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Paraíba
PARAÍBA A porta de entrada da Paraíba é João Pessoa, capital paraibana que foi fundada no ano de 1585 – a terceira mais antiga do Brasil. É da Ponta do Seixas, o ponto mais oriental das Américas, que o sol nasce primeiro, se mostrando para uma cidade que igualmente desperta cedo, com os seus caminhantes na orla marítima no seu ritual diário, tendo ao lado a essência da natureza como testemunha. Todos os dias, de segunda-feira a sábado, a principal avenida da orla é fechada até às 8h para o tráfego de veículos, que dão espaço para as pessoas.
de espigões. Desta forma, não existe a fenômeno e nem o risco da cidade se tornar um ambiente insustentável, com temperaturas elevadas e com áreas sufocadas pelo calor e pela ausência de ventos. Ventos em João Pessoa só para aliviar o calor e para a prática de esportes, de uma forma mais do que saudável. As praias da capital paraibana reconhecidamente são uma das mais limpas, em se tratando delas estarem basicamente numa área urbana. Em duas delas - Tambaú e Cabo Branco - pode-se ver um dos principais elementos naturais da cidade e motivo de admiração dos turistas: Picãozinho, uma formação de recifes areníticos, que fica localizado a cerca de 1500 metros da praia de Tambaú. Durante os períodos de baixa-mar uma grande porção do recife fica exposto. Para se chegar a esse paraíso, agências de receptivo fazem o traslado, que é feito de barco e leva cerca de 25 minutos. O passeio tem a duração de duas horas, de acordo com o acerto feito com o operador. Aproveitando o sol forte sem sair do litoral, a 18km de João Pessoa, a cidade de Cabedelo é uma bela concorrente dentro do oceano para Picãozinho: o Parque Estadual Marinho de Areia Vermelha, que é um parque estadual, com uma área de 230 hectares e que foi criado através de um decreto estadual em 28 de agosto de 2000. Esse roteiro é um dos mais procurados pelos turistas e pode ser explorado também no período de baixa-mar, que surgem o “pedaço” de areia onde as pessoas podem participar ativamente de momentos de contemplação e de lazer. O passeio tem a duração de cerca de três horas, momento em que a maré começa a subir, anunciando que é o momento de ir embora. O litoral paraibano tem um elenco fantástico de atrativos em toda a sua extensão, de 117 km, desde o estuário do rio Grajú (ao Norte, limitando-se com o Rio Grande do Norte) até outro estuário, do Rio Goiana ao Sul, limitando-se com Pernambuco). Com um clima tropical úmido, chuvas no inverno e parte do outono, possui 53 praias naturais e urbanizadas, onde as suas areias claras, mar verde-azulado é incrementado por suaves enseadas, barras, estuários, restingas, cordões litorâneos, tabuleiros, falésias e salpicada, em vários trechos, por coqueiros, cajueiros, maçarandubas e guajirus.
Picãozinho - Um pouco mais abaixo, no Litoral Sul, encontramos a 1 Km de mar a dentro, à altura da praia de Tambaú, a presença de arrecifes coralinso, descontínuos, amenizando a força do mar e atuando como quebra-mar natural e em período de marés mais baixas é denominado de Picãozinho, onde o acesso pode ser feito a pé ou em barcos, com os arrecifes emergem como platô recortados por canais e piscinas de águas límpidas e transparentes, chegando até observar pequenos peixes e crustáceos.
Cabo Branco - Na praia do Cabo Branco há uma faixa de praias limitadas pelos paredões verticais das falésias, com altura média de 50 metros, emoldurando as costas do litoral Sul e sendo formada, eminentemente, por terrenos de cor avermelhadas, recobertos por resto de Mata Atlântica, que predominava em expressiva área costeira do Estado. Parte destas encostas florestadas foram tombadas pelo Governo Federal e constituem área de preservação ambiental.
Tambaba - A 40 Km de João Pessoa, localizada à Barra de Garaú, no município do Conde, em Tambaba, foi instalada o primeiro campo de naturismo oficial do Nordeste, o segundo do Brasil. Com uma extensão de 1,7 metros de pura beleza selvagem, estando protegida graças as suas falésias altas e íngremes, ora cobertas por uma mata densa, ora desnudas, enaltecendo o colorido dos terrenos de cor avermelhada ou branca. O acesso a esta praia é facilitado pela BR-101, integrada à rodovia Conde-Jacumã.
Coqueirinho - A praia de Coqueirinho, como diz o nome, possui muitos coqueiros. Tem forma arredondada com várias falésias. Em um dos seus trechos tem águas claras, ondas fracas e arrecifes. Em outro ponto, possui ondas fortes em mar aberto, que formam grutas naturais nas rochas. Coqueirinho é considerada como sendo uma das praias mais belas do litoral paraibano, ideal para mergulhos, surfe e prática de pesca submarina e para camping.
formação vulcânica com uma abertura de dois metros de diâmetro, esculpida em plena falésia. Tem areia grossa e várias pedras por todo litoral.
Falésia do Cabo Branco - A falésia do Cabo Branco, de acordo com os participantes do Fórum de Debate, é uma das feições morfológicas mais dinâmicas do planeta e que se encontra em constante modificação. Foi considerado que os processos de erosão afetam atualmente mais de 70% das linhas de costa do mundo, incluindo-se amplos trechos do litoral brasileiro, sendo que a costa nordestina tem exibido uma tendência de longo prazo para erosão, o que resulta na presença de longos trechos de falésias ativas, em especial na Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. A falésia foi considerada pelos presentes ao Fórum como um marco paisagístico mais importante da zona costeira da Paraíba, e, muito embora esteja em processo de erosão, as taxas segundo as quais o processo ocorre, não ameaçavam a integridade imediata da falésia. Também foi considerado que os padrões de ocupação à época, como estradas, poderiam estar exercendo um efeito deletério no sentido de acelerar os processos de desmoronamento.
Pontos turísticos de João Pessoa João Pessoa, a capital da Paraíba, não é somente conhecida pelas as suas belas e incomparáveis praias urbanas. A terceira cidade mais antiga do Brasil tem uma série de atrativos para os turistas que curtem, além de sol e mar, natureza em estado praticamente bruto, cultura sempre em ebulição e história, que tem se renovado a cada dia e que está sempre presente entre os paraibanos, e a religiosidade de seus monumentos históricos, ricos em sabedoria e grandiosidade.
Casa da Pólvora - João Pessoa possuiu pelo menos três Casas da Pólvora, segundo indicam nossos mais destacados historiadores: uma na rua Nova, atual General Osório nº 21, outra no Passeio Geral, rua Rodrigues Chaves, e outra que é justamente a Casa da Pólvora da ladeira de São Francisco, a primeira rua da cidade. As demais foram completamente destruídas pela ação do tempo, restandonos esta Casa da Pólvora e dos Armamentos, construída por ordem de carta régia de 10 de agosto de 1704, pelo então Capitão-Mor Fernando de Barros Vasconcelos. Iniciada no alvorecer da era setecentista, foi concluída em 1710 na administração do Capitão-Mor João da Maia da Gama. De suas dependências pode-se observar a bela paisagem do rio e da várzea paraibana. É tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) desde 24 de maio de 1938.
Centro Cultural São Francisco - Conjunto arquitetônico barroco do século XVII, formado pela Igreja de São Francisco e o Convento de Santo Antônio. Um dos mais ricos e conservados monumentos da arte barroca brasileira.
Igreja Nossa Senhora do Carmo - Em barroco romano, a igreja possui uma única torre, com as características do estilo quinhentista, datada do século XVI, aproximadamente 1592. Muitos detalhes históricos sobre este conjunto se perderam, já que, com a invasão holandesa, houve perseguição aos Carmelitas, que enterraram seus documentos. A nave é ampla e majestosa com motivos florais, esculpidos em calcário. Vê-se ainda o escudo da Ordem do Monte Carmelo e um grande painel no Altar-Mor com as iniciais de N. Srª do Carmo. O exterior apresenta linhas austeras, desenhos e arabescos barrocos. Os Carmelitas vieram a Paraíba a pedido de D. Henriques, cerca de 1580, e construíram também a igreja anexa de Santa Tereza de Jesus.
Alvorecer incomparável - Estar em João Pessoa é desfrutar privilégios da natureza e da história. A cidade onde o sol nasce primeiro nas Américas é a segunda mais arborizada do mundo e a terceira mais antiga do Brasil. Em que outro lugar do continente você verá um alvorecer como o daqui? Fora Paris, em que outra parte urbana do planeta existirá tanta cobertura vegetal em metros quadrados por habitantes? E depois de Salvador e do Rio de Janeiro, que outra capital brasileira foi fundada já como cidade antes de 1585?
Parque Solon de Lucena - É um dos recantos mais bonitos da capital, se não a mais bela expressão paisagística. Antigo sítio pertencente ao domínio dos jesuítas, o local contava, em tempos recuados, com um verdadeiro bosque, mostrando a pujança da Mata Atlântica. As árvores circundavam a lagoa natural ali existente, lagoa esta depois incluída na urbanização geral do parque. Os jardins de hoje têm o traçado original do paisagista Burle Marx, podendo-se ver ainda o bambuzal e exemplares de pau-d arco e de outras árvores da reserva da Mata Atlântica, além das belas palmeiras imperiais que acompanham o desenho do lago central. Mantendo suas características originais, a lagoa do Parque Solon de Lucena é um dos belos cartões de visita da cidade e um de seus pontos mais pitorescos para passeio, diversão e lazer. É tombado pelo IPHAEP (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba) desde 26 de agosto de 1980.
Parque Arruda Câmara - Mais conhecido como “Bica”, compreende uma área de 43 hectares que foi desapropriada pelo então prefeito Walfredo Guedes Perreira, em 1920-24, e batizada com o nome do botânico da cidade de Pombal. Recanto dos mais pitorescos da nossa cidade, constitui-se num verdadeiro Santuário Ecológico encravado no centro da capital paraibana. É tombado pelo IPHAEP (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba) desde 26 de agosto de 1980
Cidade Baixa - Porto do Capim, porto da saudade, porta para o mundo. Ao redor, foram-se assentadas as casas, a cidade galgando as encostas procurando o espaço, espremendo-se entre as tortuosas ladeiras que a própria topografia do lugar sugeria. A cidade descobria-se em novas cores. O verde fundia-se ao marrom dos telhados. As torres irrompiam do casario para apontar o sol. Hoje, somente o rio, em seu eterno caminhar, vela o passado. Basílica de Nossa Senhora das Neves - A primeira igreja, neste local, foi construída ainda nos idos de 1586. Ao todo, foram três demolições sucessivas de templos, sendo a atual igreja idêntica à quarta reconstrução, realizada pelo Vigário Francisco Melo Cavalcanti. Tem muito valor para os fiéis da igreja paroquial, construída entre 1671-73 e demolida em 1686, passando à igreja episcopal. Foi benta na última década do século XIX. Suas torres e telhados podem ser vistos, numa bela composição, através da torre do sino da Igreja de São Francisco, que fica bem próxima.
Igreja de São Bento - Igreja e Mosteiro de São Bento, construção dos frades beneditinos, o único templo católico que harmoniza as missas com cânticos gregorianos.
Centro Cultural São Francisco - Conjunto arquitetônico barroco do século XVII, formado pela Igreja de São Francisco e o Convento de Santo Antônio. Um dos mais ricos e conservados monumentos da arte barroca brasileira.
Praça Venâncio Neiva - Foi construída pelo Presidente Camilo de Holanda em 1917, bem ao lado do atual Palácio da Redenção, e sendo arquitetada por Paschoal Fiorillo. Destinava-se à prática da patinação e contava também com jardins, fontes e coretos. O presidente João Pessoa demoliu depois o ringue de patinação, mandando erguer o pavilhão central, para o chá das cinco, no estilo britânico. A partir daí, passou a chamar-se Pavilhão do Chá, embora a praça, uma das mais pitorescas da capital, tenha o nome oficial de Venâncio Neiva, outro governante paraibano. Ganhou também um belo coreto. Constitui-se ainda em ponto de reunião de intelectuais e jovens namorados. Seus canteiros de plantas datam também de 1917, mas, de lá para cá, a praça sofreu algumas modificações importantes. É tombado pelo IPHAEP (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba) desde 26 de agosto de 1980. Roteiro pelo interior O roteiro pela Paraíba, é bom salientar, sempre vai ser iniciado a partir de João Pessoa, cidade onde estão concentradas as operadoras de receptivo. Um dos pacotes mais procurados é o que leva ao Parque dos Dinossauros, em Sousa (a 350 km da capital), com três dias de duração. O pacote de três dias é iniciado com uma visita ao município, com passagem pelo Parque, que é um complexo turístico numa área de 700 metros quadrados e que 130 milhões de anos atrás foi moradia de estegossauros, alossauros, e entre outras espécies de dinossauros. De acordo com os pacotes oferecidos pelas agências, antes da chegada ao Parque, há uma visita ao relógio do Sol do Sertão, localizado no município de Santa Luzia, onde também podem ser contempladas no percurso as Serras do Yayu e Picotes. Na chegada ao hotel, em Sousa, o grupo vai conhecer o sítio arqueológico e o Museu dos Dinossauros. Ainda no primeiro dia, o grupo faz uma visita ao município de Vieirópolis para conhecer algumas inscrições rupestres e presenciar o pôr-do-Sol, já no Mirante do Açude São Gonçalo. No segundo dia do passeio, o grupo segue de Sousa para Patos, passando pela Serra do Texeira, com uma parada na Pedra do Tendol, que tem uma vista panorâmica da região. A subida para o Pico do Jabre acontece logo em seguida. São 1.193 metros de altura, numa caminhada de duas horas de duração, com visita a Pedra do Caboclo - em formato de uma concha acústica natural.No mesmo dia, o grupo segue para a cidade de Prata para conhecer a trilha e Serra da Matarina, onde estão localizadas as pedras do Desejo e da Bola, ideais para a prática do rapel. Ainda no segundo dia, o grupo segue para o Lajedo Pai Mateus, já no Cariri paraibano, de onde vai acompanhar um belíssimo por do Sol num dos lugares mais calmos e bonitos da Paraíba. No retorno do Sertão, o passeio ainda prevê uma visita ao município de Ingá, com uma parada em Itacoatiara do Ingá, onde se pode ver inscrições rupestres nas tradicionais pedras localizadas numa área cortada por um rio de água gelada e limpa. Ainda no Sertão, algumas operadoras dão uma esticadinha até a Estância Termal Brejo das Freiras, considerada um oásis em meio a terra esturricada. Na Estância, a sua água, dizem, tem o poder de cura, onde a lama também é medicinal, inclusive, indicada para tratamento da pele. O grupo conhece a Fazenda Acauã, implantada por volta de 1700 e logo onde passaram grandes personalidades da nossa história.
O que se pode fazer no Sertão paraibano
Sousa - Passeios pela Unidade de Conservação Estadual e Monumento Natural Vale dos Dinossauros. Pegadas de dinossauros podem ser observadas no local. Praticar: Trilha e caminhada e estudo em sítios paleontológico.
Santa Luzia - Serra do Yayu, Será dos Quintos, Serra do Cabaço, Serra do Talhado (antigo quilombo). Praticar: Caminhada, cavalgada, escalada, mountain-bike, rappel e campping.
São Mamede - Sítio arqueológico São Bento, com inscrições rupestres. Praticar: Conhecer inscrições rupestres.
Teixeira - Pedra do Tendo, Serra do Teixeira e Serra dos Cariris Velhos e Pedra do Cruzeiro. Praticar: Rappel, caminhada, escalada e cavalgada.
Maturéia - Parque Estadual Pico do Jabre, ponto mais alto do Nordeste. Serra da Piedade e Pedra do Caboclo. Praticar: Caminhada, cavalgada, rappel, escalada mountain-bike.
Princesa Isabel - Parque Ecológico Sítio Lagoa do São João e Serra do Gavião. Praticar: Caminhada e cavalgada.
Vieirópolis - Serra da Arara e Serra Branca. Praticar: Inscrições rupestres, rappel, escalada, caminhada e mountain-bike.
Caminhada e mergulho As operadoras de turismo têm boas opções para os passeios mais ou um pouco mais radicais, como a cavalgada e o mergulho. Isso mesmo, no litoral Sul paraibano existe diversas ocorrências de naufrágios e os turistas podem conhecer bem de perto, com equipamentos apropriados oferecidos pelas empresas.Pelo menos quatro locais de ocorrências de naufrágios estão sendo exploradas pelas operadoras. São eles Queimado, um vapor norte-americano de 2 mil toneladas, que se encontra a 17 metros de profundidade na Ponta do Bessa, em Cabedelo. O Alice, ainda da época da Guerra do Paraguia, está afundado a 3,5 milhas também da Ponta do Bessa, a 12 metros de profundidade. A cavalgada pode ser feita em belas trilhas do litoral Sul, entre areais e mata, num percurso até a chegada à beira-mar. O passeio a cavalo corta praias praticamente desertas e paradisíacas, entre elas Tambaba, a primeira a ser transformada em praia de naturismo do Nordeste, localizada no município do Cionde. . A caminhada segue até a praia de Tabatinga, onde se pode curtir um agradável banho de argila e de piscinas naturais. O passeio tem a duração de oito horas.
SERVIÇO Preços: Nos dois pacotes, as operadoras só definem os preços de acordo com o número de pessoas. Inclui: Transportes terrestres e a cavalo e os equipamentos de mergulho, com instrutor. É preciso fazer o “batizado”, para aqueles que nunca mergulharam. Durante as explicações do pacote, os operadores fornecem mais explicações a respeito. O que levar: Pequena mochila, protetor solar, lanche, toalha, roupa de banho, boné, calçado apropriado, como tênis e chinelo.
Marinha e mergulhadores confirmam cemitério de navios na Paraíba
A parte do Oceano Atlântico que costeia a Paraíba é considerada um cemitério de navios. É o que afirmam mergulhadores especializados e documentos da Marinha Brasileira registrados a partir do Século XVI. Estes sinistros incluem um rol de brigues ingleses, escunas e caravelas portuguesas e espanholas, navios americanos e de outras nacionalidades, que adernaram para sempre nas praias tabajaras.
Registros sobre os locais dos sinistros marinhos
Jacumã - Nessa praia do Litoral Sul, em profundidades que variam de 10 a 45 metros, estãoafundados a escuna Jessé, de bandeira portuguesa (1574); as embarcações francesas Pierre (1582), Jumeau (1708), Chargeur D’ Flote (1712), o Piegge e o Marie II (1722), além dos navios americanosShorting Star (1856) eTransit (1871). Em 1866 naufragou alí o navio inglês Queen Of The Forthe. Em outras praias próximas, existem cascos que jazem sob a água há mais de 100 anos.
Tambaú - A nove quilômetros da costa, e em profundidades que variam de 10 a 35 metros, estão naufragados os navios Ship Eriê, de bandeira americana (1873), o inglês Alice (1911) e o espanhol Alvarenga (1926). O Eriê, que naufragou após a ocorrência de um incêndio em suas máquinas, até a década de 1980 era conhecido como o “Queimado”. Na Praia do Poço, em Cabedelo, estão o vapor Santa Clara (1865) e o iate Laura (1874).
Cabedelo - Na Enseada de Cabedelo naufragaram o iate português João Luiz (1674), a galera francesa Eduard (Século XIX) o vapor Non Pareil (1852), os vapores brasileiros Grão Pará (1909), Alegrette (1911) e Rodrigues Alves (1924). Na Ilha da Restinga descansam o brigue holandês Schuppe (1634), o vapor inglês Psybe (1852) e o iate norueguês Alert (1893). Na Praia de Fagundes, em Lucena, estão o vapor brasileiro Natal (1903) e o navio italiano Vanadouro (1911). A barca italiana Antonietti está encalhada em um banco de areia da Ilha de Tiriri desde 1873.
Lucena - Localizada no Litoral Norte, a turística Lucena abriga em suas águas a barca inglesa Anne Power (1868) e o vapor americano Said Bin Sultan (1871), conhecido até a década de 1990 como “Vanuária”, uma menção à mulher que morreu afogada ao tentar resgatar peças nos destroços. Mais à frente, na Barra de Mamanguape, as águas tragaram o brigue brasileiro Simpatia (1916). Em Baía da Traição é visto sob águas claras o navio brasileiro Elias.
Visita a três tribos indígenas Um dos pacotes mais excitantes, certamente é o que cruza reservas indígenas, localizadas no Litoral Norte da Paraíba. O pacote é de dois dias, de onde o grupo sai de João Pessoa até Mataraca, onde visitam a vila de pescadores denominada de Barra de Camaratuba. A vila está situada entre a reserva indígena dos índios potiguaras e a foz do Rio Guajú, que demarca a divisa dos estados da Paraíba e o Rio Grande do Norte. O pacote inclui um passeio de barco pelo Rio Camaratuba, já dentro da reserva natural dos manguezais, com uma parada para o banho e, já em terra, é realizada uma caminhada ecológica pela área de mangue. No passeio numa Land Rover, o grupo faz uma travessia numa balsa, onde chega até a reserva indígena, fazendo uma visita a três aldeias, o Forte da Baía da Traição e Oca do Kunumi. Calmo, os índios não vão comer ninguém. Todos recebem e atendem os turistas de forma bem natural. No local, inclusive, há um pequeno comércio de artesanato, produzido pelos próprios índios. O passeio é encerrado com um banho na Lagoa Encantada, que é um olho d’água mineral.
SERVIÇO Preços: R$ 150 por pessoa e nunca menos de cinco passageiros. Inclui: Transportes terrestres e náuticos. O que levar: Pequena mochila, máquina fotográfica, protetor solar, repelente.
Pelos caminhos dos engenhos do Brejo paraibano
Os antigos engenhos e trilhas são os pontos de partida para quem visita o Brejo Paraibano, a partir do mês de julho. Com baixas temperaturas, cenários bucólicos e ideais ao bom papo e gastronomia, seis municípios do Brejo fizeram de suas belezas e cultura local, opções para o turista ver e aproveitar os “Caminhos do Frio”. O roteiro inclui diversos eventos e festivais de arte em cidades permeadas de histórias e tradições, no interior do Estado. A cada semana, um município apresenta uma programação diferente, em que os artistas, grupos de teatro e músicos locais ganham espaço para apresentações. As atividades envolvem oficinas culturais, palestras e exibição de filmes e dança. A partir da sexta-feira, aprogramação ganha caráter festivo, com apresentações culturais e shows artísticos. Cada cidade prepara o que há de mais típico e mais atrativo. O roteiro começa por Bananeiras e suas trilhas ecológicas. São cenários de arte e também de aventura, o lugar será ponto de parada para degustação da culinária típica da época dos engenhos, o que inclui rapadura, cocada e pirulito de açúcar. Cinema e teatro também integram a programação. O município de Alagoa Nova é um local onde a cultura não vai faltar. A cidade abriga, pelo menos, seis grupos com produção cultural ativa. É lá também que sempre é realizada a Festa da Galinha de Capoeira, um evento que tem crescido ano a ano e que se transformou num grande investimento. O tema não fica apenas na parte festiva, mas também na culinária e na apresentação dos corais e grupos teatrais. Em Serraria, outra pequena cidade grandiosa em cultura, a seresta marca um dos ritmos a ser relembrado, além dos aspectos naturais do município. O frio, a cachaça e a arte serão o trio apresentado ao turista que visitar Areia, cidade sede de várias engenhos importantes da Paraíba e detentora de uma arquitetura privilegiada. Em Pilões, as flores produzidas na região são o principal atrativo.
Brejo O Brejo apresenta cenários com relevo irregular, engenhos, casas de farinha, cruzeiros, trilhas, lagoas e cachoeiras rodeados por uma vegetação sempre verdejante. O frio no período de junho a setembro, atípico para a Região Nordeste, atrai visitantes todos os anos. Algumas cidades chegam a registrar temperatura inferior a 15 graus. Além disso, o Brejo é o berço de grandes nomes do cenário artístico nacional a exemplo do pintor Pedro Américo; do escritor José Américo de Almeida, autor da obra “A Bagaceira”, e do “Rei do Ritmo” Jackson do Pandeiro, entre outros nomes.
Cabaceiras: cidade virou atração turística
Cabaceiras (no Cariri paraibano, a 180 km de João Pessoa) tem se notabilizado por ser uma cidade onde muitos diretores de cinema gostam de realizar seus filmes. Isso transformou o município em uma grande atração turística. Semanalmente, dezenas de turistas chegam em Vans e micro-ônibus para visitar os pontos de locação para vários filmes do cinema brasileiro. A cidade é conhecida por ser a “Roliúde Brasileira”. Quem não gostaria, por exemplo, de conhecer de perto e até tirar uma fotografia na Igreja onde o cangaceiro fuzilou o padeiro, a mulher do padeiro e muitos outros personagens de “O Auto da Compadecida”? Pois bem, em Cabaceiras isso é possível. Também é possível visitar a casinha da cadela que emocionou milhares de cinéfilos em todo o Brasil, numa das cenas mais comoventes do filme. A professora de artes Maria de Lourdes Coutinho visitou Cabaceiras pela primeira vez e ficou encantada com a simplicidade do lugar. “Gosto de tudo que estou vendo aqui. É tudo muito singelo e bonito. As pessoas são acolhedoras e é muito interessante todo esse clima de cinema que a gente vê na cidade”, ressalta. Localizada nos cariris velhos da Paraíba, fundada em 1735, Cabaceiras ficou conhecida nacionalmente como o município de menor índice pluviométrico do Brasil. Em 1998 recebeu do Ministério da Industria, do Comércio e do Turismo e Instituto Brasileiro de Turismo - Embratur, o selo de Município Prioritário para o Desenvolvimento do Turismo por um dos mais notáveis conjuntos arqueológicos das Américas, onde se destaca o Lajedo do Pai Mateus que atualmente é objeto de pesquisas por especialistas do Brasil e do exterior. Outro destaque do turismo “made in Cabaceiras” é a festa do Bode Rei, evento que atrai centenas de visitantes e coloca a cidade definitivamente no circuito nacional. A vegetação é típica da caatinga. Sua cozinha oferece uma culinária simples e das mais ricas em sabores a base de bode, galinha capoeira e carne de sol. Cidade religiosa, de povo hospitaleiro, com destaque para o artesanato em couro, preserva as tradições de sua gente através de festas populares como São Bento, São João e a Festa do Bode Rei. Cabaceiras é, antes de tudo, um aconchegante pedaço do Brasil.
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