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Minas Gerais

 


 Nos trilhos da história de Minas

 

Viagem pelos trens turísticos tem horários extras no período de férias escolares

Minas Gerais conserva orgulhosa um patrimônio histórico que brinda a época dourada do Brasil, numa riqueza de lembranças cultivadas pela descoberta de minas e a exploração do ouro. Nesse cenário pitoresco, famosos – e também charmosos - passeios atraem cada dia mais turistas para a região. Os trens turísticos da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) resgatam o passado em trechos que unem as principais cidades históricas mineiras: a viagem da maria-fumaça que liga São João del-Rei a Tiradentes, com duração de 50 minutos, e o Trem da Vale, que vai de Ouro Preto a Mariana em uma hora. O embarque nesse período de férias escolares terá horários extras. Ao todo, serão mais de 100 saídas de trem. São João Del Rei - Tiradentes

No trecho entre São João del-Rei e Tiradentes são 12 km de passeio pela antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas (EFOM), inaugurada em 1881 por D. Pedro II. No entorno, fazendas centenárias, rios, montanhas e estações que preservam a arquitetura do século XIX. A maria-fumaça Baldwin é a única locomotiva a vapor em atividade no mundo, rodando em bitola de 76 cm. Além do passeio, os turistas também podem conhecer mais sobre a história do lugar visitando o Museu Ferroviário, localizado na própria estação.

Serão 72 viagens no período de férias escolares. Além de horários a mais às sextas, sábados e domingos, o trem vai operar nas últimas duas quintas-feiras do mês (dias 20 e 27). Às sextas-feiras e sábados, o trem sai de São João del-Rei às 10h e 15h e, de Tiradentes, às 13h e às 17h. Aos domingos e feriados o trem sai de São João del-Rei às 10h e 13h e, de Tiradentes, às 11h e às 14h.

As passagens de ida custam R$ 22 e as de ida e volta, R$ 35. As visitas ao Museu Ferroviário estão disponíveis de quarta a domingo, de 9h às 11h e de 13h às 17h. A entrada é R$ 3.

 

Ouro Preto - Mariana

O trajeto de 18 km entre Ouro Preto e Mariana foi totalmente revitalizado e reinaugurado em 2006. Além da paisagem com matas, rios e cachoeiras, o passeio oferece entretenimento e cultura. As estações, cujo acesso é gratuito, foram reformadas e oferecem atrações como a Praça Lúdico-Musical, Bibliotecas, Vagão dos Sentidos e o Vagão Café.

O Trem da Vale terá 52 opções de viagem em janeiro, 28 delas extras. Fora a programação habitual de sexta a domingo, saindo de Ouro Preto às 10h e de Mariana às 14h, o trem funcionará em três quintas-feiras do mês (dias 13, 20 e 27), dando mais oportunidades aos visitantes de usufruírem do passeio.

As estações de Mariana e Ouro Preto funcionam de terça a domingo e em feriados nacionais, de 9h as 17h30. As tarifas custam R$ 22 para ida ou R$ 35 ida e volta.

Mais informações no site www.fcasa.com.br/trens-turisticos

 

Sobre a FCA

A Ferrovia Centro-Atlântica é responsável pela operação de uma malha com cerca de 8 mil km, abrangendo sete estados (Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sergipe, Goiás, Bahia, São Paulo), além do Distrito Federal. A empresa tem cerca de três mil empregados e possui uma frota de mais de 500 locomotivas e 12 mil vagões. Entre os principais produtos transportados estão grãos, combustíveis, derivados de petróleo, cimento, calcário e fertilizantes.


 DIAMANTINA 



Diamantina-MInas Gerais (Imagens:Antonia Feitoza)

Histórico

 

Corria o ano de 1734 quando a Coroa Portuguesa fez a demarcação do território devido ao grande número de diamantes encontrado nesta região.

 

Pequenas casas baixas, uma capela dedicada a Santo Antônio e uma população flutuante, caracterizavam a simples sociedade do Arraial do Tijuco. A elevação de arraial à vila, 1832, sob denominação de Diamantina, a flexibilidade da Real Extração na exploração dos diamantes, facilitou uma nova configuração urbana e social da cidade. Nascia assim uma “sociedade plural, heterogênea e múltipla, que era dificilmente dominada pelas autoridades. O espaço da diversidade e do conflito”[1]. Pobres e ricos, negros escravos e forros, autoridades e fora-da-lei, faziam dela um lugar ímpar no norte de Minas Gerais.

As bandeiras paulistas saídas da Vila do Príncipe em 1713, seguiram o curso do Rio Jequitinhonha e na confluência do córrego Piruruca e Rio Grande descobriram grande quantidade de ouro. A área mais rica localizava-se num pequeno afluente do Rio Grande e ali se fixaram os primeiros povoadores, dando origem ao arraial do Tijuco – “que significa barro, na língua dos índios”. Apesar da grande quantidade de ouro, alguns anos depois foram encontrados as primeiras jazidas de diamantes, que eram comercializadas sem o controle da metrópole.


O Passadiço e o Mercado Municipal (Imagens:Antonia Feitoza)

Apenas em 1730, através de Regimento, determinaram-se as primeiras medidas de controle, instituindo-se cobrança do quinto, o lançamento da capitação sobre cada escravo empregado na mineração diamantífera, a anulação das concessões de datas e a proibição da exploração do ouro na região. Assim, a Metrópole passou progressivamente a legislar sobre a região, criando uma administração própria que, sem dúvida, teve uma forte influência na configuração urbano-arquitetônica de Diamantina.

Durante 27 anos o Arraial do Tijuco seguiu um curso de ocupação apenas em algumas ruas principais – na época era comum construções seguindo o curso do rio onde eram feitas as minerações- e não foi o que aconteceu no Arraial, como descreve José Augusto Neves: “Segundo sugere a tradição, o arraial do Tijuco só ocupava o circuito que abrange as atuais ruas da Beatas, do Burgalhau e do Espírito Santo, além de um colmado mais distante.”[2]

Quando a Coroa Portuguesa descobriu o potencial das jazidas é que foram estabelecidos no arraial do Tijuco os primeiros edifícios que simbolizavam o poder naquela época: a Igreja de Santo Antônio e a Casa da Intendência, o poder religioso e o poder fiscal de Portugal. Em outras vilas e arraiais estas construções serviam de referência na configuração urbana, mas no Tijuco “não favoreceu a formação de um espaço urbano- arquitetônico de coesão e concentração da população”[3], as casas foram tomando os espaços seguindo as festas religiosas, traçando ruas e vielas conforme suas próprias necessidades.


Ruas, ladeiras e casas que encantam a quem visita esta bela cidade. (Imagens:Antonia Feitoza)

Somente em 1832, o arraial, foi elevado à categoria de vila, então os edifícios dos setores públicos demarcaram o centro político- administrativo dando nova característica à urbanização em Diamantina.

A partir de 1830, o Tijuco já não apresentava mais as características somente mineradoras e dividia-se em outras atividades, com uma “economia mercantil de subsistência”[4]. Assim, a cidade vai se estruturando urbanisticamente durante todo o século XIX, por causa das novas prioridades de um centro econômico na região.

No final do século XIX, o Tijuco é elevado à categoria de cidade. Aos poucos vai se traçando novos contornos, seu centro comercial, seus bairros, suas igrejas e escolas, estabelecendo-se definitivamente como cidade pólo do Norte de Minas Gerais.

Conhecida como Atenas do Norte, Diamantina tornou-se uma referência econômica, social e política. Desde os tempos de Arraial do Tijuco, já existia um grande interesse cultural pelos seus habitantes como observou Saint Hilare, por ocasião de sua visita ao norte de Minas: “encontrei nesta localidade mais instrução que em todo o resto do Brasil, mais gosto pela literatura e um desejo vivo de se instruir”.

Percebe-se com este comentário que desde sempre a cultura foi um dos pilares da sociedade diamantinense, que preserva até hoje nas manifestações artísticas culturais estas raízes.


 Casa de Chica da Silva, Chafarriz e Catedral. (Imagens:Antonia Feitoza)

A cidade de Diamantina, elevada à condição de Patrimônio Cultural da Humanidade em 1999 pela UNESCO, destaca-se por sua exuberante beleza natural que simultânea ao seu conservado e belíssimo casario do século XVIII se traduz em um dos mais autênticos e belos cartões postais de Minas e do Brasil. Junto a esta harmonia perfeita, topografia e monumentos históricos, há uma musicalidade que lhe é peculiar, uma série de manifestações artístico-culturais, bem como seu original artesanato que tem, no conjunto de sua cultura, subsidiado com sucesso o fortalecimento da atividade turística em território municipal. Tudo isto aliado a um estilo diamantinense alegre e hospitaleiro vem fazendo da cidade um roteiro turístico para os mais diversificados gostos.

A relação do cidadão com todo esse legado cultural a cada dia se solidifica mais, através de movimentos espontâneos da população e de ações governamentais que visam estreitar esses laços de identificação da população com a cultura legada das gerações anteriores.

A convivência com as manifestações culturais explica a identificação com o patrimônio imaterial da cidade. Um patrimônio de cada cidadão que respeita e preserva suas raízes. Fato é que a musicalidade, uma herança resguardada por séculos, em Diamantina, transpôs durante anos a importância restrita às escolas de música e tornou-se parte integrada ao diamantinense.


Vida de Tropeiro (Imagens:Antonia Feitoza)

A musicalidade, um dos patrimônios desta cidade, está fortemente representada praticamente em todas as suas manifestações culturais. A exemplo disto, cita-se a Semana Santa, que tem uma música composta especificamente para a apresentação da guarda romana; a festa do Divino Espírito Santo, tem também uma composição própria para a apresentação do cortejo.

Enfim, Diamantina guarda em seus valores, um patrimônio intrínseco no cotidiano dos seus cidadãos, uma cultura forte e resistente às mudanças sociais que durante todo estes séculos aconteceram.

Diamantina recebia seu turista de forma simples e acanhada, como se fosse apenas “um parente chegando para visitar”, de uma maneira informal de não estabelecer nenhum vínculo com os visitantes e prestar apenas os serviços comuns aos próprios moradores.

Acordando agora para essa atividade econômica, mostra-se disposta a valorizar ainda mais e expor toda sua cultura, que de Diamantina uma cidade singular no roteiro turístico brasileiro.

 


Cachaça,doces e artesanatos. (Imagens:Antonia Feitoza)

Informações Turísticas

 

Atrativos Culturais

 

Biblioteca Antônio Torres: Conhecida também como “Casa do Muxarabiê” destaca-se entre os atrativos culturais de Diamantina pelas características arquitetônicas de procedência mourisca. A casa possui três sacadas, sendo uma inteiramente fechada em treliças de madeira, esta destinava-se principalmente ao uso feminino, pela peculiaridade de deixar a pessoa ver a rua sem o risco de ser vista. Hoje é sede da Biblioteca Antônio Torres

Localização: Rua da Quitanda nº 50 - Centro

 

Casa de Chica da Silva: Pela singularidade arquitetônica, a casa figura entre os mais interessantes exemplares de edificação residencial do período colonial mineiro. Pertenceu ao contratador João Fernandes de Oliveira, que nela viveu entre os anos de 1763 e 1771, em companhia de da ex-escrava Chica da Silva.

Localização: Praça Lobo de Mesquita.

 

Casa da Glória: É o cartão-postal de Diamantina. Trata-se de duas casas, cada qual construída em épocas distintas e em lados opostos da rua. A mais antiga pertenceu à Coroa Portuguesa e depois a Dona Josefa Maria da Glória, daí o nome. Foi também residência de intendentes e do primeiro bispo de Diamantina. O famoso passadiço data dos tempos das irmãs vicentinas - a partir de 1876. Sua função era preservar as internas dos olhares alheios, principalmente dos rapazes, quando atravessassem a rua. Atualmente abriga o Instituto Casa da Glória e Centro de Geologia Eschewege, pertencentes a UFMG.


Igrejas (Imagens:Antonia Feitoza)

Localização: Rua da Glória

Casa do Inconfidente Padre Rolim Atual Museu do Diamante: Construído no século XVIII, possui um grande significado histórico de Diamantina, pois residiu lá o inconfidente padre José de Oliveira e Silva Rolim, natural do antigo Arraial do Tijuco e um dos principais envolvidos na Conjuração Mineira de 1789. Preso e enviado para Portugal, teve seus bens confiscados pela Fazenda Real inclusive a casa que foi leiloada em praça publica. O imóvel permaneceu em mãos particulares até 1945, quando foi desapropriado pela União e instalou o Museu do Diamante. Em 1951 e 1953 foi restaurado pelo IPHAN.

Localização: Rua Direita,14.

 

Mercado Municipal: Em 1835 um prédio foi erguido para moradia e comércio do Tenente Joaquim Cassimiro Lages. Ao lado, mandou construir um rancho de tropeiros, local para o descarregamento e comercialização de mercadorias vindas de outros lugares. Em 1881 a 1884 o comércio foi desfeito e alguns anos depois, a população pediu a Câmara Municipal a reativação do local para a distribuição de mercadorias. Com isso foi iniciada a construção do atual mercado municipal.


Museu do Presidente  Juscelino Kubitschek, monumento e homenagem. (Imagens:Antonia Feitoza)

Localização:Praça Barão de Guaicuí,171.

 

 

Casa de JK: Pequena construção, de arquitetura simples, onde o ex-presidente Juscelino Kubitschek passou sua infância. Era local de adoração do filho mais ilustre de Diamantina, aquele que fez o Brasil crescer 50 anos em 55

Localização:Rua São Francisco 241.

 

Igreja Nossa Senhora do Carmo: A Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo do arraial do Tijuco foi fundada em 1758 com uma sede provisória na Igreja Matriz de Santo Antônio. Entre 1760 e 1765 as obras se iniciaram e foram concluídas faltando apenas a pintura e ornamentação. Foi o desembargador João Fernandes de Oliveira quem propiciou financeiramente a construção do edifício em frente à Casa do Contrato.

Pintores e escultores importantes para a região, como José Soares de Araújo, Manoel Pinto e Francisco Antônio Lisboa contribuíram de maneira significativa na ornamentação da igreja. Várias reformas foram realizadas durante o séc. XIX. Em 1948/49 o IPHAN efetuou importantes obras de restauração em função do tombamento do monumento em 1940.

Localização: Rua do Carmo.

 

 

Igreja de São Francisco de Assis: A Ordem terceira de são Francisco fundada no Tijuco em 1762 tomou iniciativa em construir uma capela em 1766. Documentos datados em 1793 a 1798 indicam que José Soares de Araújo realizou trabalhos na igreja e o notável pintor da região, Silvestre de Almeida Lopes também teve autoria em alguns trabalhos. Obras de restauração em meados de 1917 podem ter provocado algumas alterações no interior do templo e em 1949, com o tombamento do monumento pelo IPHAN, obteve uma restauração geral.


Pastoril de Dona Ambrosina, Seresteiros e banda musical. (Imagens: Antonia Feitoza)


Localização: Rua São Francisco.

 

Igreja de Nossa Senhora do Rosário: A primitiva capela em homenagem a Nossa Senhora do Rosário dos Pretos do Arraial do Tijuco foi erguida em 1731 conforme documentos que comprovam ser tratar de um dos templos mais antigos de Diamantina.

Sem informações a respeito da construção primitiva, foi conservada até 1770. Para a execução das obras de reforma da capela, a Irmandade estabeleceu onze condições obrigatórias, entre elas, a adoção como modelo, de detalhes e características das igrejas locais do Carmo e São Francisco. A ornamentação interna foi realizada por José Soares de Araújo, tesoureiro da Irmandade e renomado pintor da região. O monumento tombado pelo IPHAN em 1949 passou por restauração e reparos.

Localização:Praça Dom Joaquim.

 

Capela de Nossa Senhora do Amparo: A Irmandade dos Pardos do Arraial do Tijuco, em 1756 foi autorizada a erigir sua própria capela, dedicada a Nossa Senhora do Amparo. As obras estendidas até 1776, tiveram seus ornamentos executados aproximadamente neste período conforme documentos com a participação do pintor Silvestre de Almeida Lopes. Os irmãos do Amparo realizaram sacrifícios para a finalização das obras internas como em 1782 deixar de promover a tradicional festa da padroeira a fim de investir uma verba maior na capela. O século XIX foi marcado por vários trabalhos de contemplação ou reforma do templo. No império adquiriu o título de Imperial Capela e ostenta na portada um emblema com as armas imperiais. O monumento foi tombado pelo IPHAN em 1949 e passou por uma restauração geral recentemente.


Aspectos arquitetônicos (Imagens:Antonia Feitoza)

Localização:Rua do Amparo

 

Capela do Nosso Senhor do Bonfim: Apesar da aparente inexistência de documentos comprobatórios a respeito da construção desta capela, a tradição oral menciona que a classe militar do Tijuco tomou a iniciativa e o custeio da construção. Datada como anterior a 1771. O monumento é tombado pelo IPHAN em 1949 e foram realizados vários trabalhos de restauração em 1956 e 1960.

Localização: Rua do Bonfim.

 

Catedral de Santo Antônio: Destaca-se por se tratar de uma construção recente, que substitui uma antiga igreja com mesma invocação. Foi originária no período colonial e servia como matriz da freguesia e depois sé do bispado. A primitiva capela foi erguida no bairro de Burgalhau e, transferida para a parte central depois a fim de polarizar e adensar o povoado do arraial do Tijuco. A edificação no novo templo foi entre 1933 e 1940 e localiza-se na mesma praça onde havia a antiga igrejinha. Apesar de não ser acompanhada pelo tombamento direto, o monumento faz parte do acervo paisagístico da cidade, que foi tombado em conjunto pelo IPHAN em 1938.

Localização: Joubert de Guerra.

 

 

 

Atrativos Naturais

 

Gruta do Salitre: Localizada a 9 km de diamantina e a 1 km do distrito de Curralinho, figura-se como um dos principais atrativos naturais da região. O conjunto monumental da gruta esculpida em rochas quartzíticas revela uma bela paisagem que remete a uma catedral gótica pelo seu traçado. A Gruta do Salitre foi região do intenso extrativismo mineral do salitre para produção de pólvora, ao ser usada na quebra de rochas para desvio dos cursos dos rios.

O local é muito visitado atualmente, além de ser usado para realização de eventos, principalmente musicais, pela acústica proporcionada pelo local, bem como filmagens e também para prática de atividades ecoturísticas.

 

Caminho dos Escravos: Constituiu no passado uma rota entre o tijuco e Mendanha na qual transitavam tropeiros e animais. Posteriormente, passou a ser utilizado também para o transporte de diamantes extraídos no rio Jequitinhonha. O Trecho de subida da serra dos Cristais, na saída da cidade e a descida da serra até o Mendanha, foi calçado pelos escravos a mando do intendente da câmara á época, Desembargador Manuel Ferreira da câmara Bittencurt, no início do séc. XIX. Atualmente, a prática do turismo ecológico é muito comum no caminho dos escravos.

 

Parque Estadual do Biribiri: Situado a 15 km de diamantina, o parque estadual do Biribiri apresenta fauna e floras ricas. Em 22 de novembro, o local passou a ser unidade de conservação. A abundancia hídrica desta região é outro fator a ser mencionado, com destaque para suas diversas cachoeiras. Na área do parque localiza um patrimônio histórico: A vila de Biribiri, que foi sede de uma das primeiras comunidades fabris do estado criada pelo bispo Dom João Antonio dos Santos. A igreja e as casas que serviam de residência para os operários da fábrica se encontram conservadas, sendo este importante conjunto arquitetônico tombado pelo IEPHA - Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais.

 


Vesperata (Imagens:Antonia Feitoza)

Parque Nacional das Sempre-Vivas: Com 121 mil hectares, o Parque Nacional das Sempre-vivas situa-se numa região riquíssima em água, com inúmeras cachoeiras e caracterizada pela presença de matas de galerias e campos de altitudes, na Serra do Espinhaço.

O nome dado ao parque é pelas inúmeras espécies de sempre-vivas, pequena flor típica da região e endêmica de Minas Gerais, encontradas em sua área. A coleta das flores para a comercialização é responsável pelo sustento de inúmeras famílias da região. Dentro do parque existem ainda marcas históricas do processo de ocupação diamantinense, como trechos de caminhos antigos, currais de pedra e ruínas de postos de contagem de gado.

 

Cachoeira dos Cristais: Esta é uma das mais belas cachoeiras da região. Tem uma série de três quedas d’água , grande piscina natural, com relevo e vegetação característico de campo rupestre. Distância: 14 km da cidade.

 

Cachoeira da Sentinela: Bastante utilizada para banhos, a praia é formada por pequenas quedas d’água e piscinas naturais de águas límpidas e temperatura agradável. Seu cenário é formado por vegetação de transição - cerrado/matas de galerias. Encontra-se ainda nas pedras inscrições rupestres curiosas desenhos indígena

Distância: 7 Km da cidade.

 

Cachoeira das Fadas: Possui queda de 30 metros com piscina natural, cercada de exuberante vegetação, a cachoeira das Fadas está mais próxima à sede e pode ser alcançada com uma média de 35 minutos da caminhada. Esta cachoeira tem uma queda espetacular e forma uma verdadeira piscina natural, que proporciona banhos relaxantes.

 

Barragem de Extração: Em Diamantina ir em direção a Avenida da Saudade e seguir sinalização da estrada real por 6 km. Entrar a esquerda em bifurcação sentido Extração e seguir por mais 3Km e meio até a entrada do distrito. Em entrada secundária à esquerda seguir por mais 500m.

 

Cachoeira do Telesforo: O local é de tirar o fôlego. Uma das mais belas de conselheiro Mata, banhada pelo Rio Pardo. Tem uma praia de areia muito branca e fina, conseqüência do garimpo. O lugar é tão bonito que já serviu de locação para a novela “A Padroeira”. De Conselheiro até lá são mais 17 Km.

 

 

 


Carnaval,Vesperata, Congada, Tapetes de Corpus Christ (Imagens:Antonia Feitoza)

 

 

Calendário de Eventos 2010

A cidade de Diamantina recebeu da UNESCO em 1999 o Titulo de Patrimônio Cultural da Humanidade, em reconhecimento à cultura singular de seu povo e as belas paisagens naturais da região. A cidade destaca-se por sua exuberante beleza natural que simultânea ao seu conservado e belíssimo casario do século XVIII se traduz em um dos mais autênticos e belos cartões postais de Minas e do Brasil. Junto a esta harmonia perfeita, natureza e monumentos históricos há uma musicalidade que lhe é peculiar, além de uma série de manifestações artístico-culturais as quais aqui sintetizamos em um calendário de eventos permanentes.

06 de Janeiro: Folia de Reis
16 de Fevereiro: Carnaval
06 de Março: Aniversário de Diamantina
28 de Março: Semana Santa
23 de Maio: Festa do Divino
03 de Junho: Corpus Christi
01 a 13 de Junho: Festa de Santo Antônio
Julho: Festival de Inverno - UFMG
07 a 12 de Setembro: Semana JK
03 de Outubro: Festa do Rosário
Dezembro: Natal Luz
31 de Dezembro: Reveillon

Vesperata

 

A cidade de Diamantina, um dos principais municípios do circuito turístico- cultural da "Estrada Real”, no estado de Minas Gerais, já anunciou a programação de 2011 da famosa e concorrida Vesperata, que começa no dia 26 de março e vai até 15 de outubro.


Vesperata - Diamantina - Minas Gerais

A manifestação cultural possui um público fiel, de diversas partes do país e até do estrangeiro que se mantém em torno de 500 a 600 pessoas por apresentação. 
A Vesperata ocorre sempre na Rua da Quitanda, centro histórico de Diamantina. Trata-se de um encontro de bandas, posicionadas nas janelas dos sobradas, regidas pelos maestros, que se revezam em um pequeno palco, postado na calçada, próximo ao público.
 
No evento os músicos tocam nas sacadas e janelas dos seculares casarões da Rua da Quitanda e são regidos pelos maestros posicionados no centro da rua, junto ao público presente. Espetáculo imperdível que emociona a todos que tem o prazer de assisti-lo. 
Recentemente a atual administração municipal criou um grupo de trabalho para promover um amplo levantamento de informações e posterior analise da Vesperata, sob a coordenação da secretária de cultura, turismo e patrimônio de Diamantina, Márcia Betânia Horta. Para atender o aumento no fluxo de turistas, a cidade teve que se organizar e hoje já conta com mais de 40 estabelecimentos entre hotéis, pousadas e albergues, com infra-estrutura adequada para atendimento. Diamantina tem, também, vários restaurantes e uma culinária diversificada entre comidas típicas, italianas, árabes, entre outros. 

Serviço:

Dias da Vesperata em 2011: Março 26, Abril 09 e 30 Maio,  14 e 28  Junho,  04 e 18
Julho 02 e 09, Agosto 06 e 20, Setembro 03 e 24 , Outubro 01 e 15. Horário: 21:00 horas


Local: Rua da Quitanda, Centro


rtesanatos (Imagens:Antonia Feitoza)

Seresta

Durante as serestas músicos e corais típicos da cidade cantam suas composições pelas ruas para todo morador e visitante apreciar. A os seresteiros iniciam suas apresentações na Praça JK, como homenagem ao Presidente amante das serestas, e finalizam no Mercado Velho, onde uma feira de cultural, intitulada Sexta Nossa, aguarda os participantes.

Horário: 21:00 horas
Percurso: Saída da Praça JK até o Mercado Velho, Centro
Evento Gratuito

 

Café com Retreta 
Abrilhantando o Café no Beco, tradicional ponto de encontro do diamantinense aos domingos, uma banda de música fará apresentação para moradores e visitantes, em mais um evento de consagração à musicalidade da cidade.

Horário: 11:00 horas
Local: Beco da Tecla e Rua da Quitanda, Centro
Evento Gratuito

Projetos Especiais

Toda Quinta

Projeto Ensaio Aberto com a Banda Euterpe Diamantinense 
A Centenária Banda Euterpe Diamantinense faz um ensaio aberto ao público no Beco do Mota, que é invadido pelos sons dos instrumentos que entoam belas composições de nossa cultura musical.

Horário: a partir das 20:00 horas
Local: Beco do Mota, Centro
Evento Gratuito

Toda Sexta:

Sexta Nossa no Mercado Velho 
A Sexta Nossa é um espaço para a boa música, para a gastronomia típica e para interação do diamantinense e do visitante, onde também é possível conhecer e comprar o legítimo artesanato de Diamantina.

Horário: a partir das 18:00 horas
Local: Mercado Velho, Centro
Evento Gratuito

Todo Sábado:

Feira no Mercado Velho 
A Feira no Mercado Velho reúne moradores e turistas em um ambiente agradável onde há venda de produtos artesanais, hortifrutigranjeiros, comidas e bebidas, além do escambo cultural entre os participantes. Tudo isso acompanhado de boa música com show ao vivo.

Horário: a partir das 08:00 horas
Local: Mercado Velho, Centro
Evento Gratuito

Projeto Ensaio Aberto com a Orquestra Sinfônica Jovem de Diamantina
A Jovem Orquestra de Diamantina emociona o publico até nos ensaios, pela bela atuação de seus também jovens músicos que executam composições que vão do erudito a músicas populares brasileiras.

Horário: a partir das 09:00 horas
Local: Praça Monsenhor Neves, Centro
Evento Gratuito

Todo Domingo:

Café no Beco 
Todo domingo tem Café no Beco! Assim é conhecido o animado evento que reúne a venda de artesanato e apresentações culturais, como o grupo de Pastorinhas e um grupo fiel de músicos seresteiros. O Café no Beco já é ponto de encontro tradicional para o diamantinense, que recebe o turista com um agradável bate-papo acompanhado do tradicional cafezinho e chá da Canastra.

Horário: a partir das 09:00 horas
Local: Beco da Tecla, Centro
Evento Gratuito

 

Programação Especial nos Feriados com:
Serestas – Concertos – Café com Retreta

DIAMANTINA - MINAS GERAIS

Está de volta, a partir de março, uma das maiores atrações turísticas, culturais e musicais de Diamantina: a Vesperata.


Noite de Vesperata-Diamantina-MInas Gerais
 
O primeiro evento da temporada de 2010 acontece neste sábado, dia 27 de março e continua até outubro. A Vesperata, criada por artistas da própria cidade, abriga os músicos nas sacadas coloniais da Rua da Quitanda, enquanto o público se acomoda na rua, apreciando a bela e original apresentação musical, ao lado dos maestros. Os maestros circundados pela platéia regem os músicos que ficam nas sacadas das janelas. São impulsionados pela energia que emana da assistência participativa do público. Sua beleza está na simplicidade e harmonia, que dispensam sofisticações, só restando espaço para a naturalidade e o acústico.

Acompanhe o calendário da temporada 

 

Dentro das atividades da Semana Santa, no próximo domingo, 28/03, será apresentada em Diamantina a "Cantata de Páscoa". A peça será executada em oito atos pela Orquestra Sinfônica Jovem de Diamantina, juntamente com o Coral Eny Assumpção Baracho do Conservatório Estadual de Música Lobo de Mesquita.

Este ano o evento será apresentado na porta da Catedral Metropolitana, a partir de 20 hs.

 

Este gênero foi muito explorado no período Barroco, por vários compositores. A “Cantata de Páscoa” foi inspirada no programa “Deus o mundo amou” de Kirland e Tom Fettke sendo adaptada e transcrita pelo regente da orquestra Reginaldo Cruz.