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São Paulo - Dicas

 

FLAGRANTE PAULISTA:


O artista Galeno imortaliza em sua arte a mais famosa esquina da capital paulista. (Imagens:Antonia Feitoza)


SAMPA

Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a 
Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas

Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a 
Ipiranga e a avenida São João



Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes

E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso



Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva

Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa

(Caetano Veloso)





 

 

DICAS PARA VISITAÇÃO: 

RUA SÃO CAETANO - "A RUA DAS NOIVAS" - LUZ 


Rua São Caetano no bairro da Luz, que é conhecida como a "Rua das Noivas" (Imagens: Antonia Feitoza)

São Paulo sempre surpreende quem reside e quem vem visitar esta cidade. Além de toda estrutura , esta metropole oferece inclusive ruas com comércio especializado para quem busca compras especificas.

 

Uma das ruas mais procurada é a Rua São Caetano no bairro da Luz, que é conhecida como a "Rua das Noivas", um verdadeiro paraiso para as candidatas ao matrimônio.

 

Vitrines com belos vestidos para noivas, madrinas, daminhas e debutantes encantam quem visita esta rua. Também são encontradas lojas com moda masculina, bijouterias, convites, sapatos e accessorios.

 


Variedade e bom gosto para as noivas, damas e madrinhas. (Imagens:Antonia Feitoza)


Os vestidos seguem as tendencias mais modernas ou clássicas. Se a noiva busca um buquê ou o terço, lá também tem. Algumas lojas oferecem ainda a opção do aluguel de vestidos, sendo que há a vantagem do “ primeiro aluguel” conforme a opção de quem está alugando.

 

É um grande shopping, com o diferencial: estilístas desenvolvem a moda personalizada para cada cliente. O produto final é resultado de especial assessoria e bom gosto.

 

O Jornal Momentos agradece:

 

Arminê Noivas

(Venda e aluguel de vestidos para noivas, damas, madrinas. Debutantes e formatura)

R . S Caetano, 167 3228-7374

 

Fernando Bueno Sapatos e acessórios

R . S. Caetano 237 3229-9396 3313 -5372) www.fernandobuenocalcados.com.br

 

Grife Moda Festa

R.S.Caetano, 229 3313-6757 3227 - 7626 www.griffemodafesta.com.br

 

Sedução Noivas

(Venda e aluguel para Noiva, damas e formatura)

R.S. Caetano, 265 32271760

 

Stand Noivas R S Caetano 256 3311-8488 www.standnoivas.com.br


VISITA AO MUSEU PAULISTA DA USP -  MUSEU DA INDEPENDÊNCIA OU DO IPIRANGA


Museu Paulista da USP - Monumento a Independência do Brasil - Parque da Independência-São Paulo (Imagens:Antonia Feitoza)

Na colina do bairro do Ipiranga, conhecido por ser o local onde ocorreu o "grito" de independência proclamado por D. Pedro I, em 1822, ali foi erguido um monumento comemorativo ao evento de grande importância a história do Brasil. O edifício em estilo renascentista construído em uma década (1885-1895), para abrigar um estabelecimento de ensino científico; porém foi transformado em um museu tendo como primeiro acervo à coleção pessoal de Joaquim Sertório, coronel paulista. Em torno do museu, foi criado o Parque da Independência, com um belo jardim em estilo francês elaborado por uma equipe de paisagistas especialmente contratada para a ocasião. Onde se encontra o monumento em homenagem ao "grito", (projeto do italiano Ettore Ximenez, em granito, com adornos em bronze e, em cujo subsolo se encontram os despojos de D. Pedro I e suas duas esposas).  O Museu do Ipiranga ou da Independência  é assim conhecimento pelos paulistanos.


Casa do Grito e Túmulos de D.Pedro I e sua Esposa D.Leopoldina -Cripta do Momunento a Independência- Pq da Independência
São Paulo (Imagens: Antonia Feitoza)


Uma curiosidade, esta preservada uma pequena construção a “Casa do Grito” aberta a visitação, retratada no quadro do pintor Pedro Américo. Criado para ilustrar o momento do grito e faz parte do acervo do museu. Exibido  no Salão Nobre do museu. 

O Museu Paulista conta, em seu acervo de mais de 125 mil itens, com objetos indígenas, mobiliário, armas, pinturas, ferramentas e outros instrumentos, muitos de uso pessoal, que retratam a vida no país, desde os idos de 1500 até 1950.

Com duas bibliotecas e secções que tratam de documentação arquivistica e iconográfica, o museu ainda oferece laboratórios de conservação e restauro.

Informações: 
Museu Paulista da USP
Endereço: Parque da Independência, s/n.º - Ipiranga - Caixa Postal 42.403 - 
Telefone.: (011) 2065-8000
FAX: (011) 2065-8051/2065-8054
CEP 04218-970 - São Paulo - SP - BRASIL
EMAIL
mp@edu.usp.br


 

MOSTEIRO DE SÃO BENTO - SÃO PAULO


Largo e Mosteiro de São Bento - São Paulo (Imagem: Antonia Feitoza)

Os monges beneditinos chegaram a São Paulo em 1598. A Companhia de Jesus e a Ordem do Carmo eram as únicas ordens religiosas em São Paulo.

Fr. Mauro Teixeira foi o primeiro beneditino a chegar a São Paulo. Natural da cidade de São Vicente, ele foi discípulo direto do jesuíta Pe. José de Anchieta. Após a morte de seus familiares pelos índios tamoios, num ritual de canibalismo, Fr. Mauro entrou no Mosteiro de São Bento da Bahia.Terminada sua formação monástica, o Padre Provincial Fr. Clemente das Chagas o envia a São Paulo, onde funda uma pequena ermida, núcleo inicial da presença dos beneditinos na cidade. Logo em seguida, vem o Pe. Fr. Mateus de a Ascenção edificar um mosteiro e formar o primeiro núcleo comunitário.

Assim que ele chegou, a Câmara Municipal doou, em 9 de maio de 1600, um pedaço de terra que se situava "no lugar mais ilustre da vila, depois do Colégio da Companhia", em doação perpétua "até o fim do mundo". O local era onde se localizava a antiga taba do cacique Tibiriçá, "o glorioso índio que realizara a aproximação euro-americana e permitira o surto da civilização no planalto, salvando São Paulo da agressão tamoia de 1562", segundo as palavras do historiador Taunay. 

 

Somente em 1634, as obras foram terminadas e constituída em Abadia. A capela fora dedicada a São Bento. Posteriormente, a pedido do Governador da Capitania de São Vicente, D. Francisco de Sousa, grande benemérito dos beneditinos, foi mudado o patrono da capela paulistana para Nossa Senhora de Montserrat. E, 100 anos depois, em 1720, a capela passou a chamar-se de Nossa Senhora da Assunção, título que se conserva até hoje.


Desta janela o Papa XVI falou a população paulista. (Imagem: Antonia Feitoza)

No Capítulo Geral de 14 de maio de 1635, o primeiro Visitador da Província, o espanhol Fr. Álvaro Carvajal foi eleito o primeiro Abade de São Paulo.

 

Em julho de 1598, o frei Mauro Teixeira chegou à cidade, vindo da Bahia, para fundar a segunda mais antiga ordem religiosa de São Paulo (a primeira foi a dos jesuítas que fundaram a Vila de São Paulo). Na época, suas instalações foram chamadas de Vila de São Vicente. No local onde era a residência do Cacique Tibiriçá, chefe da nação Tupi e um dos fundadores da cidade, monges formados pela escola de arte do Mosteiro de Beuron, na Alemanha, construíram este edifício, em 1600.

De lá para cá, a igreja foi reedificada cinco vezes, adquirindo um estilo próximo ao ecletismo germânico. O Mosteiro reserva uma série de belas surpresas aos visitantes. Além das missas com canto gregoriano, aos domingos, no Brasil o canto gregoriano está quase que restrito aos monges, especialmente dos mosteiros beneditinos. Ainda há interessantes obras de arte espalhadas por seus 15 mil metros quadrados.

Hoje, quarenta monges beneditinos moram ali e cuidam do lugar. Para comemorar os 400 anos de sua inauguração, a igreja do mosteiro ganhou nova iluminação. Todo ano, sedia um Festival Internacional de Órgão.

 

São Bento ao escrever a Regra para os seus monges no século VI, os adverte que o mosteiro deva ser construído de tal forma que possua padaria, horta, queijaria, pomar, oficina para atender as necessidades da comunidade. Para o patriarca beneditino a vida do monge é o ora et labora, oração e trabalho, pois a ociosidade é inimiga da alma; por isso em certas horas devem ocupar-se os monges com o trabalho manual, e em outras horas com a leitura espiritual.


Mosteiro de São Bento - São Paulo (Imagem:Antonia Feitoza)

A abadia beneditina de São Paulo não foge à regra. Em 1999 passou a oferecer ao público bolos, pães, geléias, biscoitos, cujas receitas são seculares, e estavam guardadas no arquivo da abadia.

A forma de prepará-los só é transmitido a um outro monge para que se continue cumprindo o que escreveu S. Bento: "são verdadeiros monges, se vivem do trabalho de suas mãos".

 

Na loja do mosteiro, a venda destes produtos produzidos é uma atração à parte: mel, vinho, bolos etc são disputados pelos visitantes. E na época natalina, o bolo de natal (uma espécie de panetone) é encomendado até com antecedência tanto é a demanda. Todos os produtos estão à venda na loja do Mosteiro. Domingo logo após a missa das 10h00; de segunda a sexta no horário de 7h às 18h; e sábado de 7h30 às 12h.

 

O famoso brunch do mosteiro organizado periodicamente, é sempre obra de famosos chefs da gastronomia paulista. Faz parte deste evento uma palestra sobre a vida monástica e missa com canto gregoriano. O domingo paulista fica assim ainda mais especial. 
 

Em maio de 2007, o mosteiro recebeu a visita do Papa Bento XVI. O pontífice ficou hospedado no local durante parte de sua visita ao Brasil.

MOSTEIRO DE SÃO BENTO

Largo de São Bento, s/no. - Centro
CEP: 01029-010 - São Paulo - SP
Em frente à Estação São Bento do Metrô
Fone: (11) 3328-8799

 

 

 

 

 

CENTRO DE TRADIÇÕES GAÚCHAS MEU PAGO

C.T.G  Meu Pago ponto de encontro dos gaúchos em São Paulo


Churrasco gaúcho, a Sede do Centro de tradições Gaúchas Meu Pago e grupo mirim de dança  folclórica.                              

 

 

Os gaúchos que residem em São Paulo têm a oportunidade de conhecer o Centro de Tradições Gaúchas Meu Pago, fundado em 19 de Junho de 1983 por um grupo de amigos que migraram de várias regiões do Rio Grande do Sul, com o objetivo de cultivar a tradição e relembrar os tempos bons de rodas de chimarão e conversas acompanhadas de um bom churrasco gaúcho, atraindo amigos e passando para suas futuras gerações costumes de um povo hospitaleiro e cheio de cultura, que valorizam a família acima de tudo.

O C.T.G Meu Pago é uma entidade sem fins lucrativos que realiza aulas de dança folclórica nos finais de semana. Em todo segundo domingo do mês acontece a “Domingueira” um almoço com o típico churrasco gaúcho, o valor da entrada incluindo o Buffet com vários tipos de carnes e diversas opções de acompanhamento é R$30,00 não é incluso bebidas. E depois do almoço o evento traz diversas atividades folclóricas tendo como destaque as apresentações das invernadas artísticas Mirim (7 á 12 anos), Juvenil (13 á 17 anos), adulta ( 17 á 30 anos) e xirú (31 á 70 anos). Outro destaque que o evento traz são os grupos musicais do Sul que animam ainda mais a festa.

O Meu Pago é aberto para visitação e quem tiver o interesse de participar dessa grande família às portas estão abertas, lembrando que não precisa ser gaúcho para cultivar a tradição, a maior parte dos freqüentadores são paulistas. A sede esta localizada na cidade de Diadema a beira da represa Bylings, é um lugar amplo, cheio de árvores, com um galpão onde são realizadas as atividades como danças, encontros e festas. Na parte externa da sede tem uma cancha de Bocha (jogo típico que pode ser jogado por homens e mulheres de qualquer idade), o fogo de chão (local onde a gauchada aprecia o chimarrão em volta da fogueira nos dias frios), o estacionamento e um campo onde são realizados as atividades campeiras.

Localização: Estrada Maria Cristina, 874 – Eldorado – Diadema/SP Site: https://www.ctgmeupago.com.br/

EDIFÍCIO ALTINO ARANTES            

                       

 Edifício Altino Arantes -São Paulo (Imagem: Antonia Feitoza)

 

Um dos cartões postais da cidade, o edifício-sede do Banco Santander Banespa, no Centro de São Paulo. Mais conhecido como Prédio do Banespa, é realmente um dos ícones da cidade, com seu desenho inspirado no Empire State Building de Nova York, a poucos metros do Mosteiro de São Bento, do Teatro Municipal e do Mercadão.


Vista do Alto do Edifício Altino Arantes, no detalhe: o Mosteiro de São Bento. (Imagem: Antonia Feitoza)

Tem 161 metros de altura, 35 andares, 14 elevadores e 1.119 janelas. Sua inauguração data de 1947, ao fim de um processo construtivo que levou oito anos. Fica nesse edifício a Torre do Banespa, com vista panorâmica do centro da cidade num raio de até 40 quilômetros e que recebe até 5.600 pessoas por mês. Em seu saguão principal há um lustre de 13 metros de altura com 10 mil peças de cristal. Os 2º e 3º andares exibem exposição permanentemente de parte do acervo artístico do banco, constituído de 1.004 obras de artistas importantes. 


Edifício Altino Arantes "O Banespão"
R João Brícola, 24 Centro  Tel: 11 32497233 Das: 10h00 ás 17h00 - Entrada Grátis
É necessário apresentação de documento de identificação com foto.

Para mais imagens, acesse:


https://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=11590047482752727755

https://www.youtube.com/watch?v=k_v-iFCT818


BAIRRO DA LIBERDADE
 

Radio Taisso - Uma forma diferente de começar o dia.

 


Participantes da Rádio Taisso - Praça Dr. João Mendes e Praça da Liberdade -São Paulo 
(Imagens : Antonia Feitoza)


Desde 1978, um grupo de pessoas se encontram todas as manhãs de segunda a sábado na Praça do Metrô Liberdade. Agora o grupo se dividiu e alguns já praticam na Praça Dr. João Mendes também.

 

Em geral são idosos descendentes ou japoneses que habitam o bairro mais oriental da América do sul, abrigando a maior colônia de orientais fora de seus países de origem (Japão, China, Coreanos e vietnamitas).

 

Para participar não requer nenhuma inscrição e é gratuito..

É preciso apenas de gostar de acordar bem cedo, pois as atividades iniciam sempre as 06:00 da manhã. Para o aquecimento, uma aula de dança japonesa, e em seguida os exercícios. O grupo é reconhecido por uso de boné e roupas brancas.


Áspectos do Bairro da Liberdade: o Portal da Liberdade, a Ponte da amizade São Paulo - Osaka, 
Rua galvão bueno e suas lanternas e a Torre  da Rádio Taisso. (Imagens:Antonia Feitoza)

 

 

É a Radio Taisso,: exercícios de aquecimento com rádio. Inspirada na conhecida ginástica laboral acompanhada por música, muito popular no Japão.

 

Criada em Tóquio em 1928 por uma organização governamental para manter a população em forma a Radio Taisso era transmitida através da emissora de rádio NHKradio todas as manhãs em fábricas e escolas, sendo praticado por colaboradores e alunos.

 

Praticada em qualquer lugar é composta por exercícios de respiração e alongamento envolvendo a cabeça, tronco, braços e pernas. Nada pesado e sim mais relaxante.

 

Por ocasião da 2ª Guerra Mundial o Radio Taisso, foi proibida pelo governo dos Estados Unidos. Mas aqui no Brasil, quando o bairro da Liberdade, foi transformado em um bairro turístico recebendo as características orientais atuais, os descendentes japoneses resolveram utilizar a Praça da Liberdade para iniciarem suas atividades matinais com a Radio Taisso. Confira as imagens:

IGREJA DE SÃO GONÇALO – SÃO PAULO


Parte externa e interna da Igreja de São Gonçalo (Imagens:Antonia Feitoza)

Bem atrás da Catedral da Sé, na atual Praça Dr. João Mendes antigo Largo da Cadeia, a primeira Igreja de São Gonçalo foi erguida no ano de 1757, dedicada a Nossa Senhora da Conceição. E posteriormente, foi dedicada ao mártir São Gonçalo. Irmão religioso da Ordem de São Francisco, nascido na Índia em 1597, que faleceu no Japão como mártir da Fé, em 05 de fevereiro de 1617, em companhia de vários jesuítas. Sendo que a sua canonização veio ocorrer em 1862.

Reformas urbanas apagaram os vestígios do antigo Largo de São Gonçalo ou da Cadeia. Ambos surgiram com a construção da Igreja. O edifício da Câmara , abrigava no mesmo prédio a cadeia.


Detalhes da Igreja (Imagens:Antonia Feitoza)

Foi construída a Igreja de São Gonçalo pela Irmandade de N. Sra. da Conceição e São Gonçalo. Sendo a irmandade muito pobre, caracterizou a modesta construção. Contam que para a construção foram reutilizados os balaústres de madeira do Paço Municipal e materiais da Basílica de N. Sra. Aparecida, como os retábulos laterais
.



Pintura no teto e Altar-mor da Igreja (Imagens:Antonia Feitoza)

 

Por conservar o ar antiquado e barroco das igrejas paulistanas foi tombada pelo CONDEPHAAT. O Largo da Cadeia ficou conhecido por possuir O São José, o maior teatro da época onde se apresentaram peças de Castro Alves e óperas de Carlos Gomes.No dia 29 de novembro de 1889, através da Resolução n. 102, este logradouro foi nomeado como Praça João Mendes em homenagem ao seu ilustre morador Doutor João Mendes de Almeida, jurista renomado, político, jornalista e lider abolicionista. A Igreja atende principalmente os descendentes japoneses que residem no bairro.A beleza interna supera a simplicidade de sua parte externa. Contam que a igreja foi esconderijo de escravos e ponto de encontro de abolicionistas. Hoje, além de sua função religiosa, é ponto histórico e turístico do bairro.

 
 

 

 

Para ver mais imagens, acesse: 

https://www.facebook.com/#!/album.php?aid=25631&id=100000582352706

Praça Dr. João Mendes 108

Tel.: (011) 3106-8119 

 

IGREJA DA SANTA CRUZ DOS ENFORCADOS - LIBERDADE
 


Igreja da Santa Cruz dos Enforcados - LIberdade - S.Paulo (Imagens: Antonia Feitoza)

 

Conta a história que em 1821 por atrasos em seus soldos se instalou em Santos, uma revolta de alguns soldados do Primeiro Batalhão de Caçadores, líderados pelo cabo Francisco José das Chagas (o Chaguinhas). Ato que veio a sentencia-lo a morte pela forca. Tendo como local para o enforcamento o Largo da Forca (atualmente conhecido como Praça da Liberdade), capital paulista.

 

Na atual Travessa dos Aflitos, funcionava ali o primeiro cemitério público da cidade de São Paulo, em cuja sua capela os condenados permaneciam até serem levados para o enforcamento.

Este cemitério deixou de funcionar quando a Marquesa de Santos doou o terreno para a construção do Cemitério da Consolação, mantendo ainda em funcionamento sua capela até a data presente.

 

Na fria manhã de 21 de setembro de 1821 o soldado Chaguinhas que foi levado a praça pública, fez estremecer ao público ali presente. Quando ao se abrir a porta sob seus pés, a corda que o enforcaria simplesmente se arrembentou, evitando assim seu enforcamento instantaneo.

 

E isto tornou a se repetir pela terceira vez. Já a esta altura o povo pedia clemência para o condenado. E gritavam: Liberdade! Como o soldado não foi morto pelo enforcamento, restou a seu carrasco executa-lo a pauladas, comprindo assim sua setença a morte.

 

Neste local de suplicio para o Chaguinhas foi erguida uma cruz que posteriormente deu origem a Igreja da Santa Cruz dos Enforcados. Local de devoção a almas, onde toda segunda-feira recebe inúmeras pessoas que vem orar e acender velas a estas almas. 

Para ver mais imagens, acesse: 


https://www.orkut.com.br/Main#Album?uid=7816942034253947079&aid=1283347329

https://www.facebook.com/#!/album.php?aid=26310&id=100000582352706

 

Endereço: Praça da Liberdade, 238 – 01503-390 – Liberdade – SP
Tel.: 3208-7591

 

CAPELA DOS AFLITOS  -  LIBERDADE


Pequena e simples como deve ser uma capela de tal função: acolher os aflitos e mortos. (Imagens: Antonia Feitoza)

Do primeiro cemitério público da cidade de São Paulo: o Cemitério dos Aflitos, nome dado por nele aguardarem os condenados ao enforcamento ali bem próximo no Largo da Forca, hoje Praça da Liberdade, restou a Capela dos Aflitos. 
No cemitério onde se sepultavam as classes menos favorecidas, como negros, pobres e condenados, a capela foi inaugurada em 27 de Junho de 1779 sendo o ponto final do beco dos Aflitos,  hoje Rua dos Aflitos. Rodeada por edificios cujos residentes em maioria são de descendência japonesa. Pequena e simples como deve ser uma capela de tal função: acolher os aflitos e mortos, sofreu incêndio e especulação imobiliária, ainda mais quando o bairro se caracterizou em um bairro oriental. Hoje sofre ainda o preconceito de ações turísticas, que teimam em ligar este patrimônio histórico ao medo, em roteiros de assombrações criados por guias de turismo. 
Distanciando as visitações por seu devido valor cultural.
 
Diz a tradição, que escravos, vindos dos baixos do Carmo, da várzea do Tamanduateí, subiam a rua Tabatinguera, com parada obrigatória na Igreja Nossa Senhora da Boa Morte. De lá, seguiam ao pelourinho, instalado no atual Largo sete de setembro. Quando estes eram condenados a morte por enforcamento, geralmente por serem rebelados ou fugidos, finalizavam sua caminhada na Capela dos Aflitos. 

O certo é que em 21 de setembro de 1821 o soldado Francisco José das Chagas , o “Chaguinhas”,  por uma rebelião devido a soldos atrasados, foi condenado a morte por enforcamento. Vindo de Santos e levado ao Largo da Forca, após 3 tentativas de enforcamento em que a corda se quebrava, contrariando ao pedido do público presente, que clamavam sua liberdade, foi morto a pauladas por seu carrasco e enterrado no cemitério dos Aflitos. Dando origem a uma devoção, que acontece na Igreja dos Enforcados e também na capela dos Aflitos. Motivo pelo qual recebem inumeras pessoas que vem assistir missas toda segunda-feira, acender velas e deixar suas mensagens com pedidos e agradecimentos de graças no local.

Para ver mais imagens, acesse: 


https://www.orkut.com.br/Main#Album?uid=7816942034253947079&aid=1283356369

https://www.facebook.com/#!/album.php?aid=26316&id=100000582352706


Para saber mais sobre a Capela dos Aflitos e participar de sua comunidade no Orkut, acesse:

https://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=14220693838198483215

https://www.orkut.com.br/Main#Community?rl=cpn&cmm=105985781

 

 

R Dos Aflitos , 70 (Trav. da R. dos Estudantes, altura do nº 52) - Liberdade - São Paulo Tel.11 3275-2028

UM CASTELO MEDIEVAL NO CENTRO DE SÃO PAULO

MUSEU E CENTRO CULTURAL DO TRIBUNAL DA JUSTIÇA DE SÃO PAULO - PALACETE CONDE DE SARZEDAS


Rua Conde de Sarzêdas : Palacete do Conde e o moderno Edifício Nove de Julho. (Imagens:Antonia Feitoza)

Em fins do século XIX a região conhecida hoje como o bairro da Liberdade foi ocupada de fato. Dentre as herdades tradicionais que ali existiam, estava a Chácara Tabatinguera, propriedade de Dona Anna Maria de Almeida Lorena Machado. Foi ela quem mandou abrir, em suas terras, ruas como a Conselheiro Furtado e Conde de Sarzedas, além de mandar construir a Capela de Santa Luzia que, após a sua morte, em 1903, foi doada pelos herdeiros à Cúria Metropolitana.

Anteriormente a chácara havia pertencido a D. Francisco de Assis Lorena, filho de D. Bernardo José de Lorena, governador da capitania de São Paulo entre 1788 e 1797, vice-rei da Índia entre 1806 e 1816, e 5º Conde de Sarzedas, título nobiliárquico criado em 1630 pelo rei Felipe IV de Espanha.

Foi Luís de Lorena Rodrigues Ferreira, descendente do Conde de Sarzedas e deputado por São Paulo, quem mandou construir o Palacete, provavelmente em 1891. Conta-se que, com 60 anos de idade e apaixonado por Marie Louise Dellanger, uma francesa de 18 anos, quis fazer uma casa confortável para a futura mulher. Daí teria surgido o apelido “ Castelinho do Amor”. A localização, no topo de uma colina, não podia ser mais privilegiada: permitia que se avistasse todo o vale do Tamanduateí e que fosse de lá visto.

Após a morte do proprietário, sua esposa, filho e nora ainda permaneceram no local até 1939.

A partir daí o Palacete passou a ser ocupado por diversos locatários e, precariamente conservado, entrou em processo de arruinamento.

Quando a Fundação Carlos Chagas, atual proprietária do terreno, procurou o arquiteto Ruy Ohtake para projetar a construção do edifício que hoje abriga os Gabinetes dos Desembargadores de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (Edifício Nove de Julho), o arquiteto Samuel Kruchin assumiu as pesquisas para o restauro do antigo casarão. Em 2001 foi aberto o processo de tombamento e, por meio da Resolução nº 15/2002, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo – CONPRESP – tombou a edificação conhecida como Palacete Conde de Sarzedas. Nesse local histórico está instalado agora o Museu e Centro Cultural do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Rua Conde de Sarzedas, 108 - Ao lado do Fórum - São Paulo
Aberto de Segunda à Sexta das 10h00 ás 17h00



FEIRA DE ARTESANTO ORIENTAL


Foi em 1973 que após processo de implantação, um projeto turístico transformou o bairro da Liberdade em um bairro oriental, tendo em vista a concentração de orientais japoneses nesta região, se tornando hoje a maior comunidade japonesa fora do Japão.


Os imigrantes orientais expõem trabalhos típicos de suas regiões.(Imagem:Antonia Feitoza)

Com a iniciativa de membros da comunidade japonesa, em especial do Sr. Tsuyoshi Mizumoto e apoio da Prefeitura da cidade de São Paulo na pessoa do Prefeito em exercício: Miguel Colassuono, as ruas foram ornamentadas com luminárias e jardins que lembram e caracteriza o bairro em um verdadeiro pequeno Japão no coração da maior capital do Brasil.


O bairro é autalmente a maior comunidade japonesa fora do Japão. (Imagem:Antonia Feitoza)

A exemplo da Praça da Republica desde 1975 a Praça da Liberdade é palco para um evento tradicional em todos os finais de semana: a Feira de Artes e Artesanato, onde os imigrantes orientais expõem trabalhos típicos de suas regiões, com um detalhe, hoje com a participação não só os orientais, mas  de artesão e artistas brasileiros.

 


Produto típico da feira oriental (Imagem:Antonia Feitoza)

Funcionando todos os sábados e domingos das 10h00 as 19h00, a feira totaliza mais de 240 barracas e um verdadeiro pólo turístico e recebe pessoas vindas de todas as partes do mundo, para apreciar e adquirir todo tipo de objetos de adorno, presentes, vestuário, decoração, brinquedos, instrumentos musicais, artigos místicos, orientais, arranjos florais naturais e artificiais e também saborear os deliciosos pratos típicos das cozinhas Oriental e Brasileira.


No ano passado, por ocasião das comemorações do Centenário da Imigração japonesa no Brasil, o bairro foi todo reformulado, recebendo novo piso, fachadas, e atrações. Vale a pena conferir.

Para ver mais imagens do bairro, acesse:


https://www.jornalmomentos.net/construtor/ImageGallery/ImageList.aspx?id=e48f5ef1-1ca3-4499-85fa-9774a67fd704&m=1&c=2c4b6486-9e7a-44bb-8b0f-3ab33b1a70ce


MEMORIAL DA RESISTÊNCIA - LUZ



A construção da memória: o cotidiano nas celas do DEOPS/SP.
(Imagem:Antonia Feitoza)

Denominado Memorial da Liberdade, foi inaugurado em 2002, sob a gestão do Arquivo Público do Estado de São Paulo. Em agosto de 2007, já integrado à Estação Pinacoteca, recebeu, por iniciativa da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, um projeto com nova perspectiva museológica, visando ampliar a ação preservacionista e seu potencial educativo e cultural, por meio de reflexões sobre os distintos caminhos da memória da resistência e da repressão. 

A implantação deste projeto teve início no dia 1º de maio de 2008, com a mudança do seu nome para Memorial da Resistência. Coordenados pela Pinacoteca do Estado de São Paulo, os trabalhos foram desenvolvidos por equipe interdisciplinar, contando com a participação do Fórum Permanente dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo, além do apoio de diferentes colaboradores e instituições culturais, notadamente o Arquivo Público do Estado de São Paulo, onde está depositado o arquivo do DEOPS/SP.



O edifício e suas memórias: são apresentados os diferentes usos e apropriações do edifício.
(Imagem:Antonia Feitoza)


O programa museológico do Memorial está estruturado em procedimentos de pesquisa, salvaguarda e comunicação patrimoniais, orientados sobre enfoques temáticos que evidenciam as amplas ramificações da repressão e as estratégias de resistência, por meio de seis linhas de ação: Centro de Referência, Lugares da Memória, Coleta Regular de Testemunhos, Exposições, Ação Educativa e Ação Cultural. Espera-se que o desenvolvimento dessas ações possa colaborar na formação de cidadãos conscientes e críticos de seu passado, sensibilizar e promover a importância do exercício da democracia, da cidadania e dos direitos humanos. 

O espaço expositivo do Memorial da Resistência estruturado em quatro eixos temáticos: 

- O edifício e suas memórias: são apresentados os diferentes usos e apropriações do edifício - construído no início do século XX para abrigar os escritórios e armazéns da Companhia Estrada de Ferro Sorocabana - além da estrutura e funcionamento do DEOPS/SP. - Controle, repressão e resistência: o tempo político e a memória - as noções e as estratégias de controle, repressão e resistência que configuram a abordagem deste espaço, apresentadas a partir de estrutura conceitual em painel interativo, desenvolvidas em uma linha do tempo (1889, ao ano de 2008) e referenciadas por um conjunto de publicações.
- A construção da memória: o cotidiano nas celas do DEOPS/SP - Este eixo trata exclusivamente do período do regime militar (1964 a 1983), a partir de diversos recursos expográficos como uma maquete tridimensional que permite ao visitante compare o espaço prisional dos anos de 1969 a 1971 com o momento atual.


Arquivo com fichas originais dos presos para consulta do público. (Imagem:Antonia Feitoza)

A primeira cela mostra os trabalhos do processo de implantação do Memorial da Resistência; a segunda presta uma homenagem aos milhares de presos desaparecidos e mortos em decorrência de ações do DEOPS/SP; na terceira cela foi reconstituída a partir das lembranças de ex-presos políticos e a quarta cela oferece uma leitura da solidariedade entre os que estiveram encarcerados naquele local. Neste contexto do cotidiano na prisão, evoca-se também uma celebração religiosa realizada pelos frades dominicanos presos em 1969. Finalmente, um diorama permite ao visitante compreender como as manifestações públicas de resistência, naquele período, ecoavam nas celas.



Celas do Memorial da Resistência (Imagem:Antonia Feitoza)

- Da carceragem ao Centro de Referência: oferece possibilidades de aprofundamento temático, por meio da consulta a bancos de dados referenciais, destacando-se o Banco de Dados do PROIN – Projeto Integrado de Pesquisa desenvolvido pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo e a Universidade de São Paulo. Neste espaço também são apresentados objetos e documentos provenientes de dossiês e prontuários produzidos pelo DEOPS/SP, sob a guarda do Arquivo Público do Estado de São Paulo, além de iconografia sobre os diferentes espaços do edifício.

Ainda em conformidade com a sua missão, a ação educativa do Memorial propõe-se à construção de diálogos entre o discurso expositivo e o público, por intermédio do desenvolvimento de processos formativos para educadores (ensino formal e não formal), da realização de visitas orientadas e da produção de materiais pedagógicos de apoio.

Para ver mais imagens, acesse:

https://www.youtube.com/watch?v=ZJkCRQjGAqc

https://www.youtube.com/watch?v=aBB0hA24BcU

https://www.youtube.com/watch?v=l1h_2Nkc6Co

https://www.youtube.com/watch?v=o0vkacxJg-g

Memorial da Resistência - Estação Pinacoteca
Largo General Osório, 66 – Luz São Paulo – SP 
Telefone: 55 11 3335.4990, ramal 27
E-mail: memorialdaresistencia@pinacoteca.org.br

www.pinacoteca.org.br  Entrada gratuita de terça-feira a domingo, das 10h às 17h30. Ação Educativa Informações e agendamento: Telefone: 55 11 3324.0943/0944


 

PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO - LUZ


Pinacoteca do Estado de São Paulo-Luz (Imagem:Antonia Feitoza) 

A Pinacoteca do Estado foi fundada em 1905, sendo inicialmente concebida para funcionar como uma galeria de pintura atrelada ao Liceu de Artes e Ofícios. Em sua inauguração, em 25 de dezembro daquele ano, figuram 26 pinturas transferidas do Museu do Estado (hoje Museu Paulista) basicamente de artistas ligados à hoje denominada Escola Nacional de Belas Artes, agraciados com Bolsas de Prêmio ao Exterior, comprometidos com a tradição oitocentista e clássica. Tal iniciativa coube especialmente a José Cardoso de Almeida, na época Secretário do Interior e Justiça, apoiado pelos incentivadores Freitas Valle (poeta e mecenas das artes na cidade), Francisco de Paula Ramos de Azevedo (engenheiro-arquiteto, vice-diretor do Liceu e professor da Escola Politécnica), Sampaio Vianna (político) e Adolpho Pinto (engenheiro).


Loja da Pinacoteca do Estado. (Imagem:Antonia Feitoza)

A Pinacoteca foi então instalada em uma ampla sala no edifício concebido pelo Escritório Técnico Ramos de Azevedo, com projeto do próprio Ramos de Azevedo e de Domiziano Rossi, para abrigar as atividades do Liceu, entidade privada que surge em 1873. O projeto data de 1896, a construção inicia-se no ano seguinte e a conclusão parcial se dá em 1900. Para a inauguração da Pinacoteca, parte do edifício passa por reformas para ser adaptado, com a junção de três salas para formar um amplo salão no segundo andar. Para que a luz fosse distribuída de maneira conveniente, foram fechadas as janelas e aberta uma grande clarabóia, cujo controle da luz era dado pela instalação de um plafond.


Área interna-Pinacoteca do Estado de São Paulo (Imagem:Antonia Feitoza)

O acervo passa a ter existência jurídica em 1911, por meio de lei que dotava o Estado da competência de preservar o conjunto artístico que contava então com 59 obras, definindo a Pinacoteca com diretrizes de um museu estatal. Num primeiro período, são realizadas diversas aquisições para o museu nascente, enquanto o Liceu organiza relevantes mostras. Da fundação até 1921, a Pinacoteca esteve atrelada à mesma direção do Liceu, sendo a atuação de Ramos de Azevedo significativa e propulsora de muitas ações. O acervo continua a crescer, especialmente com obras de artistas ligados à tradição, sendo exceção o ingresso, a partir da década de 1920, de trabalhos de Victor Brecheret, Anita Malfatti, Lasar Segall e Tarsila do Amaral. Na década de 1930, é incorporada uma obra de Candido Portinari; tais trabalhos criam ensejo para a entrada de obras modernistas num acervo ainda predominantemente acadêmico. 


Exposição de escultures franceses. (Imagem:Antonia Feitoza)

A partir de 1930, o Museu passa por sérios percalços, permanecendo fechado por dois anos. Sofre várias transformações no período e suas salas são utilizadas para usos diversificados: em 1930, serve como abrigo militar, além de ser acometido por um incêndio; é ocupado na ala direita pelo Grupo Escolar “Prudente de Moraes”, a partir do movimento que conduz Getúlio Vargas à Presidência da República; em 1932, o edifício é novamente requisitado para uso militar no período da chamada Revolução Constitucionalista. Nessa época conturbada, o acervo da Pinacoteca é distribuído por diversos órgãos públicos. A criação do Conselho de Orientação Artística do Estado em 1931 e um decreto passam a guarda, conservação e responsabilidade das obras da Pinacoteca para a Escola de Belas Artes de São Paulo (EBA-SP), instituição privada. Em julho do ano seguinte, todo o acervo é transportado para a nova sede do Museu, junto à referida escola, no antigo prédio da Imprensa Oficial, na Rua Onze de Agosto, sendo o diretor da instituição de ensino também responsável pela Pinacoteca. A separação dos cargos só ocorre em 1939, por meio de outro decreto, que cria o cargo de Diretor Técnico. As obras da Pinacoteca só retornam à sede no Parque da Luz em 1947, juntamente com a EBA-SP, agora com funcionamentos autônomos. 



Esculturas-Pinacoteca do Estado de São Paulo (Imagem:Antonia Feitoza)


A partir de 1932, a Pinacoteca tem duas grandes gestões, ambas acadêmicas: a primeira de Paulo Vergueiro Lopes de Leão (1932–1944) e a segunda de Túlio Mugnaini (1944–1965). Durante esses anos, dedica-se à complementação de seu acervo com obras ligadas a uma tradição clássica por excelência. A situação altera-se a partir do final da década de 1960, durante as gestões de Delmiro Gonçalves (1967–1971), Clóvis Graciano (1971) e Walter Wey (1971–1975). Nesse período, são realizadas obras emergenciais no edifício, ampliação das atividades do museu e mudanças no critério de incorporação de obras ao acervo, o que passa a ser realizado pelo Conselho de Orientação Artística (COA) da Pinacoteca do Estado, criado por decreto em 1970.

Nos anos 1970, nas gestões de Aracy Amaral (1975–1979) e de Fábio Magalhães (1979–1982), busca-se realizar aquisições seletivas a fim de complementar o acervo do Museu. A gestão de Aracy Amaral privilegiou também a dinamização da biblioteca, do setor de documentação artística, além da organização de atividades culturais e da realização de exposições sistemáticas do acervo, buscando uma reflexão detida acerca da arte brasileira. A gestão de Fábio Magalhães deu continuidade às ações empreendidas, e nessa época foi possível a inserção de muitas obras dos anos 60 e 70, preenchendo mais lapsos da coleção do museu. Destaca-se também no período a criação do Gabinete Fotográfico.


O acervo continua a crescer, especialmente com obras de artistas ligados à tradição.
(Imagem:Antonia Feitoza)


Até a década de 1980, o prédio ainda era compartilhado entre a Pinacoteca e a Escola de Belas Artes, situação que só seria revertida após ação empreendida pelo Estado contra a referida Escola. Na gestão de Maria Cecília França Lourenço (1983–1987), há prosseguimento das atividades realizadas por seus antecessores, novas mostras a rediscutir o acervo, ingresso seletivo de obras, incremento das atividades de extroversão, reorganização administrativa interna e um grande empenho pela retomada do edifício, a partir da abertura de um novo processo, cujo ganho de causa se deu em 1987. Então se efetiva a transferência da Escola de Belas Artes (1989), e todo o edifício – com profundas marcas deixadas pela entidade de ensino – passa a abrigar as atividades da Pinacoteca.


A Pinacoteca - um espaço de contemplação as obras de grandes artista e um passeio imperdível. 
(Imagem:Antonia Feitoza)


Nas últimas gestões, houve intensas modificações, físicas e setoriais na Pinacoteca, que é atualmente um museu plenamente consolidado, contando com todas as áreas fundamentais para o pleno exercício de suas atividades (museologia, conservação e restauro, ação educativa, biblioteca, pesquisa, publicações, entre outros) com excelência técnica. Na gestão de Emanoel Araújo (1992–2002), foi realizada uma profunda reforma no edifício, adequando-o a funções museológicas de excelência técnica; houve ampliação do número de mostras e crescimento considerável do acervo. Inaugurou-se uma nova fase de crescimento e aprofundamento do papel da Pinacoteca no cenário cultural do país. 


 A Pinacoteca tem se modernizado ainda mais a cada dia, buscando alternativas arrojadas de crescimento 
de seu acervo e de manutenção, em densidade e qualidade, de sua programação. 
(Imagem: Antonia Feitoza)


A atual gestão, de Marcelo Mattos Araújo, além de dar continuidade às atividades museológicas que há muito consolidam a importância do Museu no cenário cultural brasileiro, está implementando e aprofundando outras ações, como as de pesquisa, ampliação e difusão de seu acervo, bem como a realização de palestras, encontros e atividades paralelas às mostras. A Ação Educativa também tem papel fundamental e de crescente importância, desenvolvendo programas de atendimento educativo que contemplam um público cada vez maior e tornam possível ao museu exercer sua vocação central: seu papel formador. 


A transferência da Escola de Belas Artes (1989), e todo o edifício – com profundas marcas deixadas
pela entidade de ensino – passa a abrigar as atividades da Pinacoteca. 
(Imagem:Antonia Feitoza)


Baseada desde 2006 no modelo de Organização Social, que atribui à Associação de Amigos da Pinacoteca a responsabilidade de gerir e zelar pelo Museu, a Pinacoteca tem se modernizado ainda mais a cada dia, buscando alternativas arrojadas de crescimento de seu acervo e de manutenção, em densidade e qualidade, de sua programação. Incentivos à doação por parte de artistas, convites à colaboração pública, iniciativas articuladas entre esferas pública e privada são algumas dessas ações. A Pinacoteca tem ainda firmado comodatos com fundações detentoras de importantes coleções, como a Fundação José e Paulina Nemirovsky, que apresenta seu acervo na Estação Pinacoteca, e a Fundação Estudar – parceria esta que resultou, em outubro de 2007, na mais importante doação já recebida pelo Museu.

Pinacoteca Luz

Praça da Luz, 2 - Luz - São Paulo/SP
Fone: (11) 3324-1000
Funcionamento: De terça a domingo, das 10h às 18h00

Serviço:

Ingresso combinado (Pinacoteca + Estação Pinacoteca):R$6,00 e R$3,00 (meia), entrada gratuita para menores de 10 anos. Grátis aos sábados. 
Estudantes com carteirinha e idosos pagam meia entrada.

 

O CEMITÉRIO DA CONSOLAÇÃO
 

 

Quando se fala em mortes, sepultamentos e cemitérios normalmente se procura evitar o assunto. Talvez por isto existe uma certa escassez em bibliografias nesta área. Mas desde o nascimento, a única certeza que o ser humano tem é que um dia haverá de morrer. A morte é parte do cotidiano humano, e as práticas fúnebres seguem conforme cultura e religião.

 

O certo é que os cemitérios são parte de nossa história. Como a arquitetura e monumentos encontrados nas ruas permitem uma leitura econômica e sócio-cultural de uma cidade, os cemitérios podem fornecer dados semelhantes e importantes para o conhecimento desta comunidade.

 

Atualmente os cemitérios são alvo de pesquisadores, estudantes e principalmente turistas atraídos não apenas por personagens neles sepultados, mas pela arte e história que neles são encontrados. Esta modalidade de turismo que esta cada vez mais sendo praticada é conhecida como "necrotour" e teve inspiração em visitação organizada dos cemitérios europeus.

BREVE HISTÓRICO DOS CEMITÉRIOS NO BRASIL




O túmulo de Antoninho da Rocha Marmo á quem se credita graças recebidas.
(Imagem: Antonia Feitoza)


Pouco se sabe sobre as práticas funerárias dos indígenas que habitavam as terras brasileiras. Dos nossos colonizadores veio hábito de sepultamentos em igrejas. Estas eram consideradas campos sagrados e que enterrados ali estavam mais próximas de Deus e sua salvação. Conforme a ocupação do templo pelos fiéis durante os cultos, os sepultamentos seguiam a mesma ordem. Quanto maior o status, mais próximo do altar mor. Quanto mais poder financeiro, melhor local para sepultamento dentro desta igreja. 

Sem a utilização de caixões que vieram a ser fabricados posteriormente, os corpos eram envolvidos em mortalhas e conduzidos em padiolas. Os sinos das igrejas anunciavam de forma especial, tratar-se de mais um rito religioso de despedida de alguém da comunidade. Por questões de crescimento da população e urbanização acelerada a necessidade de criar os cemitérios, foi projetada, visando à proteção da população a doenças, contaminações e outros incômodos que interferiam da convivência nos templos. Esta inovação não foi bem aceita pelos fieis, porém sob protestos e aconselhado por médicos sanitaristas, em 1858 foi construído o primeiro Cemitério Municipal de São Paulo: o Cemitério da Consolação. O terreno foi doado pela Marquesa de Santos, e seu corpo se encontra sepultado no mesmo.

Este cemitério por algum tempo atendeu a todas as classes, porém foi tomado pela elite em vista ao enriquecimento da população. Desta forma, surgiram novos cemitérios para os escravos, estrangeiros, suplicantes e não católicos. 

O PROJETO TUMULAR

 


Jazigo de Campos Sales, ex-presidente do Brasil. (Imagem:Antonia Feitoza)

 

O Serviço Funerário disponibiliza um monitor para dar informações sobre as obras de arte e a história de cada uma das personalidades sepultadas. A visita monitorada é parte do projeto Arte Tumular, idealizado pelo Serviço Funerário do Município de São Paulo, a partir de pesquisas realizadas pelo historiador Délio Freire dos Santos, falecido em 12/04/2002, também sepultado no local.

Um atrativo incomum: o cemitério possui túmulos de diversas personalidades ilustres: Ex-presidentes, escritores, abolicionistas, empresários, pessoas a quem se atribuem milagres, e etc, além de vasta coleção de obras tumulares de famosos escultores e arquitetos nacional e internacional.

O cemitério da Consolação é um verdadeiro museuao ar livre. Oficialmente aberto em 15 de agosto de 1858, possui túmulos de personalidades como Monteiro Lobato, Tarsila do Amaral, Ramos de Azevedo, Antoninho da Rocha Marmo, Mário e Oswald de Andrade, além de dezenas de obras de arte de importantes escultores do século passado como Victor Brecheret, entre outros.

Assim como acontece em cemitérios europeus, o cemitério da Consolação atrai visitantes com diferentes interesses e diversas procedências. As visitas podem ser agendadas junto ao serviço funerário. 

Saiba mais, acesse: 
www.Prefeitura.sp.gov/serviço/artetumular

 

 

Agendamento de visitas: fone (11) 3396-3832

Rua da Consolação, 1660 Consolação 01302-001  Tel. 011-3256-5919/ 3258-3132