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Mato Grosso do Sul

 


 

Refúgio Ecológico Caiman – um paraíso em meio ao Pantanal

Conhecido como um dos principais santuários da biodiversidade mundial, o Pantanal conta com uma vida selvagem rica e abundante e também apresenta uma vegetação fascinante, que mescla cores e formas num belíssimo espetáculo.
 



Refúgio Ecológico Caiman 

 

Localizada no Pantanal Sul-matogrossense, mais especificamente na cidade de Miranda, e com uma área de aproximadamente 53 mil hectares, a Estância Caiman, hoje Refúgio Ecológico Caiman (REC), surgiu em 1985. A denominação de REC visa reunir as três atividades que dividem o mesmo espaço físico: Estância Caiman (fazenda de criação extensiva de gado de corte), Pousada Caiman (operação de ecoturismo pioneira no Pantanal de Mato Grosso do Sul) e Programa de Conservação da Natureza, que além de parceiros com diversos projetos científicos como o Projeto Arara-Azul e o Projeto Papagaio-Verdadeiro, desenvolve amplo contato e intercâmbio com universidades e mantém uma Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) de 5, 6 mil hectares.

 

Todas essas atividades têm como objetivo a troca de informação e experiências, com uma gradual interdependência entre todas elas. O resultado é o maior controle das ações econômicas e ambientais, que deverão sempre procurar atingir a sustentabilidade da presença do homem no Pantanal, em harmonia com o meio ambiente.

 

No Pantanal, estima-se que vivam mais de 650 espécies de aves, mais de 80 espécies de mamíferos e mais de 260 espécies de peixes. Entre elas, estão: araras, tucanos, tuiuiús, garças brancas, maritacas, biguás e jacarés, que fazem a alegria dos turistas que passeiam pela região e o acompanham pela maior parte do trajeto. Alguns bichos são difíceis de encontrar, como a onça pintada que vez ou outra dá o ar de sua graça, as lontras e os tamanduás. O fim da tarde é o melhor período para se conhecer a riqueza da fauna pantaneira, já que o sol mais baixo faz com que os animais saiam de suas tocas.

 

Além disso, o Refúgio Ecológico Caiman conta com o Centro de Interpretação Ambiental, espaço cultural que apresenta um extenso painel sobre o ecossistema pantaneiro e um cronograma da região, embutido na história do Brasil. Nele, o hóspede passa por uma sequência de corredores, onde estão fixadas belíssimas imagens da paisagem, fauna, flora e cultura pantaneiras.

 

O grande diferencial do REC – além do conforto oferecido em pleno Pantanal – está na preocupação com a contemplação à fauna e flora brasileiras, sem que exista invasão aos hábitos e privacidade dos animais e plantas. Além disso, é cobrada uma taxa ambiental de R$ 50 (por pessoa), destinada à manutenção das condições ambientais da RPPN Dona Aracy (Reserva Particular do Patrimônio Nacional) e, consequentemente, à preservação do Pantanal Sul-matogrossense.

 

Passeios e Atividades

Os passeios contemplados no pacote são diversos – sendo sempre um pela manhã, um à tarde e, às vezes, outro à noite. Entre eles estão: umaCaminhada logo cedo pelos arredores da pousada para observação da fauna pantaneira. Na ocasião, é feita uma parada na Ponte do Paizinho, onde é possível observar dois dos símbolos do Pantanal bem de perto, os jacarés e a arara azul. Há opção de fazer um Safári Fotográfico, que facilita o acesso aos locais mais distantes da fazenda, e observar as peculiaridades e contrastes da vegetação, como também uma grande variedade de animais. Na volta do passeio, no final da tarde, o visitante é presenteado com o bonito pôr-do-sol do Pantanal.

 

Ainda na programação, há a opção de vivenciar um Passeio à Cavalo, com direito a uma parada para participar da rodinha de “Tereré”, bebida típica da região. O hóspede também poderá fazer um Passeio de Canoa Canadense, realizado nas baías que banham as pousadas. Desta forma, irá contemplar a vegetação e as aves aquáticas com maior proximidade. À noite, é possível fazer uma Focagem Noturna, realizada nos mesmos caminhões de safári fotográfico, com duração aproximada de uma hora e meia. O ponto alto do passeio é quando se avistam os jacarés, cujos olhos têm um reflexo vermelho impressionante, e a divertida busca por jaguatiricas e onças pintadas.

 

Em todos os passeios e atividades, o hóspede sempre é acompanhado pelos Caimaners (guias graduados, bilíngues em português/inglês) e pelos guias de campo, moradores da região que conhecem profundamente o Pantanal.


Anta

 

Acomodações

O Refúgio Ecológico Caiman é formado por duas pousadas (Baiazinha e Cordilheira), com operações independentes. Em todas, é oferecido o mesmo contato com a fauna, flora e cultura pantaneira, bem como o mesmo padrão de serviço, com piscina, ar condicionado nos apartamentos, banheiros privativos com banho aquecido, fontes de corrente alternada de 110 volts, sala de estar com TV e DVD, bar e restaurante.

 

Já na infra-estrutura central da fazenda o hóspede conta com central para telefonia e fax, acesso à internet, enfermaria, loja de souvenires, e sistema de rádio – o que facilita a comunicação e segurança em toda a área da fazenda, entre guias, supervisores e gerências, tanto da operação hoteleira quanto da pecuária.

 



Com o formato de uma ave de asas abertas, a Pousada Baiazinha fica a 9km da Sede. Sua estrutura sobre palafitas sustenta seis apartamentos standard duplos, com capacidade para até 12 pessoas. Situada às margens de uma baía de águas claras, proporciona um ambiente mágico e acolhedor aos seus hóspedes.

 

Já a Pousada Cordilheira dispõe de 5 suítes com quarto e sala duplas, com capacidade para até 10 pessoas. Localizada a 13km da Sede, foi construída com tijolos e erguida sobre palafitas. Situada às margens de uma mata de cordilheira, integra-se perfeitamente à natureza que a rodeia.

 

Em todas as pousadas, o valor da diária inclui pensão completa (café da manhã, almoço e jantar), all inclusive de bebidas (exceto alcoólicas), atividades regulares – como a caminhada, o safári fotográfico e a cavalgada -, e o acompanhamento dos guias. Só não estão inclusos traslados e taxa ambiental.

 

Desde o início de março de 2010, o Refúgio Ecológico Caiman (REC) está operando em um novo regime – o Private Villas (aluguel de casas privativas). Ideal para férias em família ou até mesmo uma viagem entre amigos, a nova configuração foi aplicada nas pousadas Baiazinha e Cordilheira, com operações independentes, e que foram totalmente reformuladas para atender a essa demanda. Uma das vantagens de se alugar uma das pousadas é a opção de menus para a escolha de passeios e horários, que poderão ser montados de acordo com a vontade do grupo. O período para alugar uma das pousadas será de 1º de março a 30 de junho, e de 02 de setembro a 31 de dezembro.

 

Já no período de 01 de julho a 02 de setembro, o REC irá atender seus hóspedes em reservas individuais e FITs (foreing independent traveller) que optarem por continuar usufruindo de seus pacotes tradicionais disponíveis no mercado e vendidos pelas operadoras e agências parceiras.

 

Sobre os Projetos Ambientais

RPPN

Criada oficialmente em 2004, a RPPN (Reserva Particular de Patrimônio Natural) conta com uma área de 5,6 mil hectares, que abrigam e garantem a proteção de muitas espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes. Com o objetivo de desenvolver parcerias com projetos nacionalmente reconhecidos e de grande impacto em prol da conservação do Pantanal, o REC vem ganhando projeção nacional e internacional e, atualmente, abriga três projetos que visam o monitoramento e a conservação de espécies ameaçadas de extinção. São eles: Projeto Arara-Azul (coordenadora Neiva Guedes) e Projeto Papagaio-Verdadeiro (coordenadora Gláucia Seixas).

 

A área da RPPN foi escolhida com o auxílio da equipe da Universidade de São Paulo, ESALQ, através de fotos de satélite, tentando englobar a mais representativa região da fazenda, de maneira que o maior número de diferentes habitats estivessem dentro dela. Podemos encontrar nestes 5,6 mil hectares: cerradões, campinas, carandazais, cerrado baixo, vazantes, corixos, capões e cordilheiras.

 

Projeto Arara-Azul

Coordenado por Neiva Guedes, o Projeto Arara-Azul foi criado com o objetivo de estudar a biologia e ecologia da arara-azul, (Anodorhynchus hyacinthinus), em seu ambiente natural. É um exemplo positivo da conservação no Brasil, que nasceu de uma iniciativa pessoal e vem sendo realizado ininterruptamente por 16 anos com o apoio de várias instituições, empresas e ONG´s, como UNIDERP, Toyota, WWF Brasil e Refúgio Ecológico Caiman.

 

Desde o início já foram realizados estudos sobre a biologia, ecologia, comportamento, genética, conservação, sanidade, nutrição e foram instaladas centenas de caixas-ninhos artificiais. Recentemente, foram desenvolvidas técnicas de manejo de ninhos naturais e artificiais, bem como o manejo de ovos e filhotes para aumentar o sucesso reprodutivo da espécie na natureza. Com o Projeto, a arara azul passou a ser utilizada como uma bandeira para a conservação da biodiversidade e obteve muitos resultados positivos. No início, a população de araras-azuis no Pantanal era estimada em 1500, hoje são mais de 5000. Não só está aumentando, como também expandindo para locais onde não mais ocorria.

 

Projeto Papagaio-Verdadeiro

Visando gerar informações sobre a espécie e alertar a população quanto aos danos à natureza, decorrentes do tráfico de animais silvestres, a zootecnista e doutoranda em Ecologia e Conservação/UFMS, Gláucia Seixas, iniciou em 1997 o Projeto Papagaio-Verdadeiro. O projeto quer chamar a atenção para um importante aspecto: a retirada desses animais da natureza, sem nenhum critério, e a destruição do ambiente onde vivem, que pode contribuir para a extinção da espécie.

 

Muitos resultados já foram produzidos ao longo desses anos, incluindo informações sobre: monitoramento de papagaios apreendidos e soltos com o uso de radiotransmissor; monitoramento de ninhos, ovos e filhotes de papagaios de vida livre; monitoramento de dormitórios coletivos de papagaios nativos e verificação do padrão de atividade diária dos papagaios e o uso dos recursos naturais para alimentação e reprodução. Todas as atividades foram desenvolvidas com o apoio de uma equipe composta por biólogos, médico-veterinários, zootecnistas e auxiliares de campo. O projeto é executado por uma Organização Não Governamental de Mato Grosso do Sul, a Fundação Neotrópica do Brasil. Além do REC, o projeto conta com doações, venda de produtos do projeto e apoios de empresas como o Parque das Aves - Foz Tropicana, Refúgio da Ilha Ecologia e Fazenda San Francisco.

 

Refúgio Ecológico Caiman

Estância Caiman S/N – Pantanal – Zona Rural – MS

Reservas: (11) 3706-1800 ou caiman@caiman.com.br

www.caiman.com.br