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Perú

 

 Um legado para a humanidade.


Lima - Vista norturna

O Peru é um destino inesquecível para o visitante, que pode viver a magia e o mistério do maravilhoso legado de civilizações milenares. O país também exibe uma das arquiteturas mais ricamente decoradas, que mostram, não apenas o apogeu de seu passado colonial, mas também o início de sua fase Republicana.

 

Por esse legado, a Unesco tem considerado como Patrimônio Cultural da Humanidade as seguintes localidades: o Centro Histórico de Cuzco; o Santuário Histórico de Macchu Picchu, o Sítio Arqueológico de Chavín, a Zona Arqueológica de Chan Chán, o Conjunto Conventual de São Francisco, o Centro Histórico de Lima, as Linhas e Geoglífos de Nazca e dos Pampas de Jumaná, o Centro Histórico de Arequipa, o Parque Nacional Huascarán, o Parque Nacional Manú e o Parque Nacional do Rio Abiseo. 

 


Cabeza Clava - Museu Chavín de Huántar, em Huaraz.

Além desses já reconhecidos sítios históricos e arqueológicos, o Peru é o país onde mais se tem encontrado “cidades perdidas” nas últimas décadas, como, por exemplo, o Gran Pajatén (1963), Vilcabamba La Vieja (1964), Vilaya (1985) e Saposoa (2002).

 

 

Isso sem contar os mausoléus, como o da lagoa das Múmias (descoberto em 1996), que inclui fardos de recém nascidos, finamente bordados; o de Sipán (descoberto em 1987), onde se vê o luxuoso enterro de um soberano mochica nas areias de Lambayeque, e tem uma profusão de peças artísticas elaboradas em metais preciosos, e cujo descobrimento é comparado ao do túmulo de Tutankamon no Egito.

E não esqueçamos que o Peru tem também Machu Picchu, recentemente eleita pelos leitores da prestigiosa revista britânica Wanderlust como a “primeira das sete maravilhas da atualidade”, seguida pelos templos de Angkor (Camboja), o Taj Mahal (Índia), Petra (Jordânia), o Grand Canion (USA), a Grande Muralha da China, e as Ilhas Galápagos (Equador). A lista total está conformada por 75 dos mais importantes sítios turísticos do mundo. A revista brasileira Viagem e Turismo outorgou à cidadela inca o segundo lugar na categoria ‘O Melhor no Ecoturismo’.

 

Um dos produtos que a Promperu também destaca é a Amazônia peruana que, diferentemente da brasileira tem áreas de selva rasteira, além da tropical (normalmente mais densa) - o que assegura o desenvolvimento de uma enorme biodiversidade.



Centro Empresarial-San Isidro


Peru, destino Gastronômico

Este ano, um artigo publicado na prestigiosa revista The Economist coloca o Peru entre as 12 melhores gastronomias do planeta. E uma das mais atraentes em preço e qualidade. Esta mesma publicação indicou que o que se consome em Nova York por US$ 200 se obtém em um restaurante de Lima por US$ 35.

 

De acordo com uma pesquisa realizada aos peruanos em 2004, 81% acreditam que a gastronomia peruana deve ser considerada patrimônio cultural da humanidade.

A rica história, a mestiçagem e a fusão de culturas no Peru tem enriquecido a sua gastronomia que é fruto do encontro de civilizações como a chinesa, italiana, espanhola e japonesa com os insumos e preparação andina.

 

 

Um sabor mestiço para o mundo

A história do Peru, vista a partir de um prato típico, remete-nos a séculos de sabores. De acordo com uma pesquisa realizada com peruanos em 2004, 81% acreditam que a gastronomia local deve ser considerada patrimônio cultural da humanidade. As razões são evidentemente animadoras, conclusivas e indiscutíveis para os que têm convivido com tais sensações gustativas desde o berço. Vale à pena mencionar o tempero onde a pimenta é protagonista, a variedade e a riqueza dos produtos nacionais, tão complexas e ao mesmo tempo tão singulares, por conta dos costumes, mitos, rituais e crenças próprias de cada região do país. 

A gastronomia peruana é objeto de estudos sociológicos, antropológicos, econômicos e artísticos, e sobretudo um fator de coesão nacional que tem se alimentado (sem trocadilho) das influências espanhola, italiana, africana, árabe, japonesa e chinesa.

 

O reconhecimento internacional vai chegando pouco a pouco. Este ano, um artigo publicado na prestigiosa revista The Economist posiciona o Peru entre as 12 gastronomias mais saborosas do planeta. E uma das mais contundentes em preço e qualidade. Essa mesma publicação destaca que é possível gastar apenas US$ 35 num restaurante de Lima pelo que se consome em Nova York por US$200. 

Para comprovar o porquê da consagração mundial da gastronomia peruana, deve-se aproveitar as vantagens por ela oferecida. Escolher os ingredientes obtidos graças às diversidades ecológica e climática, com os quais nenhum outro país pode competir, pois neste quesito o Peru é um supermercado de onde se sai com a cesta abarrotada. Ali estão os peixes e os mariscos, as incríveis variedades de tubérculos, frutas e ervas etc.

 

No começo dos anos 80, a cozinha novo-andina começou a tomar forma. Era um novo estilo culinário que reunia, na mesma panela, ervas, temperos, frutas, carnes e verduras nativas da costa, da serra e da selva locais. Assim, a cozinha peruana adquiriu uma nova fisionomia.

 

Apesar de bastante elaborada, antes a culinária peruana não era devidamente apreciada em sua real magnitude, pois não contava com a apresentação sofisticada exigida pela gastronomia internacional. Em 1993 ainda não existia uma escola de chefs no Peru, sendo que hoje são mais de 29 escolas de cozinha e mais de dos mil estudantes se formando a cada ano, sem contar os que se aprimoram no exterior. 

Estes chefs se transformaram em alquimistas, em inventores de delícias gastronômicas, quando passaram a juntar ingredientes como a carne de alpaca, tubérculos e cereais andinos, entre os quais cañihua, oca, kiwicha, mashua, quinua, yacón – sobre os quais ninguém havia pensado em utilizar há algumas décadas para o caso de um grande banquete, por exemplo – de forma espontânea e criativa, e com uma apresentação impecável. O fato avivou a investigação a fogo lento, porém seguro: a fusão das tradições como fator de desenvolvimento de uma proposta cosmopolita.

Pratos típicos e populares como o ceviche, arroz com pato, pimenta de galinha, pachamanca, arroz com frango, lomo saltado, espetinhos, arroz chaufa (prato híbrido preparado à base deste cereal, que mistura ingredientes com sabores chineses), chupe de camarões, carapulcra (prato à base de batata desidratada, amendoim e carne de porco) e os feijões com cordeiro têm enriquecido ainda mais pratos requintados, como a trucha marinada com blinis de achira e pasionarias, chicharrones em molho de maçã, mero em aguaymanto (fruta da selva), polvo a brasas com vinagrete de yacón (tubérculo doce), anteojo de queijo e trucha no molho de maracujá, salada de quinua com lomo de alpaca em costra de azeitonas ou creme de loche ao curry com queque de caranguejo.

Os cardápios dos mais seletos restaurantes do Peru colocam em suas vitrines produtos para exportação. É o caso do milho roxo, a fruta do conde, o sapoti, a quinua, o limão, a manga e a pimenta. O fato poderia gerar uma rede de abastecimento de ingredientes peruanos, de forma a se incorporarem às cozinhas de outros recantos do mundo.

 

Há muitas coisas a serem fortalecidas para se garantir a confiabilidade no potencial econômico da gastronomia peruana. A qualidade e o nível de investimentos dos restaurantes de Lima estão acima da média regional. De acordo com a Câmara Nacional de Turismo do Peru, 5% dos estrangeiros que visitam o país vêm exclusivamente para participar de tours gastronômicos. Além destes, outros, que não chegam com este objetivo, mas que retornam com o paladar deliciado e a firme intenção de voltar.


Pisco-sour

O fato do Instituto Nacional de Cultura do Peru ter nomeado Lima como a Capital Gastronômica da América não é apenas um motivo de orgulho pátrio, mas um passo significativo na grande tarefa de fazer com que estes deliciosos pratos se tornem conhecidos e sejam promovidos pelo mundo afora. O potencial está aí. Muitos consideram que em vinte anos o Peru será a “Terra Prometida” dos gourmets. 

Ceviche - A estrela marinha da mesa peruana

 

 


Ceviche

O turista não pode retornar do Peru sem provar um bom ceviche. Ainda hoje é como ser fisgado pelo anzol, como ocorria há séculos quando os homens famintos em alto mar consumiam o cebo (dizem que é daí a origem do nome), usado para a pesca, perante à falta de alimento. Este típico prato de peixe cru temperado com gotas de limão é a porta de entrada à gastronomia peruana. Dizem também que pode até se transformar num vício, fazendo com que o turista se apaixone pelo país. No Peru, a conquista do visitante começa pelo estômago.

 

Não há dúvida de que todos os gostos coincidiram no ceviche. Está demonstrado que mais da metade da população (57%) da capital, Lima, acredita que é o melhor representante da culinária peruana.

 

O ceviche é um prato que requer poucos ingredientes: peixe fresco, macerado imediatamente no suco de limões maduros, mais pimenta, um pouco de sal e cebola bem picada. Por isso, diante desta receita clássica e simples, não tardará a aparecer alguém que incorpore um toque pessoal.

 

Alguns cozinheiros asseguram que, para ser o melhor, o ceviche deve ser preparado com peixes de carne branca e de filés suaves, como a corvina, o linguado ou o mero. Para cortar a carne, deve-se ter o domínio de uma técnica apurada e, no momento de curtir o peixe com limão, é necessária precisão de relojoeiro. 

O ceviche é geralmente servido sobre folhas de alface, acompanhado com camote doce (tubérculo de consistência similar à da batata) amassado e grãos de milho grandes e suaves.

 

Não há país banhado por um oceano que não tenha em sua carta de apresentação um prato à base dos mesmos ingredientes. O ceviche peruano se define pelo seu sabor incomparável de limão e a riqueza nutritiva de seus peixes, pois suas proteínas contêm todos os aminoácidos essenciais, além de cálcio, magnésio, fósforo, ferro, zinco, iodo, potássio, mangnésio e óleo ômega 3. No mar peruano há uma imensa variedade dessas espécies, talvez como poucos lugares no planeta. 

Outro fator a considerar é que as águas do oceano Pacífico proporcionam a seus peixes uma carne de maior consistência e firmeza, e um sabor diferente das espécies do Atlântico, por causa da abundância de plâncton e a presença de correntes frias.

 

Em Lima há mais de 1.500 cevicherias. Assim se chamam os restaurantes especializados em pescados e mariscos, considerados como uma das atividades mais competitivas para quem pretende iniciar um novo negócio. Os mais exclusivos encontram-se nos distritos mesocráticos de Miraflores, San Isidro e Surco. 

Talvez os mais saborosos saiam de uma cozinha caseira e encontrá-los exige um paladar treinado de detetive. Na realidade, em toda a costa peruana - que inclui os departamentos de Tumbes, Piura, Chiclayo, Arequipa – sabe-se que, quando se trata de degustar este prato, é melhor que seja sob um sol luminoso de verão e frente ao mar. Mesmo assim, uma recente pesquisa de mercado apontou que nos meses de inverno a demanda diminui apenas 10%.

 

De acordo com os tipos de ingredientes utilizados e os estilos regionais de elaboração, pode-se encontrar ceviches preparados com todos os tipos de peixes e mariscos, polvo e conchas negras. Não faltará cozinheiro que agregue pimenta, alhos e salsinha picada. Porém há variações no ceviche que incluem leite fervido e queijo parmesão.

 

Para os peruanos o ceviche não é apenas um símbolo nacional, presente tanto no cardápio das pessoas mais modestas quanto na mesa dos mais abastados, mas é também um emblema das possibilidades de se fazer negócios e gerar mudanças no Peru. 

Um exemplo disso é o programa de capacitação Ceviche: Imagem do Peru, iniciado em 2002 pela Comissão para a Promoção da Pequena e Microempresa (Prompyme). Por seu intermédio, foram convocados os restaurantes que desejavam adequar seus processos de modo a atingir um alto padrão de qualidade e de serviço aos seus clientes. O sucesso da iniciativa foi só uma questão de tempo. Assim foi que Ceviche: Imagem do Peru se converteu numa associação com 35 restaurantes em Lima. Cada qual investiu em média US$14 mil para modificar seus próprios conceitos de acomodação, atenção e boas práticas na preparação de alimentos. Graças a esta mudança, o faturamento médio dos empreendimentos aumentou em 100%, com ganhos de freqüência superiores a 40%.


 

Santuário Histórico Machu Picchu

 

 

 

Os objetivos da criação do Santuário foram proteger as espécies em vias de extinção, como o urso de óculos (Tremarctos ornatus) e o galo da rocha (Rupicula peruviana), bem como os restos arqueológicos do local. Além disso, preservar a flora e a fauna da região, e as belezas paisagísticas dos bosques circundantes, bem como contribuir para a proteção dos restos arqueológicos do local.

 

Muito da beleza e do encanto ao redor de Machu Picchu é o seu espetacular entorno natural: os bosques de montanha deste santuário histórico. A cidadela de Machu Picchu é o atrativo turístico mais importante de Cusco. Descoberta em 1911 pelo explorador norte-americano Hiram Bingham, esta cidadela é considerada uma das mais extraordinárias amostras da arquitetura paisagística do mundo.

 

Machu Picchu está situada sobre uma montanha de estrutura de granito. Utilizando criativas técnicas, os Incas conseguiram transportar pesados blocos de pedra assim como esculpi-los e poli-los.

 

É conhecida como a Cidade perdida dos Incas, considerada além disso, como uma das novas maravilhas do mundo devido às suas pedras e à lendária e espetacular construção, na qual se destacam seus terraços, suas fortalezas, suas muralhas, seus cemitérios, e seus aquedutos sobre abismos, todos rodeados de gigantescos cumes que lhe conferem uma paisagem extraordinária, reconhecida mundialmente, e que faz dele um atrativo de primeira grandeza para turismo internacional e nacional.

 

O Santuário Histórico de Machu Picchu está localizado entre os distritos de Machu Picchu e Ollataytambo, em Urubamba, na região de Cusco, tem uma superfície de 38.448 hectares e protege os recursos naturais, culturais, arqueológicos e históricos localizados no interior do santuário; protege além da flora, a fauna e a paisagem ao redor tanto da cidadela Inca de Machu Picchu, como da ampla rede de restos arqueológicos unidos pelos Caminhos Inca. Parte da fauna representativa do santuário está formada pelo galo da rocha (ave nacional do Peru), o urso andino ou ucumari, o veado anão ou sachacabra e uma grande variedade de espécies de aves (423 espécies). Em relação às espécies de planta, podem ser encontradas em torno de 350 espécies de orquídeas, muitas delas únicas no mundo.


Arquitetonicamente, o santuário se encontra dividido em setores ou zonas:

Setor agrícola: Está rodeado por uma sucessão de andenes (plataformas de cultivos) com diferente tipos e dimensões que possivelmente cumpriam duas funções principais: Cultivo e contenção das erosões produzidas pelas chuvas. No setor agrícola estão cinco habitações com características de depósitos chamadas collpas ou celeiros.

 

Posto de vigilância: Constituído por um edifício de três muros com várias janelas, situado antes da portada principal. Desde este edifício se observa panoramicamente os dois grandes setores Agrícola e Urbano e o ambiente paisagístico.

 

Cemitério superior e rocha ritual: Em Machu Picchu, como em todas as cidades Incas, os enterros foram feitos nas zonas periféricas. Nesta zona encontraram-se restos ósseos e na parte superior encontram-se cantos rodados (pedras), que pertencem ao lugar, o que indica que foram realizadas oferendas nestas mencionadas pedras.

 

Setor urbano: Delimitado pelo setor agrícola por uma escavação seca e paralelamente observa-se uma longa escalinata que conduz à porta principal. Este setor abriga os maiores elementos arquitetônicos de uma cidade (llaqta) inca. A cidade tem forma de U. Ao norte, observa-se um grande sub-setor religioso dos templos, ao sul o conjunto de habitações e ateliês em andéns (plataformas) que Hiram Bingham denominou grupo militar.

 

Templo do Sol: É uma construção semicircular edificada sobre uma rocha maciça, bloco de granito existente adaptado à curvatura natural cujo perímetro é de 10.50m. Neste edifício há duas janelas trapezoidais com protuberâncias em cada esquina, e no lado norte há uma porta finamente lavrada com perfurações nas jambas, muito similares ao do Templo do Qoricancha em Cusco.

 

Intiwatana: localizado em uma colina disposta com vários terraços e pataformas, chega-se por meio de 78 degraus finamente lavrados. Ao terminar, encontra-se e um pátio aberto com muros também lavrados, com um terraço superior, onde há uma rocha de granito entalhada de três degraus. A denominação Intiwatana devia cumprir duas funções específicas: como rocha e medição do tempo (solstício e equinócio) por efeito de luz e sombra. Em quechua significa Inti=sol e Wata=ano, observatório do ano solar. Muitos estudiosos afirmam que os Intiwatanas serviam como pontos direcionais e nos ângulos encontra-se o norte magnético. Em todo caso, tratava-se de um eixo ritual de grande significado religioso.

 

Rocha sagrada: Apresenta uma peça monolítica lavrada de 3 m de altura e 7 m de base que se assemelha a um felino. De outro ângulo observa-se como o perfil de uma montanha circundante a Machu Picchu. Pelas características que este grupo apresenta, e pelas duas “huayranas” habitações de três muros, é bem possível que tenham servido para rituais.

 

Templo das Três Janelas: Situa-se no lado oriental da praça principal, tem uma grande planta retangular e o nome deve-se a que na parte matriz existem três lindíssimas janelas e dois vãos cegos. O tipo arquitetônico desenvolvido neste recinto juntamente com o templo principal é o mais impressionante de todo Machu Picchu: são enormes poliedros finamente esculpidos e unidos com milimétrica precisão.

 

Templo principal: Está ao norte da praça sagrada, bem perto das Três janelas, construído em forma de wayrana, isto é, retangular, mas só com três paredes. Tem 11m de comprimento por 8m de largura e suas muralhas têm uma espessura de 0.90m. Há uma pedra esculpida que servia de altar ao pé do muro principal.

 

Las puertas: Apresentam variadas características de textura, tamanho e estilo arquitetônico que as diferenciam umas das outras, apesar de que todas coincidem com a tradicional forma trapezoidal. Algumas têm um diferente mecanismo de segurança como argolas de pedra, caixotes centrais e outros que serviam para atar troncos transversais e dar maior segurança às portas.

 

Mausoléu ou tumba: O enorme bloco de pedra inclinado que suporta o templo do sol na parte inferior apresenta uma gruta que está decorada e acondicionada com uma excepcional maestria, que depois seria utilizada como mausoléu. Também foi lugar de adoração e oferenda às múmias das principais autoridades; na entrada apresenta representação do signo escalonado da deusa terra. Em seu interior se observam cravos líticos e outros acessórios utilizados para fins litúrgicos e atenção às múmias.

 

As praças: São quatro praças dispostas em diferentes níveis, que se caracterizam por apresentar formas retangulares de estilo clássico-inca, intercomunicadas por escalões encravados nos parâmetros dos andéns (plataformas). A maior praça é a praça central, usada para atividades religiosas e sociais.

 

Parte de sua arquitetura é representada também pelas edificações localizadas na montanha de Huayna Picchu (montanha jovem, em quéchua), cujo caminho começa na rocha sagrada; chegar lá em cima leva aproximadamente 1 hora. Esta montanha abriga numerosos grupos arqueológicos, e do cume se pode apreciar um conjunto de plataformas provavelmente com fins rituais. Dizem que no topo da montanha, o visitante tem a sensação de estar suspenso no ar.

O guardião eterno do Santuário, a Huayna Picchu, levanta-se imponente na cidadela Inca. Subir até o topo é outra experiência inesquecível. No trajeto, apreciam-se recintos sagrados e admiráveis terraços construídos sobre o precipício. A subida é realizada, partindo da praça principal de Machu Picchu através de um caminho, construído pelos próprios Incas, que está sinalizado e em bom estado. A vista panorâmica é impressionante: Machu Picchu em todo seu esplendor, o cânion de Vilcanota e as montanhas circundantes. A caminhada dura entre duas a três horas.

 

Outra das manifestações arquitectônicas é a Wiñayhuayna (“Por sempre jovem” em Quéchua), grupo arqueológico que conclui a interminável descida do Caminho Inca. De lá, a Intipunku o caminho ainda que perigoso é relativamente plano com leve pendência atravessando pelos bosques mais definidos, úmidos e altos, coberto em sua maioria por arbustos e herbáceas entre solo e rocha que possibilitam condições adequadas para certas espécies de orquídeas (como a Telipogon, Maxillaria, Brassia, Platystele, Elleanthus, Stelis, Cyrtochilum, etc). Wiñaywayna talvez seja a construção mais linda da Trilha Inca, mas para chegar são necessários três dias de caminhada. Situada a 2700 m de altitude, possui um pequeno setor urbano com o destaque de dez fontes rituais e uma torre construída com pedras lavradas. Outra atração é a escalinata que conecta os diversos níveis do complexo e o setor agrícola, com terraços pendentes que desafiam o precipício que vai dar ao cânion de Vilcanota. Não é necessário realizar os quatro ou oito dias da Trilha Inca para conhecer Wiñaywayna. Para chegar, deve-se partir do povoado de Machu Picchu e seguindo a via férrea, iniciar a subida no km 104. A caminhada dura 3 horas e meia.

 

A uma pequena distância e tempo, chega-se ao ponto chamado Intipunku ou Puerta del Sol, onde há milhões de Tillandsias que forram os despenhadeiros verticais e desafiantes, além de plantas de diferentes gêneros, como a Epidendrum, Sobralia, Encyclia, Pelexia, Ellenathus, Lycaste, Bletia, Spiranthes, Pleurothallis, etc.

 

Intipunku: “Porta do Sol” em Quéchua, é a entrada a Machu Picchu pela Trilha Inca. O ideal é chegar antes do amanhecer para contemplar como a cidadela Inca vai aparecendo enquanto a neblina vai desaparecendo. É um espetáculo comovente, emocionante e inesquecível. O Intipunku oferece uma vista majestosa e total de Machu Picchu e da montanha sagrada de Huayna Picchu. Está formado por escalinatas empinadas esculpidas em pedra e por construções que fazem supor que foi uma espécie de aduana para o controle das pessoas que ingressavam e saíam da cidadela.

Faz parte da rede de caminhos que os Incas desenvolveram para unir os principais centros administrativos e religiosos em todo o Tahuantinsuyo. Uma dessas vias comunicava Cusco com Machu Picchu. Para realizar todo o percurso, leva-se oito dias e é recomendável estar com uma excelente preparação física, pois passa pelas ladeiras do nevado Salkantay. Já para o percurso de um dia, que também permite viver uma linda experiência, não há a necessidade do rigor de um trekking exigente, e a parada principal é o sítio arqueológico de Wiñaywayna.

 

Templo da Lua: Partindo da praça principal de Machu Picchu, realiza-se uma caminhada de três horas para chegar a este templo, onde está presente a conceitualização religiosa dos três níveis do mundo andino: o Hanan Pacha (o mundo encima da terra), o Kay Pacha (o mundo da terra) e o Ukju Pacha (o mundo interior da terra), representados pelo Condor, pelo Puma e pela Serpente.

 

Para colaborar com a conservação deste valioso Monumento Arqueológico, Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade, devem ser seguidas as seguintes recomendações:


- Levar bebidas só em cantil
- Não levar nem consumir alimentos dentro do monumento
- Ingressar em um grupo de no máximo de 20 pessoas
- Não subir nos muros da cidadela
- Está proibido fazer fogueira
- Utilizar os lixeiros indicados
- Não perturbar as espécies de flora e/ou fauna do lugar
- Não contaminar as fontes de água
- Caminhar pelos circuitos sinalizados

 

Durante o percorrido pela Trilha Inca, está absolutamente proibido:
- Jogar lixo
- Acender fogueira e cozinhar com lenha
- Pernoitar nos sítios arqueológicos
- Recolher plantas, flores, insetos e animais na rota.

 

As orquídeas de Machu Picchu são atrativas como tema de investigação, não apenas por serem únicas, mas principalmente porque as condições ecológicas ambientais e geográficas possibilitam que estejam reunidas em um mostruário SUI GENERIS.
Na parte baixa do santuário, próximo à margem do Vilcanota, existem espécies de diferentes gêneros como: Trichopilia, Anguloa, Maxillaria, Lycaste, Pleurothallis, Epidendrum, Dichae, Sobralia, Masdevallia, Stanhopea, Brassia, Erithrodes, Schomburgkia, Scelochilus, Cyrtopodium, Xylobium, Barbosella, Oncidium, principalmente.

Dentro de todos estes gêneros, destacam-se as Epidendum Secumdum mais conhecida como Wiñayhuayna, que significa sempre jovem. É uma das plantas mais populares no ambiente, cresce ao ar livre, sobre rochas ou troncos com musgos, floresce boa parte do ano e a flor mede 2cm aproximadamente.

A Masdevallia Veitchiana ou Waqanki, que significa chorarás, é uma das espécies mais belas, cresce entre o bosque ou matagal/matorral alto e ralo; em solo rico e solto. Está em perigo de extinção e a flor alcança até 14cm. A Sobralia Satigera, chamada também flor de um dia, por conta da sua curta duração e delicadeza, cresce geralmente ao ar livre ou pouquíssima sombra, em solo rico e solto, ligeiramente úmido; sua flor mede 8cm.

É possível observar também árvores de Pisonay (Erithrina Falcata) e q’euña de altura (Polylepis racemosa), Shapunga ou helecho arborescente (Cyathea sp), e bromélias que disputam cada centímetro dos ramos, entre orquídeas, musgos e liquens, os que se agrupam conferindo aos ramos a aparência de estar forradas por um abrigo verde e úmido.

 

Sobre o acesso:
Para que os estudantes estrangeiros possam ter a tarifa correspondente é necessário que apresentem o carnê Internacional de Estudiantes (ISIC).


Informações:

Santuário Histórico Machu Picchu

 

 

 

Localização: Urubamba - Cusco

https://www.inrena.gob.pe

Data de criação: 8 de janeiro de 1981
Extensão: 38.448 hectares
Altitude: 2.400m
Temperatura: -6°C a 24°C
Período de chuvas: outubro a março

Venda de tickets de ingresso a Machu Picchu em:
INC Cusco
Calle San Bernardo S/N
L-D 7:00-16:00

INC de Aguas Calientes
Av. Pachacutec S/N, Centro Cultural L-D (incluído feriados), de 5:00-22:00h.

Existem ônibus que levam desde Aguas Calientes ao Santuário a partir da 05:30h, cada 15 minutos, esta freqüêcia se das 13:00 h e o último ônibus de retorno é as 17:00 horas. O tempo de percurso é de 25 minutos aproximadamente e os custos são:

Adultos Estrangeiros: USD 12.00 (ida e volta)*
Adultos Nacionais: USD 9.00 (ida e volta)
Criança: USD 6.00 (ida e volta)

 

* Valores podem ter sofrido alteração
Capacidade máxima: 1.500 pessoas por dia.

 

Atividades da atração:

Observação de mariposas, Observação da fauna, Observação da flora, Observação de aves, Banhos medicinais, Termalismo, Rituais místicos e esotéricos, Trekking, Andinismo, Caminhada, Camping, Atividades religiosas, permitido bater fotografias e realizar filmagens, Atividades culturais, Visitas guiadas, Estudos de investigação

Serviços dentro da atração: Serviços higiênicos, Segurança, Hotéis, Albergues, Escritório de informação, Escritório de proteção ao Turista

 

*Entrada - bilhete:

Criança de 0 a 7 anos Livre

Criança de 8 a 12 anos S/. 30.50**

Adulto S/ 61.00

Estrangeiro S/ 120.50

Percurso:

Trem - 4 horas - 110 km da cidade de Cusco até o povoado de Machu Picchu

Ônibus Turístico - 25 minutos aproximadamente - Do povoado de Machu Picchu até o monumento

Carro - Ônibus Público - 20 horas - Da cidade de Lima até a cidade de Cusco

 

* Valores podem ter sofrido alteração

** S/ (Nuevo sol) é a moeda peruana.

 

 

 

 

 

 

 

Para saber mais, acesse o site oficial da PromPerú: www.peru.info.

Informações: Interamerican Travel Industry Network-Candice Alcântara
Imagens: SAN ISIDRO EN LIMA - MAGALÍ DEL SOLAR -PROMPERU 
CABEZA CLAVA -CHAVIN HUÁNTAR-HUARAZWILFREDO LOAYZA-PROMPERÚ