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Santana de Parnaíba
SANTANA DE PARNAIBA
Santana de Parnaíba (Imagens: Antonia Feitoza)
HISTÓRICO DA CIDADE
Santana de Parnaíba nasceu nas margens do rio Tietê, durante a administração de Mem de Sá, terceiro governador-geral do Brasil. Há registros de que o primeiro a chegar na região foi o português Manuel Fernandes Ramos, participante de uma expedição realizada em 1561 por Mem de Sá para explorar o sertão, sentido rio Tietê abaixo, em busca de ouro e metais preciosos. Estabeleceu-se no povoado, construindo uma fazenda e uma capela em louvor a Santo Antônio, mas sua estrutura precária não resistiu às constantes enchentes e acabou destruída. Posteriormente, seus herdeiros e sua mulher, Suzana Dias, resolveram erguer, em 1580, uma nova capela, desta vez em honra de Sant’Anna.
Em 14 de novembro de 1625, o povoado que cresceu ao redor da capela foi elevado à categoria de vila com a denominação de Santana de Parnaíba. Durante o período colonial, a vila possuía apenas uma economia de subsistência, baseada nas lavouras de trigo, algodão, cana, feijão e milho, sustentando um pequeno comércio com as povoações vizinhas. Seus habitantes, para contornar as dificuldades econômicas decorrentes de seu isolamento em relação à metrópole, contavam com o fato de a vila ser um importante ponto de partida do movimento das bandeiras, que exploravam o sertão com o duplo objetivo de capturar indígenas e descobrir metais preciosos.
O conjunto arquitetônico colonial do Centro Histórico possui mais de duzentas casas e construções datadas
dos séculos XVII e XVIII (Imagens:Antonia Feitoza)
Nos séculos XVII e XVIII, Santana de Parnaíba conheceu um certo desenvolvimento, promovido pelo emprego da mão-de-obra indígena e pela chegada de famílias importantes, como, por exemplo, a dos Pires. Apresentou-se, por um lado, como uma das principais áreas de mineração da capitania, tendo dentre seus moradores o padre Guilherme Pompeu de Almeida, que foi um grande financiador das bandeiras paulistas; por outro, como núcleo exportador de mão-de-obra indígena para as demais capitanias, entrando muitas vezes em confronto com os jesuítas.
A vila chega ao século XIX desenvolvendo poucas atividades econômicas, situação agravada ainda mais pela abertura de novas estradas que ligavam São Paulo a outras vilas e cidades sem passar por Parnaíba. Sofreu também o impacto de não ter havido em suas terras a substituição da cultura de cana-de-açúcar pela de café. A cidade permaneceu estagnada até o início do século XX, quando a Light & Power Company construiu sua primeira usina hidrelétrica no país, abrindo um novo campo de trabalho na região.
Total envolvimento da população com o evento religioso mais importante da cidade:
O Corpus Crist. (Imagem:Antonia Feitoza)
Sua denominação foi reduzida, não se sabe quando, para Parnaíba, mas em 30 de novembro de 1944 volta a adotar seu nome atual, Santana de Parnaíba.Graças às técnicas de restauração desenvolvidas pelo POEAO, Santana de Parnaíba preserva seu patrimônio histórico. Com suas construções coloniais, a cidade concentra um dos mais importantes conjuntos arquitetônicos do Estado. 209 edificações do seu centro histórico, o mais antigo e próximo da capital, foram tombadas, em 1982, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT).
O turismo vem se desenvolvendo na cidade, auxiliado pelo conjunto colonial do centro histórico.
Principais Pontos Turísticos
Atrativos Históricos
O conjunto arquitetônico colonial do Centro Histórico possui mais de duzentas casas e construções datadas dos séculos XVII e XVIII, se destacando a Igreja Matriz de SantAna. Trata-se do maior conjunto colonial existente no estado de São Paulo. No Circuito dos Alambiques é possível conhecer o processo de fabricação da cachaça artesanal. A cidade promove festas populares que atraem um grande número de turistas.
Casa da Cultura “Monsenhor Paulo Florêncio da Silveira Camargo”
O sobrado construído por volta do século XVIII é um exemplar típico das construções paulistas, com paredes estruturais em taipa de pilão cobertas com telhas capa canal, portas altas e elevado pé direito. Está localizado no Largo da Matriz, nº 19 e 25. É um patrimônio tombado pelo IPHAN em dezembro de 1958 e pelo CONDEPHAAT em maio de 1982.
Coreto Maestro Bilo
Doado e construído em 1892, com ferros que vieram da Inglaterra, o coreto é um dos mais belos monumentos históricos da cidade. Em 1963, esse monumento foi aterrado, reformado e diminuído em 60cm de altura, preservando seu gradil original e o restante de sua arquitetura. Continua, hoje, sendo palco de apresentações e é considerado o cartão de visitas da cidade, juntamente com a Igreja Matriz, o Casarão e o Museu. Está localizado na Praça 14 de Novembro, ao lado da Igreja Matriz.
Igreja Matriz
É considerada o marco mais importante do município. De acordo com os registros históricos, em meados de 1560, foi erguida na cidade a primeira capela, dedicada a Santo Antônio. A pequena igreja era feita de pau-a-pique e coberta de folhagens. No ano de 1580, a segunda capela, dedicada a SantAna, foi construída. Em 1610 uma terceira capela foi construída, também por André Fernandes, e, em 1625, foi elevada a Matriz, hoje conhecida como Paróquia de SantAna. A edificação atual data de 1882, e seu estilo é eclético, possuindo piso em canela preta e altares que acompanham a liturgia. É tombada pelo CONDEPHAAT.
Feira de artesanato e alimentos (Imagens:Antonia Feitoza)
Museu Casa do Anhangüera
Residência bandeirista urbana construída na segunda metade do século XVII, em taipa de pilão e taipa de mão, na qual, presume-se, residiu o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva - O Anhangüera. É uma edificação típica das construções do século XVII, representando uma tradição urbana das primitivas moradas paulistas, que mantêm até hoje seu estilo original. Foi transformado no Museu Histórico e Pedagógico Casa do Anhangüera durante a semana comemorativa da criação da vila em 14 de novembro de 1962, possuindo grande valor arquitetônico e histórico. Tombada pelo IPHAN, em outubro de 1958, e pelo CONDEPHAAT, em maio de 1982.
Localização: Largo da Matriz, 09 - Centro Histórico
Horário de atendimento: Terça à Sexta, das 08h às 17h.
Sábados e Domingos, das 11h às 17h.
Informações: 4154-2377
Morro Voturuna
Localizado entre os municípios de Santana e Pirapora do Bom Jesus, também chamado de Morro Negro, era o ponto de partida dos bandeirantes, e núcleo minerador da Capitania de São Vicente. Tombado pelo CONDEPHAAT. Estrada Capela Velha, próximo ao km 6, Bairro: Capela Velha
Monumento a Frei Agostinho de Jesus
Em 26 de julho de 2001, a cidade presta uma homenagem ao Frei que viveu no Mosteiro Beneditino, situado no Largo São Bento, nos anos 1645 a 1651, inaugurando um monumento. A estátua de Frei Agostinho de Jesus foi esculpida pelo artista plástico parnaibano Murilo Sá Toledo e pode ser vista no Largo São Bento, em Santana de Parnaíba.
Monumento a Suzana Dias
Suzana Dias, que juntamente com seu filho André Fernandes, fundou Santana de Parnaíba também foi homenageada pela cidade com um busto. Esculpido por Murilo Sá Toledo, a obra foi inaugurada no dia 11 de novembro de 2001 e encontra-se instalada no Largo da Matriz.
Caminho do Sol
O roteiro religioso na Grande São Paulo começa no centro histórico de Santana de Parnaíba. Versão paulista do Caminho de Santiago de Compostela, o Caminho do Sol é um roteiro que envolve 12 cidades do interior de São Paulo. Os devotos percorrem 240 km, cruzando trilhas e trajetos rurais já existentes entre as cidades de Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus, na Grande São Paulo, até Águas de São Pedro, onde se encontra a imagem de São Tiago marcando o final da peregrinação. Informações: Agência Caminho do Sol, Tel: 6215-1661.
Rota da Cachaça
Santana de Parnaíba cultiva a tradição da cachaça. Muita gente vem de longe em busca da famosa “branquinha de Parnaíba”. Na cidade, encontram-se os tradicionais engenhos Caninha do Moraes, Engenho do Osíris e Caninha Parnaíba. Informações 4154-2377.
Roteiros dos Bandeirantes
Oficializado em 2003 pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, engloba oito cidades, tendo como marco inicial Santana de Parnaíba. O propósito do Roteiro é o incentivo do turismo histórico-cultural das cidades que margeiam o Rio Tietê. Informações 4154-2377.
Pesqueiros
Localizados em chácaras, sítios ou fazendas, onde é feita a criação de várias espécies de peixes, tais como carpa, tilápia, bagre, pacu, tambaqui, etc.. Informações: 4154-2377.
Música na Praça
Todos os domingos, das 15 às 17 horas, a Secretaria de Cultura e Turismo promove o projeto “Música na Praça”, com atrações musicais de estilos variados que se apresentam no Coreto Maestro Bilo – um dos mais tradicionais cartões postais da cidade – na Praça XIV de Novembro, no Centro Histórico.
Informações: 4154-2377
Feira de Artes e Artesanato
Uma Feira de Artes e Artesanato oferece uma variedade muito grande de produtos, como artesanato hippie, mosaico, pintura em madeira e tecido, patchwork, sabonetes, toalhas pintadas, quadros, vasos, plantas ornamentais, velas, roupas, tapeçaria em barbante, biscuit, trufas e pão de mel. A feira acontece todos os domingos, das 10 às 17 horas, na Praça XIV de Novembro, no Centro Histórico e conta também com uma Praça de Alimentação para os turistas. - Informações: 4154-1874
Entre as festas populares celebrada na cidade são o Bloco dos Fantasmas, um desfile de espíritos no sábado de Carnaval, o Samba de Cururuquara (maio), a Festas Juninas (June Festival), a Festa de Santana (fim de julho), e Festa da Elevação da Cidade (comemorando Carta municipal da cidade) em 14 de novembro, com repentistas (poetas de improviso) e desfiles de homens em traje Bandeirante.