos os bailes de carnaval da aristocracia nos moldes da Europa e o carnaval de rua na tradição do “Entrudo”, que passou a ser conhecido como o carnaval dos pobres, sendo feio e de mau gosto aos olhos da aristocracia. Com o tempo, este carnaval dos pobres foi se organizando e conquistando a simpatia de toda a sociedade, até de intelectuais e artistas, que passaram a freqüentá-lo nas ruas.

Em 1899 a pianista Chiquinha Gonzaga inaugura a prática de composições feitas especialmente para o carnaval com a marchinha “Ô abre alas”. Mais tarde, o próprio presidente Getúlio Vargas, preocupado em demonstrar interesse pelos pobres, deu início a uma estruturação melhor do carnaval de rua que hoje é considerado a maior festa popular do Brasil.

Uma das muitas curiosidades é que durante a morte do Barão do Rio Branco no carnaval de 1912, o governo quis cancelar as festas e adiá-la por dois meses em sinal de luto. O resultado é que neste ano tivemos dois carnavais: um em Fevereiro e outro em Abril. Este mesmo barão disse certa vez: “Existem no Brasil, apenas duas coisas realmente organizadas: a desordem e o carnaval.”

Talvez ele tivesse razão, pois quem assiste hoje a um desfile de carnaval no Rio de Janeiro ou qualquer outra grande cidade brasileira, não consegue imaginar como é possível tamanha organização e trabalho bem feito, coisas tão raras em outras áreas do nosso país. É um espetáculo! É Carnaval!

Texto do escritor:  Célio Pezza  (
www.cpezza.com)

 

AS ORIGENS DO CARNAVAL

 

 

O carnaval é uma das festas mais populares e mais animadas do mundo. No Brasil, o feriado de carnaval é ansiosamente esperado por todos. 

Essa festa teve sua origem no entrudo português, onde as pessoas jogavam água, farinha e ovos umas nas outras. O entrudo ocorria no período anterior à quaresma e tinha um significado ligado à liberdade. No calendário católico, a quaresma é destinada à penitência. O entrudo recebeu no Brasil influências dos carnavais europeus, especialmente francês e italiano.

Na segunda metade do século XIX, grupos de foliões começaram a tocar bumbos e tambores, fazendo arruaças no final da noite. Essa atividade ficou conhecida como bloco do Zé Pereira. Ainda no século XIX, esses grupos começaram a incorporar tradições tipicamente europeias como a utilização de máscaras, adereços e fantasias. As pessoas se fantasiavam, enfeitavam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Em São Paulo, no século XX, a Avenida Paulista era palco desse tipo de comemoração da elite da cidade. Assim, teriam nascido os primeiros carros alegóricos que hoje caracterizam as escolas de samba.

No século XX teriam surgido os primeiros corsos, os cordões e, em 1928, surgiu a primeira escola de samba no Rio de Janeiro, a Deixa Falar, criada por Ismael Silva, famoso sambista do início do século passado. A Deixa Falar se transformaria mais tarde na Escola de Samba Estácio de Sá.

Foi no século XX que o carnaval cresceu e se tornou uma grande festa popular. Esse crescimento ocorreu com o auxílio das marchinhas carnavalescas, que ajudaram a popularizar a festa e a deixá-la cada vez mais animada. A partir daí, começaram a surgir novas escolas de samba em diversas cidades do país, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo. Surgiram também as Ligas das Escolas de Samba para verificar, através de quesitos, quais eram as escolas mais organizadas e animadas.

O carnaval de rua manteve suas tradições no nordeste do país. Em cidades como Salvador, Recife, Olinda, entre tantas outras, as pessoas saem às ruas atrás de trios elétricos ao ritmo do samba, do frevo e do maracatu. Na cidade de Recife, por exemplo, os desfiles de bonecos gigantes são uma das principais atrações da cidade durante o carnaval. Em Salvador, as atrações são os trios elétricos embalados por músicas típicas e blocos como o Olodum, os Filhos de Gandhi e o Ileaiê. Vamos comemorar: afinal é carnaval!

 

Por: Ricardo Barros (Professor de História do Colégio Paulista, Mestre em Educação pela Faculdade de Educação da USP, Bacharel e Licenciado em História e Pedagogia pela mesma universidade).

07 DE SETEMBRO COMEMORAÇÕES PELA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL


"O grito do Ipiranga" Famosa obra do artista Pedro Americo, exposto no Salão Nobre do Museu Paulista 
conhecido como o Museu da Independência.



Acontecimento ocorrido a 7 de Setembro de 1822 que simboliza a independência do Brasil.
 

Na sequência de diversos conflitos de poderes entre as Cortes e a administração da colônia. Deixando durante sua ausência no poder sua esposa D.Leopoldina, no dia 14 de agosto de 1822, D. Pedro viajou para São Paulo para resolver problemas políticos. Nesta ocasião, chegaram ao Rio de Janeiro ordens das Cortes: D. Pedro deveria voltar para Portugal naquele instante, José Bonifácio deveria ser julgado, e um novo ministério seria criado. D.Leopoldina e José Bonifácio enviaram um mensageiro com essas notícias a serem informadas ao Príncipe que seguia a caminho de santos. O mensageiro  encontrou D. Pedro I às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo. Era a tarde do dia 7 de setembro de 1822. Neste mesmo local, o príncipe regente do Brasil, declarou o território definitivamente separado da metrópole, bradando "Independência ou morte!". 

O momento foi imortalizado na obra do artista Pedro Ámerico, exposto atualmente no Salão Nobre do Museu Paulista, que também foi idealizado como um monumento a independência do Brasil e fica localizado no Parque da Independência.

O Parque da Independência  é um conjunto formado por monumentos e área verde. É uma boa opção de lazer e uma excelente referência  para quem deseja saber mais da história do Brasil.

SÃO PAULO: 

11 DE AGOSTO: DIA DO ADVOGADO E DIA DO PENDURA

 

Em 11 de agosto de 1827, Dom Pedro I criou os dois primeiros cursos de Direito no País: um em Olinda , no Mosteiro de São Bento, outro no município de São Paulo , no Largo São Francisco. Tamanho o prestígio que os advogados tinham perante a sociedade na época, tal data se tornou motivo de celebração. Neste dia, comerciantes ofereciam-lhes, refeição e bebida como cortesia. E eles, como forma de agradecimento, proferiam belos discursos aos freqüentadores do estabelecimento. Passados mais de 180 anos, o que era motivo de comemoração, virou motivo de dor de cabeça para os donos de bares e restaurantes.

Com mais de mil cursos de Direito no país, tornou-se insustentável manter a tradição, mas há quem tente “sair de fininho” destes estabelecimentos alegando o “dia do pendura”. Os comerciantes tentam se defender, mas nem sempre as estratégias são eficazes. Há quem simplesmente não aceite o calote e acaba chamando a Polícia, outros procuram entrar em acordo, oferecendo belos descontos sobre os preços do cardápio. O certo é que esta é uma das curiosidades da história de São Paulo.

 

 

 


200 ANOS DE HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DO BANCO DO BRASIL

 

 

 

 

1808 – A família real portuguesa se instala no Brasil. O Alvará Real de 12 de outubro de 1808, assinado pelo príncipe regente Dom João, tinha como objetivo: “promover a indústria nacional, por em ação os cômputos estagnados e estimular a combinação dos capitais isolados”. O Alvará tinha a duração de 20 anos. O BB se dissolveria ou se constituiria novamente, se o governo assim o entendesse. Capital inicial de 1.200 contos de réis, dividido 1.200 ações de um conto de réis cada uma, podendo ser aumentado por meio de novas ações. Acionistas podiam ser nacionais e estrangeiros.

 

 

Cenário econômico da época: mineração entrava em declínio, grande escassez de moedas, intensificação das atividades comerciais com a abertura dos portos e as despesas com a família real e sua corte exigiam que se aumentasse o numerário existente. Fora o BB, havia apenas três bancos emissores no mundo: Suécia, França e Inglaterra. Operavam no setor de crédito apenas alguns capitalistas nacionais e ingleses, que sacavam sobre as praças européias e recebiam dinheiro em conta corrente ou depósito, na maior parte da vezes para passá-lo aos bancos da Inglaterra ou convertê-lo em títulos de renda assegurada. Essas somas eram entregues em ouro e exportadas como mercadorias.

 

As atividades do BB consistiam: desconto mercantil de letras de câmbio sacadas ou aceitas por negociantes de crédito; comissão dos cômputos arrecadados ou adiantados por meio de hipotecas; depósito geral em prata, ouro, diamantes ou dinheiro; emissão de letras ou bilhetes pagáveis ao portador; comissão dos saques particulares ou do Real Erário, de fundos localizados no estrangeiro ou nacional, em área remota; recebimento de toda a soma que se lhe oferecesse a juro da lei; comissão da venda dos gêneros privativos dos contratos e administrações reais, como os diamantes, pau brasil, marfim e urzela; no comércio das espécies de ouro e prata.

 

1810 - O meio circulante do país era exclusivamente metálico e as cédulas do BB foram as primeiras a circular no mundo português. Por alvará, em 1812, a Real Fazenda entra como acionista, destinando, pelo período de 10 anos consecutivos, a arrecadação de antigos e novos impostos, e abrindo mão, durante 5 anos de qualquer lucro resultante das suas ações. O capital do Banco se consolidou por meio dessa arrecadação e, posteriormente, pela própria fluência de capital particular.

 

1821 - D. João VI e a Corte retornam para Portugal, levando os fundos do Banco do Brasil.

 

1829 - O Banco do Brasil é liquidado por lei. O excesso de emissões e a falta de administração competente e zelosa foram as causas principais do fechamento do BB. A escrituração deficiente e os abusos cometidos no sistema de emissão também agravaram a situação. Emissão já excedia mais que o triplo do seu capital (1821). Em 1822, o BB não passava de uma caixa suplementar do Tesouro, onde o governo ia buscar dinheiro até por pedido verbal do tesoureiro geral do Erário. Em 1827, o governo proíbe o aumento da emissão. Em 1829, o ministro da Fazenda apresentou à Câmara dos Deputados proposta do governo de dissolução do BB. Sancionada em setembro de 1829 (20 anos previstos).

 

A reorganização do BB chegou a ser discutida na Câmara dos Deputados. Parlamentares à época disseram que o BB foi uma espécie de bode expiatório que acabou assumindo a responsabilidade pelas dificuldades de uma situação cujos erros cabiam quase que exclusivamente ao governo, por causa dos empréstimos dispensáveis que solicitara, ou melhor, impusera.

 

1833 - Houve tentativas de restabelecer o Banco do Brasil em 1833 e 1834. Ocaso do período colonial e a conseqüente aceleração do processo da independência política, paralelamente ao processo de independência econômica, pela abertura dos portos.

 

1836 - O período regencial caracterizou-se no plano político por processo insurrecional, longo e sangrento, com turbulências, desordens e revoltas. Entre 1836 e 1846, verificou-se desequilíbrio econômico e financeiro. A produção para exportação era insuficiente e havia contínuos saldos negativos na balança do comércio exterior, com constantes baixas dos valores externos e internos da moeda. Manteve–se o processo inflacionário.

 

1838 - Com o fim do período regencial, alguns acontecimentos marcaram a economia nacional: o café em marcha ascendente torna-se o principal gerador de divisas. Barão de Mauá se destaca por seus empreendimentos. Ferrovias foram construídas, desenvolveu-se a navegação a vapor e à vela. Surgiam tentativas de importação de mão–de-obra livre. Iniciativas de firmas comerciais que procuravam funcionar como bancos com limitações em operações de câmbio. Em 10 dezembro de 1838 foi criado o Banco Comercial do Rio de Janeiro. Os estatutos foram aprovados em 1842.

 

O império superava os tempos críticos do pós-independência e o conturbado período regencial e inaugurava fase de grande dinamismo econômico.

 

1851 - Visconde de Mauá funda um banco particular denominado Banco do Brasil. Tinha a autorização, do próprio governo, para emitir vales ou letras ao portador e a prazo determinado, que acabaram circulando como moeda. Alguns autores consideram esse estabelecimento fundado por Mauá como o segundo Banco do Brasil, como um elo daquele banco fundado em 1808. Muito embora esse fosse exclusivamente particular.

 

1853 - O Banco do Brasil foi criado, por lei, sob iniciativa de José Joaquim Rodrigues Torres, o Visconde de Itaboraí, ministro da fazenda (1848 – 1853), que várias vezes exerceu a presidência do BB e tido como uma espécie de patrono. Segundo o ministro, “era chegada à hora de criar um banco de emissão com os objetivos de auxiliar o governo no resgate do papel moeda e promover o progressivo aumento do crédito e das riquezas nacionais. ”Em sua opinião, o BB deveria atuar como um banco de depósitos, descontos e emissões, sujeito, porém, à supervisão governamental, através da nomeação, pelo imperador, do presidente da nova instituição financeira (...)”

 

Optou-se pela fusão do banco comercial do Rio de Janeiro e o Banco do Brasil cuja aprovação se deu na Câmara dos Deputados e no Senado. Foi determinante a necessidade de instituir o princípio da unidade de emissão. “A idéia era fundar um banco concentrador, dotado de unidade do poder de emissão, para acabar com os males das múltiplas fontes de emissão”.

 

Em 31 de agosto de 1853, decreto aprovava o novo Banco do Brasil com capital de 30.000:000$000, divididos em 150 mil ações, das quais, 80 mil para os acionistas, 50 mil ao BB e 30 mil ao banco comercial. Um fato extraordinário marcou o lançamento à subscrição pública das primeiras 30 mil ações do Banco. Numa afluência espantosa, 3.087 pessoas apresentaram pedidos de subscrição para 254.305 ações, ou seja, mais de oito vezes o número oferecido. O governo anulou a primeira subscrição e estipulou restrições como a cobrança de ágio de 10% sobre cada ação, destinado ao melhoramento das calçadas do Rio de Janeiro. O ágio não conteve o enorme fluxo de pedidos. Em apenas duas horas, os pedidos excediam o limite de 30 mil ações.

 

O BB foi instalado inicialmente na Rua da Alfândega, esquina com a Candelária onde funcionava o Banco Comercial. E ficou 72 anos lá. Somente em 30 de abril de 1926, mudou-se para a Rua primeiro de março, 66. Onde permaneceu até a transferência para Brasília, em 1960.

 

1854 – Diretoria do Banco do Brasil determina a abertura de concurso para o cargo de escriturário.

 

1857 - Nesses primeiros anos de atividades, as dificuldades enfrentadas pelo BB eram provenientes das retiradas constantes do seu fundo disponível, causadas principalmente pela remessa de reservas para as províncias do Norte. Essas retiradas eram justificadas pela necessidade de pagamentos de escravos vendidos e aplicações nas safras.

 

1860 - O BB estuda a fusão com o Banco Comercial e Agrícola. Concluída somente em 1862 juntamente com a fusão do Banco Rural e Hipotecário.

 

No entanto, o Banco do Brasil perde o monopólio das emissões. O novo ministro da Fazenda, Bernardo de Sousa Franco, entendia que o país precisava, para o seu desenvolvimento, de uma pluralidade de bancos emissores: “a implantação de novos bancos que facilitassem o uso dos capitais por prazos mais longos e opções de garantia teria a dupla vantagem de melhor atender aos interesses dos depositantes de fundos e de impulsionar o crescimento da produção...”. Por meio de simples decretos executivos, Sousa Franco cria novos bancos de emissão distribuídos pelas províncias. Foi uma reforma bancária limitada e imperfeita.

 

Sem esse privilégio, o BB entrou em processo comum de competição com os outros bancos, mas conservou o prestígio, a capacidade monetária e o patrimônio que adquirira.

 

1863 - O BB praticamente readquiriu o monopólio de emissão ao incorporar o Banco Comercial e Agrícola e o Banco Rural e Hipotecário. Os bancos emissores – que ainda permaneceram na Bahia, em Pernambuco e no Maranhão – não conseguiram resistir ao regime da lei de 1860 e acabaram reconhecendo sua incapacidade de continuar emitindo. Houve grave crise financeira em 1864. A Casa bancária AJA Souto & Cia tinha necessidade real e urgente de que o BB lhe prestasse auxílio. O fechamento inesperado da Casa Souto espalhou pânico por toda a cidade, provocando a corrida de credores e depositantes aos estabelecimentos bancários. O Banco do Brasil não apenas atendeu os seus clientes, como prestou socorro a diversos outros estabelecimentos.

 

1866 - Requisição insaciável de recursos para custeio da Guerra do Paraguai. Cessa, por lei, a faculdade de emissão do Banco do Brasil. O Banco do Brasil perdia o direito de emissão e passava a ser mero banco de depósitos, descontos e operações hipotecárias, acentuando o seu caráter de empresa privada e debilitando ao máximo a sua vinculação ao governo e a sua função como delegado governamental. O direito de emissão fora para o Banco o meio seguro de captação de recursos para a sua caixa e para aplicações que naturalmente lhe davam maior capacidade de produção de lucros.

 

1888 – Libertação dos escravos no Brasil. Banco do Brasil lança as primeiras linhas de crédito para a agricultura. Existia desde 1873 um acordo entre o BB e o governo para apoio à agricultura, no qual o Banco se obrigava a constituir uma carteira hipotecária que iria financiar a agricultura. Além das operações de hipoteca, podiam ser feitos empréstimos com penhor agrícola, tendo como caução títulos da dívida pública, ações de companhias garantidas pelo Estado, e letras com duas firmas de lavradores abonados ou de mutuário lavrador e de outra pessoa abonada.

 

Com o fim da escravidão, houve a necessidade de fortalecer o crédito agrícola, a fim de auxiliar os agricultores nesse período de transição entre o trabalho escravo para o assalariado. Na realidade, o auxílio à área rural foi prestado, embora deficiente. A utilização dos empréstimos não foi grande e isto permitiu que se publicasse que a abolição não causara, como antes se temia, a perda total da atividade agrícola e nem a ruína das fortunas. Pelo contrário, as colheitas cresceram.

 

1889 - O Ministro da Fazenda, visconde de Ouro Preto, resolveu intensificar os auxílios prestados à agricultura. Não apenas aumentou os recursos fornecidos pelo Tesouro, como também procurou disseminar territorialmente os financiamentos, empenhando-se em ampliá-los a um número maior de estabelecimentos bancários.

 

1892 – O Banco do Brasil se funde com o Banco da República dos Estados Unidos do Brasil e passa a se chamar Banco da República do Brasil. A Direção do Banco do Brasil resistiu à idéia dessa fusão, pois entendia que o Banco da República tinha cometido muitos erros em suas administrações anteriores. Usara e abusara da faculdade de emitir, a ponto de desmoralizar o meio circulante. Até lhe faltava depósitos. Por outro lado, o BB não dispunha de recursos capazes de suprir a emergência de uma corrida de depositantes. Tinha expandido o financiamento, apesar de alta inadimplência, e distribuído dividendos aos acionistas relativos a lucros fictícios.

 

1904 – Grupo de 51 funcionários cria a “Caixa Montepio dos Funcionários do Banco da República do Brazil”, que mais tarde se tornará a Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil).

 

1905 - O Banco da República do Brasil é liquidado e transformado por meio de mudança na composição acionária, no Banco do Brasil S.A. Início da terceira e atual fase jurídica da Empresa. De acordo com os novos estatutos do BB e do decreto n. 1455 de 30 de dezembro de 1905, o BB passava a ter direito a estabelecer filiais em qualquer ponto do país ou fora dele, a exclusividade de emitir vales-ouro para movimentação de impostos aduaneiros em toda a República e recuperava o privilégio exclusivo de emissão. Ressurgia, assim, o Banco do Brasil, com o aproveitamento das instalações, da tradição e da clientela do Banco da República.

 

Era o ingresso do governo como acionista, com metade do capital, o que reforçava o seu poder de interferência nas assembléias gerais. O controle do governo era exercido pela faculdade que lhe cabia de nomear o presidente e o diretor da Carteira de Câmbio.

 

1906 - Início das negociações das ações ordinárias (ON) do Banco do Brasil na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.

 

1908 - O Banco do Brasil inaugura a sua segunda agência no País: Manaus. Na segunda metade do século 19, a extração da borracha teve grande incremento, cuja finalidade principal era atender o mercado interno. Entre 1890 a 1913, a alta dos preços no mercado mundial foi um estímulo ao desenvolvimento da Amazônia, tornando-se a borracha o segundo produto de exportação brasileiro, após o café. O Estado do Amazonas chegou a produzir mais de 40% da extração mundial de borracha, respondendo por 40% do PIB nacional. A economia cresceu rapidamente, atraindo o interesse de grandes companhias estrangeiras e de milhares de imigrantes.

 

A capital, Manaus, transformou-se em uma metrópole de estilo europeu. Foi a bele époque de Manaus: famílias mandavam os filhos estudarem na Europa. Foi a segunda cidade do país a instalar iluminação elétrica, após o Rio de Janeiro. Teve suas ruas remodeladas e inauguração de prédios importantes, como o Teatro Amazonas (1896), o Palácio da Justiça (1905) e da Alfândega (1906).

 

Nessa época a região era financeiramente amparada pelas “Casas Aviadoras”, que proviam crédito para o financiamento da produção. Nesse cenário de prosperidade, além de medidas para isenção de impostos para importação de matérias-primas e de exportação de produtos industrializados, incentivos à nascente indústria manufatureira no Brasil, que o Banco do Brasil inaugura sua primeira filial, fora do Rio de Janeiro, em 14 de Janeiro de 1908, a agência de Manaus.

 

A borracha perdeu mercado nas décadas de 10 e 20, em virtude de concorrência asiática. Naquele momento, quando as instituições aviadoras e outros institutos de crédito não suportavam ônus da débâcle econômica, o Banco do Brasil compareceu para assegurar o financiamento das atividades extrativistas.

 

A Zona Franca de Manaus (1967) impulsionou a economia por meio da produção e comércio de eletroeletrônicos em grande escala. Desenvolveram-se a hotelaria, turismo, infra-estrutura e geração de empregos, instalando um novo modelo de desenvolvimento para a região. No período pós-Zona Franca, o Banco do Brasil foi o grande financiador do comércio exterior em Manaus, contribuindo para a consolidação de sua economia. Hoje tem 15 agências no Amazonas.

 

 

1913 - 1919 – Primeira Guerra Mundial. No segundo semestre de 1913, o café e a borracha, principais produtos de exportação brasileira, registram baixa dos preços no mercado internacional. Aumento do déficit governamental, desvalorização da moeda nacional, e redução na oferta de empréstimo externo. Ao governo faltavam recursos para pagar débitos e até para o custeio rotineiro da administração. A situação de desespero do governo em face da falta de numerário apontou novamente para a idéia de que o único remédio seria a emissão de papel-moeda, interrompida desde 1898. O governo passou a fazer uso das emissões bancárias, facilitado e até estimulado pela baixa moderada do câmbio.

 

As emissões foram usadas para pagar dívidas do governo e cobrir deficiências de receita, mas também para comprar parte da safra de café, evitando queda no preço do produto. Atendendo reivindicação dos produtores amazonenses, o governo interviu também no mercado de borracha, realizando operações de compras do produto em Belém e Manaus.

 

1915 - Lei federal autorizou o BB a abrir agências em todos os estados da República e no território do Acre.

 

1921 – O Banco do Brasil fundou a Câmara de Compensação de Cheques, que logo começou a funcionar no Rio de Janeiro e depois em São Paulo, Santos, Porto Alegre, Bahia e Recife.

 

1923 – A Lei n. 4.635/1923 transformou o BB em instituto de emissão de papel-moeda, sem perder sua condição de banco comercial. O Banco assumia a responsabilidade de resgatar todo o papel-moeda em circulação, emitido pelo Tesouro Nacional, enquanto cessava o direito desse de emitir papel-moeda durante 10 anos. As emissões do Banco deveriam ser feitas sobre o lastro metálico de ouro, sendo a parte em ouro correspondente, no mínimo, a um terço do valor da emissão. Para cumprir com essa nova função, foram transferidos para o BB os depósitos em ouro do Tesouro.

 

1930 - Restabelece a Carteira de Redesconto. Sua função era descontar notas promissórias, inicialmente de curto prazo, representativas de transações do comércio, agricultura e indústria. Depois o prazo de vencimento das notas foi estendido para operações acima de 120 dias, em razão da necessidade de financiamento da produção industrial (decreto de junho de 1932). Como o governo não tinha condições de propiciar o surgimento de bancos de crédito industrial, com empréstimos a longo prazo, favorecia, com o instituto do redesconto, os bancos privados comerciais que se propunham a conceder tais financiamentos.

 

1934 – O Governo cria a previdência oficial. A Caixa Montepio se transforma na Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – Previ

 

1937 – Criação da Carteira de Crédito Agrícola e Industrial do Banco do Brasil. Até o final da década de 30, não havia no Brasil uma sistematização na área financeira para concessão de crédito à agropecuária e à indústria. Os empréstimos a agricultores e industriais, eram feitos pelos bancos de depósitos e descontos, a prazo curto, mediante promessa de renovação do vencimento. Isso causava instabilidade no sistema e constante preocupação aos produtores.

 

1941 - Inauguração da primeira agência do Banco do Brasil no exterior, em Assunção, Paraguai. Criação da Carteira de Exportação e Importação do Banco do Brasil.

 

1944 - Brasil entra na II Guerra Mundial. Representação do Banco do Brasil acompanha tropa, realiza pagamentos e atende à embaixada e aos consulados brasileiros na Itália. Constituída a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil – Cassi.

 

1945 – Criada e inserida na estrutura administrativa do Banco do Brasil a Superintendência da Moeda e do Crédito – Sumoc, em 2 de abril de 1945, por meio do Decreto Lei n. 7.293 do presidente Dutra. A Sumoc representou apenas um órgão intermediário, sem efetivo controle sobre a moeda e crédito. Prova disso é que os principais instrumentos de ação da Sumoc, como a Carteira de Redesconto e a Carteira de Mobilização Bancária, bem como a Caixa de Depóstio das Reservas Bancárias, não ficaram com a Sumoc, mas passaram a fazer parte da estrutura do Banco do Brasil.

 

Somente na segunda metade da década de 50, a Sumoc se fortaleceu em suas funções específicas e conseguiu estabelecer uma divisão clara das atribuições, de modo que a organização monetária passou a operar com certa eficácia, apesar de seu papel relativamente secundário. A política econômica, especialmente a de moeda e de crédito, era gerenciada pela Sumoc, pelo BB e pelo Tesouro Nacional.

 

A Sumoc, como órgão controlador e formulador da política da moeda e do crédito, passou a exercer, nessa segunda fase, algumas funções típicas de um verdadeiro banco central, tais como a fixação dos juros do redesconto e do percentual dos depósitos compulsórios dos bancos, a fiscalização dos bancos comerciais e do registro de capitais estrangeiros; era ainda responsável pela política cambial e de mercado aberto.

 

O Banco do Brasil, enquanto banco central e órgão executor da política, operava a Carteira de Redesconto, para crédito seletivo e de liquidez, a Caixa de Mobilização Bancária, como emprestador de última instância, e a Carteira de Câmbio e de Comércio Exterior (Cacex).

 

Como agente financeiro do Tesouro, recebia e antecipava receitas e realizava pagamentos, concedendo também empréstimos ao Tesouro. Além disso, o Banco do Brasil fazia a compensação de cheques e era depositário das reservas voluntárias dos bancos comerciais.

 

1953 – Criada a carteira de Comércio Exterior (Cacex).

 

1964 – A Sumoc é transformada em Banco Central do Brasil em 31 de dezembro de 1964, por meio da Lei n. 4.595, 20 anos depois da criação da Sumoc, que tinha mandato específico para preparar sua criação. Em 1946, o presidente Dutra previa a criação do banco central no seu Projeto de Reforma Bancária enviado ao Congresso. No período que vai de 1946 a 1964, porém, várias outras tentativas semelhantes foram obstruídas na Câmara Federal. Em 1964, com o governo militar foi finalmente criado o Banco Central.

 

Com a Reforma Monetária de 1964, que instituiu o Bacen, a estrutura das autoridades monetárias assumiu a seguinte configuração: o Bacen substituiu a Sumoc, com todas as suas atribuições, mas com importantes mudanças, quais sejam: (a) a emissão de moeda ficou sob sua inteira responsabilidade; (b) as operações de crédito ao Tesouro só poderiam ser feitas agora pelo Bacen, através da aquisição de títulos emitidos pelo Tesouro; (c) a Cared e a Camob foram abolidas, e seus valores líquidos incorporados ao Bacen; (d) o controle e a execução das operações de câmbio passaram do Banco do Brasil para o Bacen; (e) criou-se o Conselho Monetário Nacional (CMN), para substituir o Conselho da Sumoc, agora com nove membros, dos quais apenas um pertencente ao Banco do Brasil; (f) o Banco do Brasil permaneceu como agente financeiro do Governo, mas sem o privilégio de fornecer crédito ao mesmo; (g) o Bacen ficou com a possibilidade de delegar ao Banco do Brasil a função de guardar as reservas voluntárias dos bancos e de efetuar a compensação de cheques; (h) a Caixa de Amortização do Tesouro foi abolida, e a função de emitir tornou-se privilégio do Banco Central.

 

1969 - O Banco do Brasil instala agência em Nova Iorque. Primeiro concurso do BB aberto também às mulheres. Lançamento do Cheque Ouro, primeiro cheque especial do mercado.

 

1971 – Inauguração da agência Londres, primeira na Europa.

 

1984 - Primeira mulher nomeada gerente de agência no BB.

 

1985 - Criação da Fundação Banco do Brasil

 

1986 - Fim da Conta Movimento - O fim da conta Movimento, em março de 1986, marca o início de um longo processo em que o BB deixava de ser uma instituição com características de autoridade monetária para conviver com uma dualidade de ser ao mesmo tempo uma empresa pública e uma empresa competidora no mercado financeiro. O Banco do Brasil inicia a mudança ainda no governo do presidente José Sarney e a intensifica na administração do presidente Fernando Henrique Cardoso. Aos poucos o BB iria se aproximando de uma empresa com perfil de mercado e conciliando suas funções públicas.

 

A Conta Movimento foi um mecanismo criado pelo governo (Lei n. 4595/64) que permitia ao Banco a obtenção automática de recursos para financiar, a juros subsidiados, o setor rural e o comércio exterior. Em outras palavras, o BB emitia dinheiro para emprestar para áreas consideradas estratégicas, o que lhe conferia características de Banco Central. Em razão dessa posição privilegiada frente às outras instituições financeiras, a Lei do Mercado de Capitais (Lei 4.728, de 14.07.65) lhe proibiu de atuar no mercado não-monetário.

 

A legislação, em vigor até 1986, acabou tendo inicialmente um impacto negativo para a Instituição, pois reduziu sua participação no mercado financeiro. Enquanto os outros bancos diversificaram atuação, constituindo corretoras e distribuidoras de valores, associações de poupança e empréstimo, bancos de investimento e seguradoras; o BB estava proibido de operar nesses segmentos. Em 1986, 74,8% das agências do BB estavam situadas em cidades com menos de 50 mil habitantes. “Se somadas as redes que os cinco maiores bancos privados possuíam, no final de 1985, apenas nas regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro, chega-se a mais de 1.100 unidades, ou seja, quase dez vezes o total de agências do BB nessas duas regiões. Só os dois maiores somavam rede equivalente a cinco vezes à do Banco” .

 

O BB inicia uma paulatina ampliação de sua carteira de produtos e crescimento do seu parque de agências, atuando no mercado de modo mais competitivo. Com o fim da Conta Movimento, o Banco necessitava atuar em outras áreas, proceder a mesma diversificação de produtos que tinha sido feita pela concorrência, a fim de captar recursos e continuar emprestando.

 

1987 - Lançamento da Poupança-Ouro

 

A caderneta de poupança só foi lançada em 12 de fevereiro de 1987 (Poupança-Ouro). Até então, o único produto que o BB dispunha era RDB e CDB no segmento não-monetário. É a partir desse momento, que o BB inicia uma gradual ampliação de sua carteira de produtos e o crescimento de sua rede de agências, tornando-se mais competitivo.

 

1987 - Inauguração das subsidiárias

 

Inauguração das subsidiárias BB Financeira S.A, BB Leasing S.A, BB Corretora de Seguros e Administradora de Bens S.A e BB Administradora de Cartões de Crédito S.A. Lançamento também do Ourocard, primeiro cartão de múltiplo uso do mercado. Criação do BB Banco de Investimento S.A.

 

1990 - Desativação da Carteira de Comércio Exterior (Cacex)

 

1994 - Inauguração da subsidiária BB Securities, Londres. Criação da Brasilprev.

 

1995 - 1996 – Reforma estatutária muda face do BB

 

Transformado em conglomerado financeiro, o Banco, no entanto, não perdeu a função de principal agente financeiro oficial do País. Nessa condição, continuou a dar suporte às políticas macroeconômica e setorial do Governo, mediante atendimento prioritário ao setor exportador, à agricultura e às micro e pequenas empresas.

 

No início da década de 90, com os efeitos do Plano Collor, as circunstâncias de mercado e a dificuldade do Governo cumprir a política de preços mínimos, elevou-se o índice de créditos ao setor agrícola não pagos. Como em 1988 a nova Constituição havia concedido anistia da correção monetária para mini, pequenos e médios produtores rurais e para mini e pequenos empresários do meio urbano, muitos agricultores acreditaram que o governo lhes viria em socorro novamente. Esse fato contribuiu para o crescimento da inadimplência.

 

Maior financiador do campo, responsável na época por cerca de 80% do crédito rural concedido pelo sistema bancário, o Banco do Brasil, em nome do Tesouro, arcou com quase todo o problema.

 

 

Ao mesmo tempo, o aperto da liquidez, para promover ajustes na economia, gerou novo aumento dos níveis de inadimplência, com fortemente impacto nos resultados dos bancos.

 

O Banco do Brasil, assim como as demais instituições financeiras, também sofreram com os prejuízos decorrentes do descolamento cambial incidente sobre os investimentos no exterior. Somaram-se ainda os altos custos administrativos, em função do elevado número de funcionários e de dependências, muitas localizadas em praças pioneiras, sem perspectiva econômica.

 

Mesmo assim, o resultado apresentado em de R$ 4,2 bilhões no ano de 1995. O Patrimônio Líquido do Banco passou, então, de R$ 9,6 bilhões (junho de 1994) para R$ 3,5 bilhões em dezembro de 1995.

 

1996 - Plano de Reestruturação

 

Esses fatos determinaram a ampliação do Programa de Ajustes, que culminou no Plano de Reestruturação do Banco do Brasil. Lançado em 20.03.1996, o Plano contemplava medidas saneadoras, aumento de Capital e alterações no modelo de gestão da Empresa.

 

No primeiro semestre de 1996, quando se iniciava a implementação do Plano de Reestruturação – que incluía também o saneamento da carteira de ativos, foi registrado prejuízo de R$ 7,8 bilhões. O Conselho de Administração do BB aprovou então uma chamada de capital de R$ 8 bilhões e uma ampla reforma nos estatutos da Empresa, que previa, entre outras alterações, a implantação de um modelo de gestão compartilhada com os acionistas privados.

 

O Programa de Ajustes abrangeu o posicionamento institucional e negocial do BB, passando pela revisão das práticas de relacionamento com clientes, implantação de nova arquitetura organizacional e de gestão compartilhada por meio da sistemática de administração colegiada, reestruturação da rede de dependências, modernização tecnológica, que incluia investimento maciço em automação, redução de despesas administrativas, profissionalização dos funcionários, fortalecimento da estrutura de ativos da empresa.

 

Com relação às despesas, o programa contemplava medidas como racionalização dos recursos materiais, intensa utilização de modernos sistemas de informática, redução de despesas com pessoal e venda de imóveis não operacionais.

 

Para adequar o quadro de pessoal – no final de 1994, com 119.380 funcionários, o BB lançou o Programa de Desligamento Voluntário (PDV), que obteve adesão de 13.369 pessoas, viabilizando a redução de despesas com a folha de pagamento.

 

Outros itens importantes foram a revisão da rede de dependências – encerramento de atividades de 108 agências no País e oito no exterior – e uma campanha de recuperação de créditos, que proporcionou o resgate da cultura de cobrança e a importância da qualidade do deferimento.

 

Investimento em Cultura

 

As ações culturais do BB se diferenciam por serem de cunho institucional. Os investimentos em cultural reforça a identidade do Banco do Brasil como uma Empresa que concilia resultados e políticas de fomento. Demonstra o compromisso do BB com a cultura brasileira.

 

O primeiro Centro Cultural Banco do Brasil, inaugurado em 12 de outubro de 1989 no Rio de Janeiro, estabeleceu novo paradigma de espaço cultural no País, seja em termos de estrutura, seja de qualidade da programação. A reforma e adaptação do prédio da Rua Primeiro de Março, 66, (abrigou por 40 anos a sede do Banco do Brasil) possibilitaram a revitalização da área central da cidade do Rio, que passou a contar com um corredor cultural de nível internacional.

 

CCBB – Brasília

Inaugurado em 12 de outubro de 2000, é o segundo CCBB do país. O novo Centro ocupa um prédio assinado por Oscar Niemeyer, e conta com duas salas para exposições, um espaço ao ar livre de 1.500 metros quadrados, uma cafeteria, um estacionamento com 500 vagas e um teatro com 291.

 

CCBB – São Paulo

O CCBB São Paulo foi instalado no prédio da primeira agência do Banco no Estado de São Paulo, em 21 de abril de 2001. Ocupa um prédio construído em 1901 na Rua Álvares Penteado, 112, esquina com a rua da Quitanda. O edifício foi todo restaurado e mistura o estilo neo-clássico com o art-nouveau, abriga música, artes plásticas, cinema, literatura, teatro e dança e tem revitalizado a vida cultural do centro paulistano.

 

 

O Banco que mais investe no esporte

Vôlei

O BB apóia o esporte desde a década de 80 quando a seleção brasileira de basquete ostentava a marca do BB nos seus uniformes. Mas, foi em outro esporte que se tornaria popular no País, que o BB entrou de vez para a história do esporte brasileiro. Em 1991, com o patrocínio às seleções masculina e feminina de Vôlei, nas categorias infanto, juvenil e adulto. Os resultados alcançados comprovam a importância dessa parceria histórica.

 

Na quadra, com as seleções adultas, em 98 competições disputadas entre 1991 e 2006, foram 76 pódios, 51 deles com o primeiro lugar - destaque para os títulos olímpicos, em 1992 e 2004, os mundiais, em 2002 e 2006, o hexacampeonato da Liga Mundial (masculino) e o hexacampeonato do Grand Prix (feminino).

 

No primeiro ano de Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, em 1991, foram disputadas apenas cinco etapas no masculino. Já no ano seguinte, foi criada a modalidade feminina e a competição ganhou 16 etapas. Foi, sem dúvida, o início de uma nova era. Os brasileiros deixaram de ser coadjuvantes dos norte-americanos nas competições internacionais e passaram a ser protagonistas.

 

Hoje, é o maior torneio nacional de vôlei de praia no mundo. Não é à toa que as conquistas nas areias são tão expressivas. No feminino, 12 títulos do Circuito Mundial e cinco medalhas olímpicas. No masculino, 12 títulos do Circuito Mundial e duas medalhas olímpicas. Em Atenas, as duplas patrocinadas pelo BB Adriana Behar e Shelda, Ricardo e Emanuel conquistaram as medalhas de prata e ouro, respectivamente.

 

Vela

 

O BB patrocina o octacampeão mundial da classe Laser, Robert Scheidt, um dos maiores vencedores da história de todos os esportes. O iatista conquistou ainda duas medalhas olímpicas de ouro (Atlanta, em 1996, e Atenas, em 2004) e uma e prata (Sydney, em 2000). Além disso, é tricampeão pan-americano, tricampeão da Semana de Kiel, na Alemanha, pentacampeão da Semana de Spa, na Holanda, hexacampeão da Europa Cup, campeão da Semana Olímpica Francesa, em Hyères (2004) e campeão europeu, em Cartagena, na Espanha, em agosto de 2005, quando conquistou o 100º título só na Laser. No Brasil, Scheidt é octacampeão paulista e 11 vezes campeão brasileiro.

 

Em 2006, pela primeira vez na carreira, Scheidt montou calendário voltado exclusivamente para disputas na classe Star. Começou com o pé direito. Ao lado de Prada, conquistou os títulos brasileiro e sul-americano. Na Europa, a dupla foi terceiro na Holland Regatta, em maio, e vice-campeões na Semana de Kiel, em junho, e no Campeonato Europeu, em agosto, ambos na Alemanha.

 

O Banco do Brasil também atua no tênis, como principal patrocinador do Brasil Open – um dos maiores eventos latino-americanos desse esporte, que ocorre em Salvador em fevereiro de 2008.

 

Futsal

 

O Banco do Brasil, que há 16 anos é o patrocinador oficial do vôlei brasileiro, passou a ter sua marca estampada também na camisa da seleção brasileira de futsal, em parceria com os Correios. Graças a um acordo entre as duas empresas, o BB começa a investir em um dos esportes mais praticados no país. Assim como no vôlei, o Banco do Brasil apoiará também as seleções de base. No futsal, será co-patrocinador da seleção feminina, da sub-20, da sub-18 e da sub-16.

 

2002 - Novo Mercado

 

O Banco do Brasil iniciou, em 2002, uma revisão dos seus métodos de gestão, a fim de cumprir com as exigências para adesão ao Novo Mercado. Esse conjunto de regras criadas pela Bovespa estimula nas empresas a adoção de métodos de gestão que caracterizem boa governança corporativa. É uma espécie de selo conferido pela Bovespa às empresas de capital aberto, só permitindo ações ordinárias com direito a voto. Duas de suas principais características são o respeito aos acionistas minoritários e a transparência nas contas da empresa.

 

Entre as medidas a serem adotadas está a venda pulverizada de parte das ações do Banco. Em 2006 e 2007, o BB realizou ofertas de ações, que atingiu o nível de pouco mais 20% de free float. No entanto, o BB precisa chegar a 25% até junho de 2009. Nos últimos cinco anos, as ações do BB valorizam mais de 800%. Em 2007, suas ações se valorizaram acima do índice da Bovespa e deseus princiáis concorrentes.

 

O ingresso no Novo Mercado é parte da estratégia do BB no rol de ações que hoje caracteriza o Banco do Brasil como uma Instituição financeira eficiente, preocupada em prestar contas aos acionistas minoritários, fator que atrai analistas e investidores. Esta é mais uma iniciativa no sentido de modernizar o BB, torná-lo cada vez mais competitivo, sem abrir mão da sua atuação como agente de políticas públicas.

 

2003 - Empresa sustentável

 

O engajamento do Banco do Brasil com os princípios de responsabilidade socioambiental faz parte de sua tradição quase bicentenária. Como um dos principais agentes do desenvolvimento econômico e social do País, o Banco impulsiona a economia e o desenvolvimento dos municípios onde atua ao financiar o agronegócio, o comércio exterior, as micro e pequenas empresas, entre outros. Em fevereiro de 2003, o assunto passou a ser definitivamente pauta das decisões estratégicas e operacionais do BB quando o Conselho Diretor aprovou a criação de uma Unidade Relações com Funcionários e Responsabilidade Socioambiental, que em seguida se tornaria uma Diretoria da Empresa.

 

Responsabilidade socioambiental para o Banco do Brasil é ter a ética como compromisso e o respeito como atitude nas relações com funcionários, colaboradores, fornecedores, parceiros, clientes, credores, acionistas, concorrentes, comunidade, governo e meio ambiente.

 

Com a definição do conceito e da Carta de Princípios de Responsabilidade Socioambiental, aprovada pelo Conselho Diretor, evidenciou-se a intenção estratégica do Banco do Brasil em conciliar o atendimento aos interesses dos seus acionistas com o desenvolvimento de negócios social e ambientalmente sustentáveis, mediante a incorporação daqueles princípios a seus produtos, serviços, negócios e rotinas administrativas.

 

O Banco do Brasil foi o primeiro banco a criar uma Agenda 21 empresarial com ações e diretrizes para promover o crescimento sustentável do País.

 

 

Desenvolvimento Regional Sustentável

 

O Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS) é uma estratégia negocial do Banco do Brasil, que busca impulsionar o desenvolvimento sustentável das regiões onde o BB está presente, por meio da mobilização de agentes econômicos, políticos e sociais, para práticas de apoio a atividades produtivas economicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente corretas, sempre observada e respeitada a diversidade cultural.

 

A atuação do BB em DRS iniciou, em 2003, nas regiões com menor IDH- Índice de Desenvolvimento Humano do País - regiões Norte, Nordeste e dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri. Em dezembro de 2007, estão em implantação 2.829 Planos de Negócios DRS, envolvendo 725 mil famílias em 2.919 municípios brasileiros.

 

O Banco do Brasil comemora 200 anos como líder de mercado nos seguintes segmentos de mercado, posição em setembro de 2007:

 

Ativos: R$ 342,4 bilhões

Depósitos Totais: R$ 172,2 bilhões

Carteira de Crédito: R$ 150,2 bilhões (País e exterior)

Administração de recursos de terceiros: R$ 207 bilhões (18% do mercado)

Crédito Consignado: 18% do mercado

Câmbio Exportação: 27,3% do mercado

Base de clientes correntistas: 26 milhões

Rede de Atendimento: 15.212

Rede de Terminais de Auto-atendimento: 39.417

Usuários de Internet e Mobile banking: 8,4 milhões

Posição em 21.1.2008

 

Fontes:

 

Costa, Marília Maciel. Vôlei de praia: configurações sociais de um esporte-espetáculo de alto rendimento no Brasil. Tese (Doutorado em Sociologia) - Depto. Sociologia, Universidade de Brasília, Brasília, 2005.

 

LOBO, Cinara G. de Araújo. Por que as empresas investem em responsabilidade social. Tese (Doutorado em Sociologia) - Departamento de Sociologia, Universidade de Brasília, Brasília, 2006.

 

Vieira, Marcos Estevão de Mesquita. Distinção, Cultura de Consumo e Gentrificacação: o Centro Cultural Banco do Brasil e o Mercado de Bens Simbólicos. Tese (Doutorado em Sociologia) - Departamento de Sociologia, Universidade de Brasília, Brasília, 2006.

 

Banco do Brasil – Coordenadoria de Comunicação Social do Gabinete da Presidência do Banco do Brasil e Agência Brasileira de Comunicação. História do Banco do Brasil, Ítalo Bianchi Publicitários Associados, 1988.

 

Banco do Brasil, Dimac/Gerência de Comunicação. Planejamento Estratégico de Comunicação: Novo Mercado, maio de 2002, mimeo.

 

Banco do Brasil, O Banco do Brasil na Hora da Verdade, março de 1996, mimeo.

 

 

Aniversário da ECT - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos

CAIXAS DOS CORREIOS

 

 

Dos primeiros três séculos de vida dos Correios - institucionalizados em 1520 não se registra qualquer outra forma de confiar e expedir a correspondência, que não através da entrega em mão própria nas suas instalações. As familiares caixas postais, a distribuição domiciliária ou a figura do carteiro estavam longe de existir, numa altura em que a gestão dos Correios não era ainda da competência estatal. Até 1799 a exploração dos serviços postais esteve nas mãos dos correios-mores, que assumiam este rendoso ofício por nomeação régia ou com freqüência, por herança, recaindo o título sobre os elementos da família do último correio-mor. Devido à dificuldade de transporte, imposta pela má qualidade dos percursos, a chegada das cartas era muitas vezes demorada, suscitando queixas por parte de entidades públicas e privadas, que começavam a olhar para o então modelo de Correios.

Novos modelos de receptáculos postais surgem no Estado Novo, contudo, pouco estéticos e atraentes. Só na década de 90 do século XX é que os Correios assumiram uma postura renovada junto do seu público, refletida num novo logotipo, nova arquitetura das caixas, novos fardamentos e, claro, novas caixas postais. O design antiquado e o ferro, pesado e corrosível, deram lugar a dois arquétipos apenas, construídos em poliuretano, com tamanhos e cores diferentes para facilitar a distinção entre o “correio normal” e o “correio prioritário”. Os atuais modelos de receptáculos postais coexistem com outros mais antigos, constituindo-se como peças admiráveis e uma parte importante da história dos Correios Portugueses.

 

PROPOSTA

Sempre na inovação para melhor responder as necessidades da sociedade, embora comuns nos dias de hoje, as caixas de correio foram uma das maiores invenções, das mais modernas as improvisadas com o pormenor da telha para os dias de chuva. Com a menção da escrita foi possível localizar os primeiros exemplos completos da colocação de caixas de correspondência.


HISTÓRIA POSTAL NO BRASIL

O desenvolvimento da História Postal corresponde ao crescimento e à transformação histórica do próprio País, razão pela qual o conhecimento dos principais fatos ligados à implementação e ao desenvolvimento dos serviços postais fornece um panorama do desenvolvimento histórico brasileiro.

Do surgimento dos serviços postais até os dias de hoje, os Correios assumiram sua postura de elo que aproxima as pessoas e de instituição respeitável que sempre procurou adequar-se aos vários períodos de desenvolvimento do País, buscando o progresso para os seus serviços prestados à sociedade.

Início

PERÍODO COLONIAL

Com a chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil em 1500, surgiu a primeira correspondência oficial ligada ao País a qual, escrita por Pero Vaz de Caminha e enviada ao Rei de Portugal, relatava com notório entusiasmo o descobrimento de uma nova terra. Com este acontecimento, eternizado na história brasileira, estava sendo escrita a primeira página do surgimento dos correios no Brasil.

Os primórdios dos serviços postais no Brasil-Colônia reportam-se aos correios em Portugal e à sua atuação neste novo território. Durante os primeiros tempos da colonização do Brasil, os portugueses não dispunham de um sistema postal bem organizado, tendo, inclusive, que recorrer ao de nações vizinhas.

Nem a criação do Correio-mor das Cartas do Mar, em 1673, resolveu o problema de ligação postal entre a nova terra e a metrópole. Deste modo, a dificuldade na comunicação entre Portugal e o então Brasil-Colônia fez com fossem instituídos, definitiva e oficialmente em 1798, os Correios Marítimos e, anos mais tarde, com que surgissem preocupações de maior expansão dos serviços para o interior da Colônia.

A chegada da família Real ao Brasil abriu caminhos para que o serviço postal pudesse melhor se desenvolver. Deste evento resultaram o progresso comercial, a elaboração do primeiro Regulamento Postal do Brasil, o funcionamento regular dos correios marítimos e a emissão de novos decretos.

Período, posteriormente, bastante conturbado por lutas pela independência do País, serviu de palco para que os correios desempenhassem um papel valioso como meio importante de comunicação entre aqueles que ansiavam por separar a colônia da metrópole e trabalhavam para isso.

1500
É escrita por Pero Vaz de Caminha uma carta ao Rei de Portugal, narrando as características da terra recém-descoberta. Essa carta ficou conhecida como Carta de Caminha, que é considerada a Certidão de Nascimento do Brasil, por ser o primeiro documento oficial sobre o País. A Carta de Caminha se encontra atualmente guardada na Torre do Tombo, em Lisboa/Portugal.

1520
Luiz Homem, por carta régia de 6 de novembro, recebe do Rei D. Manuel I o privilégio da exploração do serviço postal em Portugal, sendo nomeado para o cargo de primeiro Correio- mor do Reino (1520/1532).

1532
Com a morte de Luiz Homem é feita a nomeação de Luiz Afonso para o cargo de segundo Correio- mor do Reino (1532/1575 ).É criada a vila que daria origem à Cidade de São Vicente/SP.

1534
O Rei D. João III estabelece nos domínios do Brasil o regime de Capitanias Hereditárias, estabelecendo limites, jurisdições e estimulando o surgimento das primeiras povoações, que dariam origem a cidades como Olinda/PE, Ilhéus/BA, Porto Seguro/BA, Vila Velha/ES, Santo André/SP e Angra dos Reis/RJ.

1548
D. João III cria, em 17 de dezembro, o Governo-Geral do Brasil, com sede na então Capitania da Bahia.

1549
É instalada em Salvador/BA a sede do primeiro Governo-Geral do Brasil, tendo como governador Tomé de Souza. Salvador torna-se dessa forma, a 1? Capital do País.

1554
Os jesuítas fundam, em 25 de janeiro o Colégio São Paulo, que daria origem à Cidade de São Paulo.

1565
Estácio de Sá, sobrinho de Mém de Sá, terceiro Governador-Geral do Brasil ( 1557/1572 ), funda em 1 de março a Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, que se tornaria a 2? Capital do País.

1573
O Rei D. Sebastião divide o Brasil em dois governos : o do Norte com sede em Salvador e o do Sul com sede no Rio de Janeiro, o que perdurou até 1577, com a unificação dos governos na sede da Bahia.

1575
O Rei D. Sebastião nomeia Francisco Coelho, por carta de 20 de setembro, 3? Correio-mor do Reino ( 1575/1579 ).

1579
Com o falecimento de Francisco Coelho, Manoel de Gouvea, seu genro, é nomeado, conforme disposto na Carta Régia de 27 de julho, o 4? Correio-mor ( 1579/1598 ).

1606
Após a morte de Manoel de Gouvea ( 1598 ) o ofício de 5? Correio-mor do Reino ( 1606/1607 ), nos termos da Carta passada aos 19 de julho, é conferido ( vendido, neste caso ) pelo Rei Felipe III de Espanha e II de Portugal a Luiz Gomes da Matta, após um período de oito anos em que não houve alvará para exploração do serviço.

1607
O ofício de 6? Correio-mor do Reino ( 1607/1641 ) é transferido para Antônio Gomes da Matta, filho de Luiz Gomes da Matta.

1663
O dia 25 de janeiro, data da nomeação do Alferes João Cavalheiro Cardozo para o cargo de Correio da Capitania do Rio de Janeiro - quando então se originaram os Correios-mores no Brasil - é considerado a data inicial da instituição da atividade postal regular no País. Essa nomeação foi feita pelo sétimo Correio-mor do Reino ( 1641/1674 ) e primeiro Correio-mor das Cartas do Mar, Luiz Gomes da Matta Neto. Por essa razão, o dia 25 de janeiro é até hoje comemorado como o Dia do Carteiro.

1669
Bartolomeu Fragoso Cabral é nomeado Correio da Capitania da Bahia em 15 de maio, por Luiz Gomes da Matta Neto.

1674
Duarte de Souza Coutinho da Matta, filho de Luiz Gomes da Matta Neto é nomeado o oitavo Correio-mor do Reino ( 1674/1696 ) e Correio-mor das Cartas do Mar, inclusive para o Brasil, conforme Carta Régia de 23 de fevereiro de 1962

1696
Luiz Victório de Souza Coutinho da Matta , filho de Duarte de Souza Coutinho da Matta, é nomeado o nono Correio-mor ( 1696/1735 ), cabendo à sua mãe e tutora, Da. Izabel Caforo, a administração inicial dos serviços postais, uma vez que a maioridade, àquela época, só era alcançada, para fins de herança, aos 25 anos de idade. Da. Izabel Caforo é, portanto, a 1 primeira mulher a administrar os serviços postais no Brasil.

1710
Antônio Alves da Costa é nomeado para o cargo de Correio da Capitania do Correio do Rio de Janeiro.

1735
É nomeado para o ofício de décimo Correio-mor do Reino ( 1735/1790 ), José Antônio de Souza Coutinho da Matta, filho de Luiz Victorio, ficando seu tio Tomás Caforo responsável pela administração dos Correios durante a sua menoridade.

1773
É estabelecida, em 1 de setembro, a primeira comunicação postal terrestre entre São Paulo e o Rio de Janeiro . 1790 É nomeado o décimo primeiro e último Correio-mor (1790/1801 ), Manuel José da Maternidade de Souza Coutinho da Matta, filho de José Antônio, tendo seu tio Duarte de Souza Coutinho como responsável pelos Correios durante a sua menoridade.

1797
O ofício de Correio-mor do Reino e Domínios é extinto e reincorporado à Coroa por intermédio de Alvará de 16 de março. Com a nomeação de D. Rodrigo de Souza Coutinho, para o cargo de Ministro de Estado da Marinha e Ultramar , é constatada a necessidade de o estado reivindicar para a Coroa a Administração dos Serviços Postais , sendo empossado como primeiro Diretor dos Correios o cidadão Luis Pinto de Souza.

1798
Pelo Alvará de 20 de Janeiro de 1798 é instituído o processo de organização postal dos Correios Terrestres e estabelecida a ligação postal marítima regular entre o Brasil e Portugal ( Rio de Janeiro e Lisboa, inicialmente ).

Instala-se no Rio de Janeiro a Administração do Correio, que teria funcionado no Paço Real, junto às instalações do Tribunal da Relação e da Casa da Moeda, onde eram distribuídas as cartas que chegavam de Portugal, tendo como administrador Antônio Rodrigues da Silva.

É regulado o Serviço Postal Interno que teve início com a criação da primeira agência postal brasileira do interior na cidade de Campos-Rio de Janeiro.

1799
É criado, em 1 de abril, o Regulamento Provisional para o Novo Estabelecimento do Correio, estabelecendo Administrações terrestres e ultramarinhas.

O cálculo dos portes fica estabelecido com base no peso da correspondência e na distância percorrida para a entrega.

1801
É criado o serviço de Caixas Postais. São instituídos o serviço de registrados para o interior e a fixação de taxas de acordo com as distâncias.

1805
Proclamado em Lisboa, em 8 de abril, o decreto que institui a Nova Regulação de Correio.

Início

PERÍODO DA REGÊNCIA JOANINA E REINO UNIDO

O Príncipe D.João, regente do trono português, por incapacidade mental de sua mãe, D.Maria I, é obrigado a trasnferir-se para o Brasil com toda a corte, por causa das guerras napoleônicas. No período em que aqui ficou (1808-1821) fez do Brasil sede da monarquia lusitana e estabeleceu os correios interiores do Brasil e sua ligação com o Rio de Janeiro.

1808
A Família Real Portuguesa, acompanhada de comitiva de 15.000 pessoas, chega ao Brasil em 7 de março e o País passa da condição de Colônia à de sede do Governo Português, estabelecido no Rio de Janeiro. Estabelecida , no mês de julho, a ligação marítima entre a Inglaterra e o Brasil. A partida inaugural, com destino ao Rio de Janeiro – passando pela Ilha da Madeira, por Pernambuco e pela Bahia – se deu no Porto de Falmouth, em 14 de julho, pelo navio Walsingham, comandado pelo Capitão Roberts, e fez com que o Brasil substituísse o antigo serviço de correio marítimo com a Inglaterra, até então feito com Lisboa, em face da suspensão temporária ocasionada pela invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão Bonaparte, o que teria ocasionado a vinda da Família Real para o País. O Regulamento Provisional da Administração Geral dos Correios da Coroa e Província do Rio de Janeiro, 1? Regulamento Postal do Brasil, é instituído em 22 de novembro, por D. Fernando José de Portugal, Marquês de Aguiar.

1812
Expedido, em 23 de setembro, o Aviso que fixa portes e determina a nomeação dos Agentes de Correios.

1813
Estabelecimento dos Correios interiores da Bahia e Maranhão.

1815
Em 16 de dezembro desse ano o Brasil é elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarve.

1817
É instituído um correio regular entre São Paulo e o Rio Grande do Sul, executado pelo militar José Pedro César.

1818
D. João VI é aclamado Rei de Portugal em 6 de fevereiro.

Início

PERÍODO IMPERIAL

Durante seu reinado, D. Pedro II teve um papel de destaque na promoção do desenvolvimento dos serviços postais.

Regulando o correio para todas as províncias e dando ao brasileiro a oportunidade de maior informação, com a concessão de franquia postal a todos os jornais, revistas e livros, nacionais e estrangeiros, o Imperador legou a seu herdeiro um correio brasileiro bem mais organizado.

Nesse mesmo período, no qual foi criado o 1o selo do mundo e lançado o 1o selo brasileiro, o Olho-de-Boi, grandes transformações determinaram novo progresso nas comunicações em todo o país, tendo como grande trunfo a implantação do telégrafo elétrico na Corte.

1808
A Família Real Portuguesa, acompanhada de comitiva de 15.000 pessoas, chega ao Brasil em 7 de março e o País passa da condição de Colônia à de sede do Governo Português, estabelecido no Rio de Janeiro. Estabelecida , no mês de julho, a ligação marítima entre a Inglaterra e o Brasil. A partida inaugural, com destino ao Rio de Janeiro - passando pela Ilha da Madeira, por Pernambuco e pela Bahia - se deu no Porto de Falmouth, em 14 de julho, pelo navio Walsingham, comandado pelo Capitão Roberts, e fez com que o Brasil substituísse o antigo serviço de correio marítimo com a Inglaterra, até então feito com Lisboa, em face da suspensão temporária ocasionada pela invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão Bonaparte, o que teria ocasionado a vinda da Família Real para o País. O Regulamento Provisional da Administração Geral dos Correios da Coroa e Província do Rio de Janeiro, primeiro Regulamento Postal do Brasil, é instituído em 22 de novembro , por D. Fernando José de Portugal, Marquês de Aguiar.

1812
Expedido, em 23 de setembro, o Aviso que fixa portes e determina a nomeação dos Agentes de Correios.

1817
Instituído um correio regular entre São Paulo e o Rio Grande do Sul.

1818
D. João VI é aclamado Rei de Portugal em 6 de fevereiro.

1822
O mensageiro Paulo Bregaro, considerado o primeiro carteiro e o Patrono dos Carteiros no Brasil, entrega a D.Pedro I, no dia 7 de setembro, às margens do Riacho do Ipiranga, correspondência da Imperatriz Leopoldina informando sobre novas exigências de Portugal com relação ao Brasil. Ao recebê-la, D. Pedro reage às imposições da Corte e declara no ato a Independência do Brasil, associando assim os Correios a este importante momento histórico do País.

1828
José Clemente Pereira, Ministro e Secretário dos Negócios do Império, apresenta a proposta de reorganização dos serviços postais, formalizada pelo Decreto de 30 de setembro.

1829
Em complemento ao decreto do ano anterior, é determinada por D. Pedro I, pelo Decreto de 5 de março, a unificação de todas as linhas postais então existentes numa Administração- Geral da Corte, bem como a criação de Administrações Provinciais nas capitais das Províncias.

1840
Rowland Hill cria na Inglaterra o primeiro selo postal adesivo, o Penny Black, como parte da Reforma Postal Inglesa, fazendo com que o pagamento da correspondência seja feito pelo remetente e não pelo destinatário, como ocorria até então, servindo o selo como comprovante desse pagamento.

1841
Inicia-se o Segundo Reinado com a coroação de D. Pedro II em 17 de julho de 1841.

1842
É feita a reforma postal à moda inglesa, para pagamento prévio da tarifa, com a adoção do selo postal.

1843
Em 1? de agosto, são emitidos os primeiros selos postais brasileiros, denominados Olhos-de-Boi, nos valores de 30, 60 e 90 réis. Por essa razão, neste dia, no Brasil, comemora-se o Dia do Selo.

1844
São criados o corpo de carteiros e o de condutores de malas e o sistema de entrega de correspondências a domicílio.

1845
São instaladas as primeiras caixas de coleta do Império, no Rio de Janeiro. Uma nova emissão de selos denominados "Inclinados" é lançada.

1852
Por determinação de D. Pedro II, procede-se à instalação do Telégrafo no Brasil. A primeira ligação oficial ocorre entre o Quartel-General do Exército, no Rio de Janeiro, e a Quinta da Boa Vista.

1861
É criada a Secretaria do Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, à qual se vinculam os Correios Terrestres Marítimos. Promulgadas convenções que regulamentam as trocas de correspondências com estados Estrangeiros.

1865
É criado o Serviço de Vales Postais.

1866
Os selos passam a representar a efígie de D. Pedro II, sendo os primeiros selos picotados.

1872
São lançados os primeiros cartões postais ilustrados.

1877
O Brasil adere ao Tratado relativo à criação da União Geral dos Correios, celebrado em Berna - Suíça em 1874.

1878
Surge o selo auri-verde, primeiro selo postal em duas cores: verde e amarelo.

1879
A União Geral dos Correios passa a se chamar União Postal Universal.

1880
São criados os bilhetes postais.

1882
É editado o Guia Postal do Império do Brasil.

1888
Promulgação do último Decreto Imperial que promovia uma nova reforma nos serviços postais do Brasil.

Início

PERÍODO REPUBLICANO

No mesmo ano da Proclamação da República, em 1889, surgia o primeiro Museu Postal Brasileiro. Tempos depois, a nação unia-se a outras do continente em um Congresso, formando o embrião da futura União Postal Sul Americana.

A aquisição de novas máquinas, ampliação da área de ação interna e externa, a evolução dos transportes e a implantação do Correio aéreo marcaram esse período de notório desenvolvimento dos Correios que puderam expandir seus serviços às populações de todas as regiões do País, contribuindo enormemente para a integração nacional.

1889
É criado o primeiro Museu Postal Brasileiro.

1890
A repartição Postal passa ao Ministério da Instrução Pública, Correios e Telégrafos.

1893
É criado o Ministério da Indústria, Viação e obras Públicas, ao qual ficam subordinados os Correios e Telégrafos.

1900
O Brasil dá início ao serviço de "colis-postaux" ( encomendas internacionais ). 
É emitida a primeira série de selos comemorativos, alusiva ao quarto Centenário do Descobrimento do Brasil.

1901
São emitidos os vales internacionais.

1907
É editado o primeiro Guia Postal.

1909
A Repartição Postal passa ao Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas.

1911
É criada a União Postal Sul-americana. 
Inaugurado um novo serviço postal-telegráfico: o Pneumático.

1917
nstala-se, durante a Primeira Grande Guerra, a censura postal , a qual seria extinta em 1919.

1921
O transporte de malas postais por via aérea passa a ser aceito. 
Entram em operação os Graff Zeppellin - dirigíveis que sobrevoam regularmente os céus do Brasil transportando, entregando e recebendo correspondências.

1923
É transportada a primeira Mala Aérea internacional.

1924
É iniciado o uso da máquina de franquear correspondências, fabricada pela Universal Postal Frankess, de Londres.
O serviço de Expressos internacionais começa a ser utilizado.

1927
É iniciado o transporte de correspondência por via aérea regular entre a América do Sul e a Europa. 
A título de experiência, em 24.11.1927, é recebida, no Rio de Janeiro, a primeira mala aérea, vinda de Natal, conduzida pelo avião 606 da CGA.

Início

PERÍODO DO DCT

O Código Postal Universal, elaborado por ocasião do IX Congresso Universal em Londres em 1929, viria a legislar e apresentar soluções para os problemas postais modernos e dar início a uma nova era na história dos Correios.

A chamada Revolução de 30, causou, neste momento, alterações profundas na estrutura político-administrativa do país que atingiram, conseq?ente, o setor postal. Os Correios, logicamente, não ficaram indiferentes às mudanças e passaram a analisar não só sua estruturação, mas também a evolução de seu desempenho, seus meios e sua capacidade técnica de atender à necessidade de comunicação.

Foi então que o novo presidente, Getúlio Vargas, baixou o decreto em 1931 pelo qual fundia a Direção-Geral dos Correios com a Repartição-Geral dos Telégrafos. Originava-se assim o Departamento de Correios e Telégrafos - o DCT, subordinado ao Ministério da Viação e Obras Públicas, cuja Administração instalou-se, num primeiro momento, no antigo Paço da Praça XV de Novembro, no Rio de Janeiro, onde ficou até ser transferida, posteriormente, para Brasília em 1975.

1931
É criado o Departamento de Correios e Telégrafos, subordinado ao Ministério da Viação e Obras Públicas. 
As Administrações dos Correios passam a denominar-se de Diretorias Regionais. 
É criado o Correio Aéreo Militar, que deu origem ao Correio Aéreo Nacional, permitindo a remessa de correspondências a lugares quase inatingíveis.

1934
É instituída a Escola de Aperfeiçoamento dos Correios e Telégrafos.
Inicia-se o uso de máquina de triagem denominada "Transorma".

1936
Pela Lei n. 284 de 28/10, o Departamento de Correios e Telégrafos passa à subordinação do Ministério da Viação e Obras Públicas.

1941
É criado o CAN - Correio Aéreo Nacional. 
A partir de 1944, começa a ser utilizado, entre outros modelos, o anfíbio Catalina CA.

1967
O Decreto lei n. 200 institui o Ministério das Comunicações.

1968
O DCT passa a ser subordinado ao Ministério das Comunicações.

Início

PERÍODO DA ECT

Com o desenvolvimento dos setores produtivos do Brasil torna-se necessária a reorganização do serviço postal em torno de um modelo mais moderno que o do DCT, que não apresenta infra-estrutura compatível com as necessidades dos usuários.

Nesse sentido é criada, em 20 de março de 1969, pela Lei n. 509, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, como empresa pública vinculada ao Ministério das Comunicações.

O surgimento da ECT corresponde a uma nova postura por parte dos poderes públicos com relação à importância das comunicações e, particularmente, dos serviços postais e telegráficos, para o desenvolvimento do País.

O ciclo de desenvolvimento ocorrido na década de 70 correspondeu a novas necessidades de uma clientela que, pouco a pouco, viu as distâncias serem encurtadas e percorridas graças ao serviço postal, que se estruturou e passou a desenvolver e oferecer produtos e serviços de acordo com a realidade do mercado e as necessidades de sua clientela.

Ao mesmo tempo, nesse período a ECT consolida seu papel como importante agente da ação social do Governo, atuando no pagamento de pensões e aposentadorias, na distribuição de livros escolares, no transporte de doações em casos de calamidade, em campanhas de aleitamento materno, no treinamento de jovens carentes e em inúmeras outras situações em que se demonstra sua preocupação com o bem-estar da sociedade.

Paralelamente, a partir de 1980 se intensifica a preocupação com a ação cultural e o desenvolvimento de ações voltadas à preservação do patrimônio cultural do Brasil, sobretudo no que se refere à memória postal.

1969
Inicia-se o processo de desenvolvimento do Serviço Postal Brasileiro com a criação, em 20 de março, da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

1970
São criados novos serviços: 
SEED - Serviço Especial de Entrega de Documentos. 
SERCA - Serviço de Correspondência Agrupada, para executar o serviço de malotes com segurança e regularidade. 
LT - Linhas Tronco - Serviço que visa acelerar o curso da correspondência, utilizando o transporte rodoviário fretado. Essa rede de superfície compõe-se de : LTN - ligação entre todas as capitais; LTR - Ligação entre as capitais estaduais e os centros regionais; LTA - Ligação entre os centros regionais e as pequenas localidades e LTI - Linhas rodoviárias internacionais. 
SEER - o Serviço Especial de Entrega Rápida é ampliado.

1971
É concluída a montagem do Centro de Triagem Mecanizado de São Paulo.
Cria-se o Centro de Triagem Marítimo de Santos, São Paulo, destinado ao tratamento das Encomendas Postais Internacionais ( Colis Postaux ). 
Aumenta o número de agências e postos de Correios. 
São instaladas as Agências Postais Móveis e o serviço de distribuição domiciliária é ampliado. 
Os envelopes são padronizados, conforme recomendações da União Postal Universal. 
É editado o Guia Postal Brasileiro com o código de endereçamento postal representado por 5 algarismos. 
É firmado convênio com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC/RJ para a formação de técnicos especializados de nível superior - os Administradores Postais, bem como para a realização de outros cursos para treinamento em níveis médio e de execução. 
Tem início a construção dos Centros de Treinamento localizados em Recife, Bauru e Porto Alegre.

1972
É concluída a instalação do Centro de Triagem Mecanizado de São Paulo, sendo, inicialmente, de seis horas diárias o turno de trabalho. 
São firmados contratos com a firma SOMEPOST com vistas a levantar os diversos problemas postais com relação aos setores de exploração, meios a serem utilizados, organização e racionalização de serviços e avaliação das necessidades de investimento. 
A ECT inicia suas operações internacionais de Correspondência Agrupada, por meio de convênio com os Estados Unidos.
Em 10 de maio, é inaugurado o Centro de Treinamento "Correio Paulo Bregaro", em Recife/PE. 
É inaugurado o Centro de Treinamento de Bauru.

1973
São instalados os novos modelos de Caixas de Coleta , em fibra de vidro.
É inaugurado o Centro de Treinamento de Porto Alegre/RS. 
O treinamento atinge, nesse ano, 9.755 funcionários inscritos nos cursos de formação superior e outros.

1974
São criadas novas unidades, aumentando, assim, o número de Postos de Correios e balcões postais. 
É inaugurada em outubro a Rede Postal Aérea Noturna - RPN - visando atender aos padrões de qualidade estabelecidos para as cartas e outros objetos de correspondências urgentes. 
É instituído o Sistema de Comercialização destinado a desenvolver as atividades de marketing da ECT. 
São lançados novos produtos: aerograma e mensagem de natal. 
A ECT é agraciada com o Mérito de Marketing de 1974 concedido pela ABM. 
São instaladas mais de 5.000 caixas de coleta nas capitais e nas cidades mais populosas, facilitando, desta forma, o acesso do usuário aos serviços postais. 
Ocorre a busca da modernização da rede de agências postais.

1975
É implantada a Assessoria de Planos e Desenvolvimento e executada a reestruturação do Departamento de Operações Postais. 
A rede de atendimento se expande . Agências Postais, Postos de Correios, Postos de Vendas de Selos e Agências são inaugurados. 
O Serviço de Processamento de Dados é implantado. 
Entra em funcionamento o sistema GENTEX (Rede Interna de Comutação de Mensagens).

1976
São instalados Centros de Triagem Automática, possibilitando maior rapidez no encaminhamento de objetos nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

1978
É promulgada a Lei Postal 6.538, que unifica a legislação relativa aos Correios e Telégrafos. 
É criada, em Brasília, a Escola Superior de Administração Postal - ESAP. 
É inaugurado o Edifício Sede da ECT em Brasília. 
É inaugurado o Centro de Triagem de Brasília.

1979
É realizado o XVIII Congresso da União Postal Universal - UPU na cidade do Rio de Janeiro.

1980
São inaugurados o Museu Postal e Telegráfico da ECT em Brasília e o Edifício Sede dos Correios do Rio de Janeiro.

1981
É criado o Serviço de Seguridade dos Correios - POSTALIS. 
É inaugurado o Edifício Sede dos Correios na cidade de São Paulo. 
É instituído o Serviço de Documentos Achados e Perdidos.

1982
É implantado o SEDEX - Serviço de Encomenda Expressa Nacional com prazo máximo de entrega de 24 horas ( D + 1 ) entre as principais capitais do País.

1983
São criados o Serviço POST-GRAMA, o FAXPOST atual, a carta eletrônica e o Aerograma Internacional.

1984
A ECT é apontada como a empresa de maior credibilidade em pesquisa realizada pelo instituto GALLUP. 
O Presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - Adwaldo Cardoso Botto de Barros - é eleito para a Divisão Geral da União Postal Universal - UPU. 
É criado o Serviço de Correio Acelerado Internacional - EXPRESS POST.

1985
O Serviço de Correio Rural é criado.
É implantado o Franqueamento Autorizado de Cartas - FAC.

1986
A ECT participa do Programa de Prioridades Sociais do Governo Federal e da distribuição de livros didáticos e tíquetes de leite. 
É criada a Rede Postal Aérea da Amazônia.

1987
O Instituto GALLUP atesta, em pesquisa, o alto índice de pontualidade e qualidade atingido pelos serviços da ECT. 
O Serviço Acelerado internacional passa a chamar-se Express Mail Service, conhecido pela sigla EMS. 
A ECT alcança o 1? lugar em produtividade, conforme a Revista Exame, Edição Melhores e Maiores. 
É criado o Telegrama Pré-datado.

1988
São criados o Comprovante de Franqueamento - CF e o Serviço EXPORT POST - Encomendas Internacionais com Declaração de Valor. 
É criada a Caderneta de Poupança Postal. 
A Revista Exame aponta, novamente, a ECT como a Empresa mais produtiva do setor público brasileiro.

1989
Inicia-se a implantação do sistema de FRANCHISING para as unidades de atendimento ( Agências ) da ECT. 
É criada a Grife Correios. 
São implantadas novas modalidades de SEDEX. 
A ECT reformula a sua estrutura organizacional e torna-se flexível e adaptável às necessidades da clientela, enfatizando uma postura de marketing mais agressiva visando cumprir sua meta prioritária: a satisfação do cliente. 
É criado o SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO USUÁRIO - SAU.

1990
É criada a Rede Postal Fluvial da Amazônia. 
A reformulação nas estruturas da DRs é aprovada na 16? REDIR em 16/4, resultando na redução no número de Diretorias Regionais, que passam a totalizar 23.

1992
É inaugurado o Espaço Cultural dos Correios do Rio de Janeiro, durante a realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO'92- RIO). 
Os Correios obtêm 92 % de aprovação segundo pesquisa do IBOPE.

1996
É inaugurado o terminal de carga da DR/RIO no aeroporto do Galeão.

1997
É implantado o Programa de Qualidade Total, visando formular princípios e adotar nova política de gestão pela Qualidade. Esse Programa inicia uma fase de mudanças buscando lucratividade e desenvolvimento da Empresa, pautados na plena satisfação de seus clientes internos e externos.

1998
A ECT é agraciada com o prêmio de Melhor Empresa de Serviços Públicos concedido pela edição Melhores e Maiores da Revista Exame.

Começa a ser implantado, em dezembro, o projeto de Caixas Postais Comunitárias: um novo conceito de atendimento caracterizado pela prestação de serviços básicos de interesse social em distritos ou regiões urbanas de até 500 habitantes ou de difícil acesso.

1999
É inaugurado, em 19 de março, o Centro Operacional de Recife / PE: o primeiro sistema de triagem automatizada de nova geração, garantindo maior agilidade ao trabalho de separação de encomendas e malotes.

É lançada, no âmbito da Fenasoft em São Paulo, entre os dias 19 e 24 de julho, a Agência Virtual dos Correios On Line - um novo acesso aos serviços principais existentes em agências físicas, como remessas de cartas e telegramas, tabela de preços e tarifas e busca automática do CEP.

É inaugurado, em 16 de setembro, o Terminal de Carga Aérea do Aeroporto Internacional de Brasília, constituindo a segunda maior base da Rede Postal Noturna (RPN) no País e ponto estratégico para o transporte aéreo de carga postal dos Correios.

É inaugurado, em 20 de setembro, o Centro Operacional de Fortaleza / CE, concentrando, em sua área de 52 mil m2, toda a estrutura de transporte e apoio, atendendo, assim, a demanda do Estado.

É implantado, a partir de 15 de dezembro, o sistema de telefonia digital, tornando o Serviço de Telegrama Fonado ainda mais eficiente e melhorando a cobertura e a qualidade do serviço.

É inaugurado, em 22 de dezembro, o Centro Operacional e Administrativo de João Pessoa / PB, registrando o esforço dos Correios em ampliar, reformar e melhorar sua estrutura física em diversos Estados.

É implantado o conjunto de sistemas automatizados de triagem de objetos postais com a inauguração, em 23 de dezembro, do Centro de Operações Postais (COP) de Benfica, no Rio de Janeiro, que constitui a terceira maior instalação do gênero do País e da América Latina.

Começam a ser implantados, no primeiro semestre, o Sistema de Captação de Dados nas Agências (SCADA) e o Sistema de Automação de Agências (SAA) que poupam tempo para o cliente e para os Correios, simplificando rotinas e diminuindo erros operacionais.

A ECT é agraciada com o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, organizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Ministério da Cultura em prol da preservação da cultura brasileira.

As iniciativas na área de qualidade e melhoria de desempenho garantem aos Correios duas Medalhas no Prêmio de Qualidade do Governo Federal.

2000
É inaugurada em 3 de abril a primeira agência do Banco Postal em Sooretama - ES, e posteriormente são inauguradas unidades em Primavera e Tacaimbó (PE), estendendo, assim, a prestação de serviços bancários básicos a milhões de brasileiros que vivem à margem do sistema financeiro tradicional.

É realizada em Salvador / BA, entre 11 e 14 de abril, a XVII Exposição Filatélica Luso-Brasileira - LUBRAPEX 2000, da qual participa toda a comunidade lusófona em homenagem aos 500 Anos do Descobrimento do Brasil. Na ocasião, é lançado o primeiro selo postal personalizado, com reprodução de foto, podendo ser utilizado para o envio de cartas nacionais e internacionais.

É inaugurado, em 12 de abril, o Centro de Memória e Cultura dos Correios no Centro Histórico do Pelourinho em Salvador / BA viabilizando a revelação de novos talentos artísticos, a itinerância de exposições entre os Espaços Culturais da ECT de todo o País e parcerias com outras instituições.

É lançado, em 8 de maio em Pernambuco, o Programa Sou Dono da Terra e do Futuro, com o objetivo de desburocratizar a entrega dos títulos de domínio da terra a agricultores assentados, instituindo, desta forma, a cidadania nos assentamentos rurais.

É inaugurado em 19 de maio o novo Centro de Operações Postais de São Paulo, aumentando a produtividade e a precisão nos serviços de triagem e assegurando maior agilidade, qualidade e segurança ao tratamento de objetos postais.

É inaugurado em 26 de maio o Centro de Operações Postais de Bauru - SP cujas instalações têm capacidade para realizar o tratamento de 520 mil objetos postais por dia, alcançando 108 cidades da região com 20 linhas de transporte.

É lançada, em 19 de junho, a Campanha Nacional Antidrogas, reafirmando o compromisso social dos Correios junto ao povo brasileiro.

É inaugurado, em 10 de julho na Agência Adolfina de Pinheiros, bairro de Pinheiros / SP, o primeiro quiosque de acesso público à Internet, constituindo mais um passo dos Correios com vistas à universalização dos serviços postais.

No mesmo dia, outros 99 quiosques passam a funcionar em outras localidades dos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, possibilitando o acesso do cidadão a informações sociais de seu interesse nas áreas de educação, saúde, previdência, etc.

O Projeto Carteiro Amigo, campanha de incentivo ao aleitamento materno lançada em 4 de outubro de 1999 no Rio de Janeiro, é contemplado com o Prêmio TOP SOCIAL 2000 concedido pela ADVB (Associação do Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil).

Os Correios recebem, da Associação de Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB), o troféu Top de Marketing 2000 pelo case Correios On Line: a agência dos Correios em sua casa.

A ECT recebe o prêmio Top de RH da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB) como resultado da implantação do Programa Gestão de Produtividade aplicada aos Correios.

A Quadra de selos sobre a prevenção de incêndios nas florestas tropicais recebe em 16 de julho da Academia Olímpica de Vecenza, na categoria Proteção Ambiental, o Prêmio Asiago de Arte Filatélica que constitui a maior premiação mundial na área de Filatelia.

Emitida em 1999 e confeccionada em papel reciclado, a quadra apresenta o primeiro selo no mundo a possuir odor e, no caso, de madeira queimada, alertando para o problema dos incêndios em nossas florestas.

Início

2001
É inaugurada a Agência dos Correios de Rio do Fogo- RN. Em Janeiro de 2001, concretiza-se o ideal de cobertura de 100% dos 5.561 municípios brasileiros. Nenhuma outra instituição jamais registrou algo parecido em termos de capilaridade.

Escolha do Bradesco como parceiro na implantação do atendimento bancário em agências dos Correios, o Banco Postal.

Entre os novos serviços de 2001 é lançado, o Sedex 10, serviço de encomendas expressas que garante a entrega do objeto até as 10 horas do dia útil seguinte à postagem.

São lançados três projetos do e-Post: os Quiosques de Acesso Público à Internet, o Endereço Eletrônico Permanente (EEP) e o Shopping Virtual dos Correios.

É implantado o Programa 5S na Administração Central e em cerca de 60% das unidades dos Correios.

É assinado com o Ministério da Integração Nacional contrato que tornam os Correios responsáveis pelo pagamento aos beneficiários do Programa Bolsa Renda, projeto que socorre famílias de municípios em estado de emergência ou de calamidade pública devido à estiagem.

Foram distribuídos 110,5 milhões de livros didáticos e 4,6 milhões de dicionários a 162 mil escolas públicas do país, em benefício de 31,9 milhões de estudantes. Os Correios integram o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

É lançada a série postal Pássaros Brasileiros, em uma grande festa no Zoológico de Brasília. Parceria dos Correios com a ONG WWF-Brasil, o evento abriu a Semana do Meio Ambiente.

Em 2001, o país é sede do Encontro Internacional de Filatelia, voltado para a promoção do intercâmbio de experiências em criação, produção e comercialização de selos postais. O evento reuniu delegações da Argentina, Aruba, Bolívia, Chile, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Peru, Paraguai e representantes da União Postal das Américas, Espanha e Portugal (UPAEP).

Participação nas Exposições Filatélicas Internacionais de Hong Kong e Bruxelas. A administração postal brasileira aproveitou o evento de Hong Kong para lançar o selo Calendário Lunar Chinês - Ano da Serpente.

Os Correios conquistam o segundo lugar do Prêmio Yehudi Menuhim de Filatelia Musical, oferecido pelo Círculo Filatélico-Musical da Inglaterra, com o selo de divulgação do Projeto Som e Luz.

É instituído o Troféu Olho-de-boi para o vencedor do concurso de melhor selo do ano, com o intuito de destacar a cultura e a produção filatélicas no Brasil.

 

2002
É lançado o Banco Postal, uma iniciativa concebida com a missão de prestar atendimento aos milhões de brasileiros excluídos do sistema financeiro tradicional

Implantadas as formas de licenciamento do DNE (Diretório Nacional de Endereços), que consistem no fornecimento de um CD-ROM contendo banco de dados atualizado com aproximadamente 690 mil códigos de endereçamento postal (CEPs) em cerca de 814 mil registros.

É lançado o PAC, a encomenda econômica dos Correios. O novo serviço é criado para atender às empresas que não têm urgência em suas remessas, mas exigem economia, segurança, regularidade e confiabilidade.

São implantadas as agências dos Correios Conveniência.

É criada a Ouvidoria dos Correios, importante passo na consolidação do relacionamento cliente-empresa.

Adotadas medidas para fazer valer o princípio dos 3Rs (Reduzir, Reutilizar, Reciclar). A primeira delas foi promover a coleta seletiva, que teve início na Administração Central, em Brasília (DF).

É instituído o Projeto Corporativo de Voluntariado, para estimular a participação dos empregados em ações sociais.

É lançada uma série especial de selos do Criança Esperança, para reforçar a campanha de auxílio aos projetos sociais que visam ao desenvolvimento de crianças e adolescentes.

 

2003
Telegrama é reestruturado e recebe diferenciais tecnológicos significativos: as mensagens passaram a ser escritas a laser, sem palavras cortadas e com acentuação; o prazo de entrega é de no máximo duas horas; e o usuário também pode optar pelo telegrama agendado, com data e hora de entrega.

É lançado o CD-ROM e a cartilha Exporta Fácil. O material, distribuído gratuitamente, apresenta tudo o que o pequeno exportador precisa saber para fazer negócios no exterior.

Apoio dos Correios ao Programa Fome Zero possibilita a arrecadação e entrega de 615 toneladas de alimentos à população.

É lançado o Cartório 24 Horas, uma parceria dos Correios com a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg ? BR). Projeto que centraliza na Internet a solicitação e emissão de certidões, com entrega dos documentos em domicílio.

É lançado o selo comemorativo em homenagem ao centenário de nascimento do pintor Cândido Portinari, que incentivou ainda a emissão de uma série de selos ordinários com enfoque para as obras desaparecidas desse grande artista.

Realizadas quatro Exposições Filatélicas Regionais, com o objetivo de difundir a Filatelia : EXFIL Rio 2003, no Rio de Janeiro (RJ); CEARÁ 400 Anos, em Fortaleza (CE); VIII NORDEX, em Olinda (PE); e V SULBRAPEX, em Porto Alegre (RS).

Participação nas exposições LUBRAPEX 2003, realizada em Lisboa, Portugal; e BANGKOK, na Tailândia. Ainda no contexto internacional, os Correios aceita o convite da Associação dos Operadores dos Correios e Telecomunicações dos Países e Territórios de Língua Portuguesa (AICEP) para ministrar, em Luanda, na Angola, um curso de filatelia.

É criado o prêmio Correios Jovem Colecionador. Além desse prêmio, é lançado, em junho de 2003, o filme Uma Viagem Fantástica pelo Universo dos Selos, dirigido ao público infanto-juvenil.

Os Correios são agraciados com várias premiações internacionais pelas seguintes emissões: Campeões do Mundo de Futebol do Século 20, 2? lugar no concurso de Melhor Selo de 2002, promovido pelos Correios da Malásia; Série Instrumentos Musicais, premiada como Melhor Selo do Mundo na Categoria Musical, concedido pelo Círculo Musical Filatélico, da Inglaterra; Recifes Coralíneos, que conquistou o prêmio de Melhor Selo estrangeiro, concedido pela Administração da China.

Conquista do Ouro no III Festival do Anuário de Publicidade de Brasília, Categoria Web, conquistado pelo hotsite Golfinhos do Brasil.

 

2004
É lançado o Correios Entrega Direta, que introduz um novo conceito em distribuição de publicações periódicas, tais como revistas, guias, anuários, catálogos, boletins, listas telefônicas e jornais.

São lançados, simultaneamente, o Sedex Hoje e o Sedex Mundi. O primeiro oferece entregas no mesmo dia da postagem e o outro, por sua vez, expande a atuação internacional dos Correios.

É oficializado o patrocínio à Confederação Brasileira de Futebol de Salão. O acordo beneficia não só a seleção masculina adulta, mas se estende a todas as outras categorias.

A Rede Postal Aérea Noturna da ECT- RPN completa 30 anos de atividades interligando, por via aérea, a comunicação postal dos brasileiros. Neste mesmo ano, é inaugurado o terminal da RPN no Aeroporto de Salvador (BA).

É lançada a mais nova versão do Sistema de Gerenciamento de Postagens (Sigep), o software gratuito oferecido pelos Correios aos clientes que, mediante contrato, efetuam postagens regulares e expressivas de encomendas e de correspondências registradas.

É lançado o programa Importa Fácil Ciência, uma conquista dos cientistas e pesquisadores brasileiros, destinado a simplificar e baratear o processo das importações de máquinas, equipamentos e insumos para uso em pesquisas nas áreas de ciência e tecnologia.

É criado Correio Híbrido Postal ? CHP, atendimento de última geração, voltado ao mercado coorporativo que movimenta grandes volumes de postagens.

É lançada nova ferramenta de endereçamento on-line.O Endereçador permite a qualquer pessoa gerar etiquetas e rótulos de endereçamento padronizados.

É assinado convênio entre os Ministérios da Saúde e das Comunicações que coloca os Correios em campanha a favor da amamentação. O Projeto carteiro amigo disponibiliza 10 mil carteiros voluntários nas ruas de todo país para conscientizar a população sobre os benefícios do aleitamento materno.

É premiado o site dos Correios. A Empresa recebeu o Prêmio iBest 2004 de melhor portal eletrônico do País em Serviços ao Consumidor

É realizada a Brapex, a maior mostra filatélica do país. A primeira etapa foi realizada em São Paulo, e a segunda, em Curitiba, com objetivo de difundir o selo em suas múltiplas funções: institucional, cultural e mercadológica.

Correios homenageiam 450 anos da cidade de São Paulo, para marcar a data, foram emitidos cinco selos que retratam as várias faces da cidade.

É emitido selo em homenagem à Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em meio à festa que mobilizou a cidade-santuário, no dia 8 de setembro, marco do centenário da coroação da padroeira do Brasil.

 

2005
É lançado o Correios Entrega Direta, que introduz um novo conceito em distribuição de publicações periódicas, tais como revistas, guias, anuários, catálogos, boletins, listas telefônicas e jornais.

É inaugurado o Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas (CTCE) da Empresa, concebido para atender ao aumento do tráfego regional de objetos postais, em Aparecida de Goiânia, no Estado de Goiás.

É implantado Sara - Sistema de Automação da Rede de Atendimento - na 1000? agência, em Oeiras, no Piauí. Com a instalação, a agência passa a operar com o novo sistema on-line, de forma integrada em todo o Brasil.

É inaugurado o Centro de Distribuição (CD) Oeste, em Brasília. Por meio do Programa Novo Modelo de Suprimento, os Correios centralizaram os almoxarifados regionais em dois grandes Centros de Distribuição de materiais de consumo e produtos.
 

 

 

 

 

 
ROSA PARKS (1913-2005)

 

 

Morreu em Detroit-USA, na tarde de 24 de outubro de 2005, ROSA LEE PARKS : a mãe do Movimento dos Direitos Civis. Ela viveu a segregação negra que criava dois mundos e em duas cores: Brancos e negros. Naquela época nos locais públicos, como restaurantes, escolas, e até bebedouros traziam a marca da descriminação. Nos ônibus os primeiros bancos eram reservados aos brancos, e só ao fundo os negros poderiam sentar. Violência, perseguição, agressão, humilhação e até morte foram destinadas aos negros de qualquer idade. Por várias vezes Rosa Parks foi humilhada, ela era negra, costureira e líder da Associação Nacional de Avanço do Povo Negro (NAACP).

Em 01 de dezembro de 1955 na cidade de Montgomery - Alabama, no ônibus onde se encontrava, por ordem do motorista foi obrigada a ceder seu lugar no banco para um homem branco . Recusando-se já que havia outro disponível, foi detida e levada a prisão. Com este incidente, a população negra já revoltada, organizou-se para um boicote aos ônibus. Ninguém usaria os ônibus, e quem possuía um automóvel levariam outros aos seus respectivos trabalhos, ou iriam a pé, mas os ônibus não deveriam ser usados em protesto a descriminação. O boicote durou mais de um ano. Esta causa foi tomada pelo líder e Presidente da Associação para o Avanço do Povo de Montgomery (MIA), Martin Luther King. Em fevereiro de 1956, um advogado da MIA entrou com um processo no Tribunal Federal contra a lei da segregação nos ônibus da cidade. O Tribunal decretou que a lei era inconstitucional. Por sua vez o Governo de Montgomery apelou, mas não obteve sucesso. E ganha assim, os Direitos Civis sua primeira conquista.

Em 1964 é banida a descriminação racial. Rosa e seu esposo Raymond mudaram-se para Detroit. Em 1977 seu esposo faleceu, mas bem antes em 21 de dezembro de 1956, viu sua esposa poder entrar em um ônibus e sentar em bancos que não eram demarcados entre brancos e negros. Rosa teve sua história publicada em livros e filmes, o mais conhecido tem o seu próprio nome. Foi condecorada em 1996 com a Medalha Presidencial da Liberdade, das mãos do Presidente William Clinton. E em 1999 recebeu a medalha Congressional de Ouro, a mais elevada condecoração a uma civil da nação. Em 2000 foi inaugurado o Museu e Biblioteca Rosa Parks, o ônibus em que ela foi detida é parte do acervo do museu em homenagem a sua coragem.

Todos nos temos um herói, não aqueles fictícios, e sim aqueles que sofreram e morreram, mas que se tornaram imortais por suas lutas pelos Direitos Civis.